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domingo, 28 de dezembro de 2008

Vai uma loura exótica?

Elas são doces, têm cheiros peculiares, gosto de figo e até de café com chocolate. As Cervejas Especiais diferem das tradicionais pela qualidade dos ingredientes, pela variedade de aromas e pelo gosto, distinto do tradicional. E são um sucesso, explicado pela riqueza de sabores.

Os especialistas dizem que em um único gole podem-se perceber 15 deles. Alguns são bem brasileiros, como a rapadura. As vendas crescem 30% ao ano e as cervejas especiais conquistam fãs por todo o país.

Existem 300 comunidades dedicadas a elas no Orkut e no meio empresarial há um grande entusiasmo pelos novos sabores. O grupo Schin comprou a marca Baden Baden, de Campos do Jordão, a carioca Devassa e a catarinense Eisenbahn. A AmBev incorporou nove rótulos de cervejas especiais em seu portfolio global. “Virou um mercado estratégico”, diz o empresário Rogério Còsti, proprietário do site cervejasnet.com.br.

O preço dessas novidades cabe no bolso. Eleita a melhor pilsen do Brasil, a Bamberg Pilsen custa cerca R$ 4. A Baden Baden Stout, campeã em um concurso cervejeiro mundial, em Nuremberg, na Alemanha, está à venda por R$ 13. A exceção vem com importadas, como a belga DeuS, de 750 mililitros. Custa R$ 220.

As cervejas especiais fazem parte de um movimento que valoriza o prazer de comer e beber lentamente (slow food e slow drink, em inglês). Elas são consumidas em pequenas doses, em momentos especiais. “Há opções para o calor, para o frio, para um encontro romântico e até para um lanche da manhã”, diz o gastrônomo e especialista em cervejas Edu Passarelli, do site edurecomenda.com.br. Elas são tão versáteis que podem acompanhar uma carne de cordeiro e até substituir o espumante na comemoração do Ano-Novo. As frutadas e aromáticas, dizem os especialistas, têm poderes afrodisíacos. Com tantas opções, por qual cerveja começar? Quais as mais exóticas?

A dica é estrear com as pilsens artesanais, leves e fáceis de beber. Elas acompanham petiscos pouco gordurosos. Em seguida, vêm as cervejas à base de trigo (conhecidas como weizen) com aroma de cravo e banana. Por fim, com o paladar calibrado, experimente uma belga legítima, mais aromática e alcoólica.




As cervejas especiais têm um público bem definido: homens de classe média entre 18 e 30 anos. “É uma geração que tem acesso a sites especializados, conhece as marcas mais badaladas e sabe como chegar até elas”, diz Còsti. A nova geração não tem medo de novidades, ainda que as mulheres, mesmo jovens, resistam aos sabores mais fortes das especiais. Còsti diz que os homens brasileiros com mais de 50 anos têm dificuldade em romper o vínculo com as pilsens de latinha. Tornar as cervejas especiais mais populares pode exigir uma troca de gerações.



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(Época)

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