A Itália vai mandar de volta os imigrantes ilegais que chegarem a sua costa a partir de terça-feira, após uma onda inesperada de imigração na época do Natal que lotou seus centros para estrangeiros, disse o ministro do Interior.
Trinta e oito egípcios vão voltar ao Cairo de avião na terça-feira, o primeiro grupo a ser deportado sob o novo plano anunciado pelo governo de direita da Itália, que tem como prioridade uma ofensiva contra a imigração ilegal desde que chegou ao poder em maio.
O ministro do Interior, Roberto Maroni, membro da Liga Norte antiimigração, disse que a Itália enfrenta uma emergência após cerca de 2.000 imigrantes desembarcarem na ilha de Lampedusa, no sul do país, desde o Natal."Eu organizei a abertura de um centro adequado para a identificação e expulsão", disse Maroni a uma rádio italiana.
Uma porta-voz da agência de refugiados da ONU disse que a medida aumenta o risco de "expulsão generalizada" e apelou para o governo respeitar o direito dos imigrantes.
"É importante, mesmo em uma situação de emergência, garantir informações sobre os direitos deles e permitir a todos os que expressam interesse em conseguir asilo que sejam transferidos o quanto antes para os centros apropriados", disse Laura Boldrini à agência de notícias ANSA.
A extensão da costa da Itália e a proximidade à África tornam o país um popular ponto de entrada para a Europa para milhares de migrantes desesperados que se arriscam em embarcações precárias e lotadas todos os anos, muitos acabam morrendo durante a travessia.
O número de migrantes ilegais a chegar à costa italiana dobrou nos primeiros sete meses do ano, fazendo com que o governo do primeiro-ministro Silvio Berlusconi declarasse estado de emergência nacional em julho. (Reuters)
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