Estas ordens foram ditadas como medida cautelar, já que a Polícia italiana investiga há nove meses a participação dos suspeitos na nascente organização.
Entre as ordens de detenção, estão as de importantes chefes da máfia siciliana, assim como as de colaboradores que pertenceriam a famílias mafiosas.
Os investigadores acham que, por trás da tentativa de reorganizar a cúpula da Cosa Nostra, está o mafioso Matteo Messina Denaro (foto), foragido da Justiça.
Os suspeitos pretendiam reorganizar a chamada "comissão provincial" da Cosa Nostra, o órgão dirigente do grupo, embora ainda não tinham decidido quem seria o principal responsável.
"Se com a operação Gotha, de junho de 2006, a Cosa Nostra estava de joelhos, com esta operação Perseo, impediu-se que voltasse a levantar, cortando todas as cabeças pensantes de uma nova estrutura de comando que teria realizado, como em outros tempos, coisas graves", afirma o procurador antimáfia Pietro Grasso.
Segundo Grasso, esta incipiente organização tinha em mente vários atos criminosos, entre eles o ataque a algumas instituições italianas.
As investigações foram possíveis graças a intercepções telefônicas nos lugares nos quais os supostos promotores desta organização se reuniam para discutir novas estratégias.
Em julho, a imprensa italiana já apontava a possibilidade de que a Cosa Nostra estivesse se reorganizando, após o duro golpe representado pela detenção, em 2006, do "chefe de chefes" Bernardo Provenzano e de seu "sucessor", Salvatore lo Piccolo, em 2007.
Provenzano assumiu o controle da Cosa Nostra nos anos 80 junto com Salvatore Riina, após uma violenta guerra de clãs, um controle que passou a ser completo depois da detenção de Riina, em 1993, e que manteve durante mais de uma década.
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