Bebês que nascem por cesariana têm uma propensão 80% maior de desenvolver asma do que bebês nascidos por parto normal, sugerem pesquisadores europeus.
No total, três mil crianças tiveram sua saúde monitorada do nascimento até os oito anos. Ao atingirem esta idade, 12,4% receberam o diagnóstico de asma.
No total, três mil crianças tiveram sua saúde monitorada do nascimento até os oito anos. Ao atingirem esta idade, 12,4% receberam o diagnóstico de asma.
Apenas 8,5% das crianças tinham nascido por operação cesariana, mas elas tinham uma probabilidade de quase 80% maior de desenvolver asma em comparação com os bebês nascidos de parto normal.
A incidência de asma aumentou muito em países industrializados, paralelamente com a realização de nascimentos através de operação cesariana, segundo a líder do estudo, Caroline Roduit, do Hospital Infantil de Zurich, na Suíça.
A porcentagem de nascimentos por este método aumentou de 5% na década de 60 para 30% em 2000.
Os autores do estudo, publicado na edição desta semana da revista especializada Thorax, acreditam que a ligação entre o nascimento por operação cesariana e o aumento do risco de asma pode estar ligado ao momento de ajustamento do sistema imunológico - o parto por cesariana atrasa a exposição do bebê a micróbios.
A associação da doença com o método de nascimento é ainda maior entre bebês com pais que sofrem de alergias, o que sugere uma predisposição genética, dizem os pesquisadores.
Cerca de 9% das crianças com dois parentes alérgicos tinham uma predisposição quase três vezes maior de serem asmáticas quando atingiam os oito anos de idade, em comparação a crianças cujos pais não sofriam de alergias.
(BBC Brasil)
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