Os homens ficam mais felizes quando têm dinheiro, enquanto as mulheres se satisfazem mais com amizades e relacionamentos com os filhos, os colegas e os chefes, segundo uma nova pesquisa global.
A empresa Nielsen entrevistou pela Internet 28.153 pessoas em 51 países e concluiu que, em meio à crise financeira mundial, muita gente está lembrando que dinheiro não compra felicidade.
Nas entrevistas feitas em abril de 2008, só no Brasil, na África do Sul e no Vietnã os homens se dizem mais felizes que as mulheres. Em outros 48 países, é ao contrário.
"Por serem mais felizes com fatores não-econômicos, a felicidade das mulheres é mais à prova de recessão, o que pode explicar por que as mulheres mundo afora estão mais felizes em geral do que os homens", disse nota assinada por Bruce Paul, vice-presidente de Pesquisas do Consumidor da Nielsen.
A disparidade é maior no Japão, onde a diferença entre mulheres felizes e homens felizes é de 15 pontos percentuais. As mulheres também são mais otimistas do que os homens quanto à possibilidade de estarem felizes dentro de seis meses.As mulheres também se dizem satisfeitas com as suas vidas sexuais, embora os homens estejam mais felizes com seus cônjuges, segundo o estudo. Japão e Nova Zelândia são os países onde há mais diferença a favor das mulheres na satisfação com a vida sexual.
Quanto à saúde física pessoal, os homens estão em geral mais satisfeitos que as mulheres, especialmente na África do Sul. O Egito é exceção. Os homens também se dizem mais satisfeitos quanto à saúde mental.
Há três principais fatores para a felicidade global, segundo o estudo: situação financeira pessoal, saúde mental e emprego/carreira. Estar satisfeito com o parceiro também é importante para a felicidade.
A Nielsen buscou identificar também fatores específicos que pudessem contribuir com a felicidade de determinado povo - e explicar por que nesse tipo de pesquisas os habitantes de muitos países pobres se dizem mais felizes do que os moradores de países ricos.
O estudo concluiu, por exemplo, que os sul-africanos e os venezuelanos dão menos importância à sua situação financeira. E, contrariando as expectativas, países onde há mais insatisfação com a desigualdade, conflitos e corrupção estão entre os mais felizes.
"Para os consumidores de países em rápido desenvolvimento, poderia haver um maior apreço por coisas que melhoram a vida do que há alguns anos", disse o estudo.
(UOL Ciência e Saúde)
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