O governo federal lança nesta quinta-feira um pacote para tentar amenizar a repercussão da crise financeira mundial no nível de atividade no país. Segundo reportagem de Sheila D'Amorim e Leandra Peres da Folha , as estimativas preliminares eram que as medidas podem custar cerca de R$ 10 bilhões aos cofres públicos.
De acordo com a reportagem, as medidas foram elaboradas mesmo sem o governo ter idéia de qual será o estrago que a queda na arrecadação em 2009, decorrente do menor crescimento econômico, terá nas contas públicas.
O foco do pacote é garantir mais renda aos trabalhadores, com uma reformulação da tabela do Imposto de Renda para as pessoas físicas (IRPF), baratear o crédito reduzindo o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e assegurar caixa para as empresas continuarem a produzir e não realizarem demissões em massa.
Para isso, a idéia do governo é reduzir o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), sobretudo às montadoras.
"Queremos minimizar os efeitos da crise com foco nas pessoas, no emprego e na renda", disse o ministro Paulo Bernardo (Planejamento) após reunião no Ministério da Fazenda. "A melhor forma de manter o emprego é manter as empresas funcionando", completou.
Segundo foi apurado, no caso da tabela do IRPF, foram feitas várias simulações, e a proposta que tinha maior consenso na equipe econômica previa a criação de, pelo menos, duas faixas intermediárias. A alíquota máxima de 27,5% seria mantida, assim como a faixa de isenção, e seriam estabelecidos novos valores: um abaixo de 15% e outro de 15% a 27,5%.
(FOLHA Online)
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