
A diferença na forma de correção das prestações e da dívida, de acordo com o instituto, provocou distorções nos contratos. Enquanto as parcelas foram corrigidas por equivalência salarial (com reajustes que acompanham os aumentos de salários) e aumentaram, em média, 5% ao ano, o saldo devedor foi reajustado pela variação da caderneta de poupança, subindo 15% a cada 12 meses.
O Ibedec alega ainda que houve correções indevidas nos planos econômicos do final dos anos 80 e início da década de 90. Somente no Plano Collor, a organização não-governamental estima que o reajuste nos financiamentos tenha chegado a 43%, o que contribuiu para a existência do saldo devedor ao fim dos contratos.
A Caixa Econômica Federal, que concentra 70% dos financiamentos imobiliários do país, informou que a administração dos contratos sem a cobertura do FCVS assinados até 1994 passou para a Empresa Gestora de Ativos (Emgea). Por meio de comunicado, a Emgea argumenta que há quase quatro anos tem renegociado as dívidas de mutuários que não conseguem quitar o imóvel ao fim do contrato.
De acordo com a empresa, de julho de 2005 até o final de janeiro, mais de 88 mil usuários aderiram a uma das condições de renegociação propostas pela Emgea. O mutuário pode pagar o saldo devedor com prazo correspondente até a metade do contrato original e descontos que podem ser ampliados quanto menor for o número de parcelas do refinanciamento.
A ajuda, no entanto, só vale para quem financiou o imóvel nos bancos públicos. Quem recorreu aos bancos privados para pagar a casa própria não tem o mesmo amparo. AGÊNCIA BRASIL
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