Pages

Pages - Menu

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Lei que promove militares seqüestrados gera polêmica na Colômbia

Uma nova lei que promove oficiais das Forças Armadas que estejam ou tenham estado sequestrados por guerrilhas provocou polêmica na sexta-feira, quando alguns argumentaram que ela poderia se tornar um empecilho à libertação de reféns.

A lei, que no entanto foi elogiada por parentes das vítimas, busca melhorar as condições econômicas das famílias de policiais e militares, e evitar que suas carreiras sofram atrasos.

Mas alguns parlamentares disseram que a lei vai beneficiar a guerrilha Farc, que agora terá oficiais de mais alta patente para negociar.

O caso mais representativo é o do coronel da polícia Luis Mendieta, que passará a general após mais de dez anos no cativeiro.

"Para nós de imediato é algo bom, positivo", disse María Teresa de Mendieta, esposa do agora general. "As Farc os mantêm não por patente, nem por posição social, por nada disso, porque se fosse assim o meu esposo já teria saído há muito tempo."

O senador Elmer Arenas disse que, promovidos, os oficiais viram "um troféu" para a guerrilha, e por isso sugeriu que a promoção seja efetuada apenas após a libertação ou morte dos reféns.

As Farc mantêm consigo 26 policiais e militares, os quais, junto com dois políticos, pretende trocar por cerca de 500 guerrilheiros presos.

Serão beneficiados também 11 militares resgatados em julho junto com a ex-candidata a presidente Ingrid Betancourt.

A guerrilha também mantém cerca de 700 civis como reféns, mas no caso deles exige milionários resgates em dinheiro, fonte do seu financiamento, junto com o narcotráfico.

Em meio à polêmica sobre a nova lei, parentes dos reféns dizem continuar esperando por eles.

"Não sei o que (a lei) representa para o meu esposo, a única coisa que eu quero é tê-lo aqui ao meu lado, com a patente que seja", concluiu Mendieta, aos prantos. (REUTERS)

0 comentários:

Postar um comentário