O primeiro dia completo da administração Barack Obama na Casa Branca foi traumático para muitas das pessoas que trabalharão com o novo presidente dos Estados Unidos. Acostumados durante a campanha a utilizar diversos tipos de recursos eletrônicos para conquistar votos e eleitores, eles se depararam com uma tecnologia totalmente ultrapassada no número 1600 da avenida Pensilvânia.
“Foi como retroceder do Xbox para o Atari”, disse ao jornal The Washington Post o porta-voz de Obama, Bill Burton, comparando o videogame de última geração da Microsoft ao ultrapassado Atari. De acordo com Burton, muitos dos novos funcionários da Casa Branca reclamaram das amarras da burocracia federal. Foram encontradas inúmeras linhas telefônicas desconectadas, softwares antigos (alguns com mais de seis anos) nos computadores e uma rede de segurança que proíbe a conexão com e-mails externos e programas de conversa instantânea. Muitos também lamentaram a pequena quantidade de notebooks disponíveis e a falta de informação sobre quais computadores poderiam ser usados para atualizar a nova página oficial da Casa Branca na internet, que acabou sem informações das primeiras medidas tomadas por Obama.
Segundo o Washington Post, o aspecto tecnológico é mesmo complicado na transição da Casa Branca. Em 2001, funcionários da administração George W. Bush disseram ter encontrado diversos teclados com letras faltando e, em 2005, David Almacy, diretor de internet de Bush, demorou uma semana para conseguir um computador e um BlackBerry para iniciar seu trabalho.
Pode até demorar, mas a nova administração deve colocar a Casa Branca em uma nova era tecnológica. Nos últimos dois anos, Barack Obama construiu na internet uma rede de relacionamentos que serviu para popularizar sua candidatura. Usando páginas como a do site de vídeos Youtube, do site de relacionamento Facebook, entre outras, a campanha de Obama conseguiu mobilizar simpatizantes para criar eventos, debater propostas e configurar páginas de arrecadação de doações. No total, em 21 meses, Obama recebeu US$ 500 milhões em doações por meio da rede. (Época)
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