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quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Presidente equatoriano irá buscar não pagar dívida considerada ilegal

O presidente do Equador, Rafael Correa, disse nesta quinta-feira (20) que buscará não pagar as dívidas consideradas "ilegais e ilegítimas", e que tentará punir os responsáveis pelas irregularidades na negociação. Para isso, o país deverá recorrer a tribunais internacionais.

Mais cedo, também nesta quinta-feira, o governo do Equador anunciou que entrou com uma ação em uma câmara de arbitragem internacional para suspender o pagamento de um empréstimo feito no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A dívida, contraída por meio da construtora Odebrecht, seria de US$ 320 milhões.


O BNDES informou à Agência Estado, por meio de sua assessoria de imprensa, que não irá se pronunciar sobre o assunto e que possíveis pronunciamentos sobre o tema só poderão ser considerados quando o banco for comunicado oficialmente sobre a instauração do processo.

Membros do governo equatoriano disseram que o governo equatoriano já apresentou pedido de arbitragem na Câmara de Comércio Interancional, em Paris, contra empréstimos que considera injustos. "Buscaremos não só castigar os culpados, mas também não pagar a dívida ilegal, ilegítima, corrupta", disse Correa depois de receber o relatório final da auditoria da dívida.

Equador x Odebrecht
O governo brasileiro, ao comentar as ameaças que o presidente equatoriano vinha fazendo em relação ao empréstimo do BNDES, insiste que o dinheiro foi emprestado à Odebrecht, que construiria uma hidrelétrica no país, e não ao governo equatoriano.

“O presidente [Luiz Inácio Lula da Silva] já disse que o BNDES não tem relação com o Equador, ele [o banco] não emprestou o dinheiro para o Equador, mas para a empresa. Não vamos complicar mais a situação”, afirmou a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, no fim do mês passado.

A situação entre a Odebrecht e o governo do Equador se complicou depois que a administração Correa anunciou ter encontrado irregularidades na construção de uma hidrelétrica, acabando por expulsar formalmente a companhia brasileira do país.
(Agência Estado e Reuters)

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