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terça-feira, 30 de março de 2010

TUDO E NADA: Mulher tira extrato e encontra R$ 159 bi na conta

Ela estava esperando um dinheiro cair na sua conta. Quando foi tirar o extrato no banco, na última segunda-feira (29), a americana Stephanie Hickman quase desmaiou de susto.

Segundo a rede de TV NBC, havia o registro de um depósito de cerca de R$ 159 bilhões (US$ 88 bilhões) feito na manhã de sábado (27).

Se fosse pilantra, Stephanie sacaria uma grana e ficaria na miúda. Mas, como é honesta, a mulher ligou para o banco Suntrust e explicou o ocorrido.

O problema é que o banco não soube como ajudar. Os gerentes simplesmente não conseguiam solucionar o "problema".

- Meu marido falou com três funcionários diferentes. Todos eles disseram que não podiam acessar minha conta e resolver o problema.

Agora, Stephanie não consegue mais tirar dinheiro do banco. Tudo está congelado.

- Os bilhões não eram meus, mas pelo menos eu tinha um dinheirinho na conta. Quero usar o que é meu e não posso.

O Suntrust foi ouvido e prometeu solucionar tudo ainda nesta semana. Enquanto isso, Stephanie vai ter de catar todas as moedinhas perdidas na sua casa para pagar as contas no mercado. R7

ATENÇÃO, CANDIDATOS! Mulher vai em cana por mentir no currículo

Uma mulher que mentiu em seu currículo foi condenada a seis meses de prisão na Inglaterra.

Rhiannon Mackay, 29 anos, ganhou mais de R$ 62 mil em salários como administradora do Serviço Nacional de Saúde antes de descobrirem a fraude.

A inglesa dizia em seu currículo ter dois diplomas e forjou uma referência profissional.

Mesmo após ser contratada por um hospital em Plymouth, como administradora, Rhiannon continuou mandando currículos falsos.

Rhiannon afirma que só mentiu nos currículos porque sofria de depressão e estresse pós-traumático, após ser demitida da Marinha, onde trabalhava como operadora de sonares.

Além disso, ela alega que não sabia que mentir em currículos era "um crime tão grave" e que poderia até mesmo dar cadeia no Reino Unido.

Rhiannon já havia sido condenada a um ano de prisão, por informar, de maneira falsa, que havia bombas em três navios da Marinha britânica. R7

EM MAUS LENÇÓIS: Stripper pré-mirim vai pra cadeia

Gwendolyn Lowery, de 27 anos, norte-americana da Carolina do Sul, foi presa depois de uma denúncia anônima feita por um de seus clientes insatisfeitos.

Os seus clientes, é bom que se diga, tinham idades entre 12 e 19 anos.

Ela mora em um trailer e, de acordo com o dedo-duro, era lá que ela montava um clube de strip-tease para menores. Ela mesma era dançarina e cobrava pelas bebidas.

A polícia foi até lá no domingo (28) e percebeu que, na sala do trailer de Lowery, havia um poste próprio para pole-dance.

O segredo não era tão bem guardado assim e, mesmo que a polícia tivesse precisado de uma denúncia anônima para chegar até lá, havia flyers espalhados por toda a cidade de Chesterfield prometendo danças sensuais por R$ 9 e “sessão VIP” por R$ 45.

De acordo com a polícia, o denunciante teria pago o ingresso VIP e ficou insatisfeito com o resultado. R7

Chinês tem mais peito que muita mulher!

A China é um país fora de série. Nos últimos meses, já apareceu um cara com o queixo igual ao do marinheiro Popeye, uma tia que ganhou um chifre na testa e, agora, esta: um agricultor que ganhou um par de peitos.

Guo Feng, de 53 anos, decidiu procurar os médicos no hospital Jinan, em Beijing, quando a situação se tornou insustentável – os peitos ficavam no caminho enquanto ele tentava manobrar o trator da fazenda em que Feng trabalha.

Ele disse aos médicos que notou o crescimento há pelo menos dez anos, mas disfarçou o quanto pode usando roupas largas.

A equipe que examinou o chinês aparentemente acredita que os peitos são pura gordura, mas fica meio cabreira de cortar fora antes de determinar a causa do crescimento anormal. R7

Banco flutuante com conexão via satélite leva posto eletrônico a ribeirinhos no AM

Não é por falta de agência bancária perto de casa que populações ribeirinhas na bacia do Rio Solimões, no Amazonas, vão deixar de abrir conta corrente. Desde dezembro de 2009, um dos grandes bancos brasileiros atende a essas pessoas com um posto eletrônico adaptado nas dependências do navio-mercado Voyager III, que sai de Manaus duas vezes ao mês, rumo ao município de Atalaia do Norte, perto da fronteira com o Peru.

Só foi possível criar esse sistema depois de cerca de três anos de pesquisa, já que a tecnologia utilizada não existia da forma como foi concebida em nenhuma parte do mundo. Como o sinal do banco precisava chegar a regiões remotas da Amazônia, mas o posto de atendimento ficaria dentro de um barco em movimento, a solução foi se inspirar em equipamentos avançados de navegação, encontrados na Espanha.

Dessa forma, técnicos do banco instalaram no topo do Voyager III uma antena satelital móvel importada, cujo funcionamento se dá por meio de uma cápsula que a encobre.
A cápsula, produzida com material que protege a antena contra as intempéries do clima tropical, faz um giro completo e fica se movendo enquanto o barco avança pelo rio, sempre à procura da melhor posição para se conectar com o satélite. Se não fosse assim, a ligação só funcionaria no momento em que a embarcação estivesse parada.

"Ao desenvolver o sistema, o primeiro ponto foi permitir, de forma simples, que o ribeirinho pudesse fazer todas as operações bancárias em um terminal de auto-serviço", explica André Martins, presidente da Rede Ponto Certo, empresa responsável pela tecnologia empregada no banco flutuante. "O avanço todo está em fazer com que essas pessoas, não acostumadas com as tecnologias como quem vive em grandes cidades, possam aprender e usar esse serviço."

O terminal instalado no banco só não permite ao ribeirinho realizar saques e depósitos. Mas as operações podem ser feitas no próprio caixa do navio-mercado, que também aceita vender seus produtos por meio do pagamento em cartão.

O Voyager III navega pelo Solimões levando 200 passageiros e 500 toneladas de toda a sorte de alimentos e utilitários, desde um palito a uma telha, um frango congelado ou uma impressora. Afinal, nada pode faltar em uma região que recebe apenas duas vezes a cada mês um mercado com produtos comuns em cidades urbanizadas.
O barco possui, dependendo da viagem, uma gerente e cerca de cinco funcionários treinados para atender interessados nos serviços bancários. Em quatro meses, mais de 300 contas foram abertas.

Mas o mercado potencial é bem maior, já que, em um trajeto de 1.600 quilômetros pelo Rio Solimões, o navio esbarra em 50 comunidades ribeirinhas e 11 cidades. Outras 64 vilas estão distribuídas em locais próximos, em braços de rio que permeiam o leito principal do Solimões. De Manaus até a cidade de Atalaia do Norte, passando por Tabatinga, o maior centro urbano perto da fronteira com o Peru, existem cerca de 240 mil moradores.

Alguns vilarejos pelo caminho possuem postos de atendimento avançado do banco, que funcionam para estimular os negócios em cada local e têm parte dos serviços oferecidos por meio de um banco postal, como é o caso de Jutaí e Tonantins. Mas as distâncias entre um posto e outro geralmente são grandes, ainda mais considerando que parte da população se desloca usando canoas sem motor. GLOBO AMAZÔNIA

Aeronáutica aceitará casados e 'baixinhos' no concurso para sargentos

A Aeronáutica acatou a recomendação do Ministério Público Federal de Goiás (MPF/GO) e aceitará candidatos casados e com estatura inferior a 1,60 m nos concursos para formação de sargento, o que antes era proibido pelo edital do concurso.

O concurso em andamento, que oferece 493 vagas, teve o edital retificado e as duas exigências foram canceladas.

Em decisão liminar, a Justiça Federal já havia determinado o fim das cláusulas excludentes em concurso de 2009, disse o MPF de Goiás.

Mesmo assim, a Aeronáutica manteve no edital deste ano as cláusulas. Por conta do ocorrido, MPF/GO expediu nova recomendação, no dia 18 de março, pelo cumprimento daquela decisão judicial no atual processo seletivo.

O diretor-geral de ensino da Aeronáutica, tenente-brigadeiro João Manoel Sadim de Rezende, disse ao MPF que a recomendação foi acatada, uma vez que a Aeronáutica está “ciente do dever constitucional de garantir a defesa dos poderes constitucionais, da lei e da ordem.” G1

Ricky Martin assume que é gay

O cantor é considerado um dos maiores símbolos sexuais da música latina. Aos 38 anos, ele cansou de esconder a sua opção sexual e assumiu a homossexualidade.
JORNAL HOJE

segunda-feira, 29 de março de 2010

Morre o jornalista e comentarista esportivo Armando Nogueira

O ex-diretor da Central Globo de Jornalismo e comentarista esportivo Armando Nogueira, de 83 anos, morreu por volta das 7h de hoje (29), em seu apartamento, na Lagoa, na Zona Sul do Rio. Ele sofria de câncer e estava muito doente desde 2007, quando descobriu a doença.

Torcedor apaixonado pelo Botafogo e, em especial, pelo futebol, participou da cobertura de diversas Copas do Mundo a partir de 1954 e dos Jogos Olímpicos, a partir de 1980.

Armando nasceu no Acre e veio para o Rio de Janeiro com 17 anos, onde se formou em direito. A carreira de jornalista começou em 1950, no jornal Diário Carioca, onde foi repórter, redator e colunista. Ao longo dos 60 anos de carreira, passou também pela Revista Manchete, O Cruzeiro, Jornal do Brasil.

O jornalista trabalhou ainda na Rede Bandeirantes, e atualmente estava no SportTV, onde apresentava o programa Papo Com Armando Nogueira, e na Rádio CBN, onde participava do CBN Brasil.

Escreveu textos para o filme "Pelé Eterno" (2004) e é autor de dez livros, todos sobre esporte: Drama e Glória dos Bicampeões (em parceria com Araújo Neto); Na Grande Área; Bola na Rede; O Homem e a Bola; Bola de Cristal; O Vôo das Gazelas; A Copa que Ninguém Viu e a que Não Queremos Lembrar (em parceria com Jô Soares e Roberto Muylaert), O Canto dos Meus Amores; A Chama que não se Apaga, e A Ginga e o Jogo. G1

Brasileiro pode ter nova nota do real no bolso a partir de 20 de maio

Algumas notas da nova família do real já poderão vir a fazer parte da vida dos brasileiros a partir do próximo dia 20 de maio. O Banco Central estuda a introdução do novo dinheiro entre o dia 20 de maio e a primeira semana de junho.

Pela programação do Banco Central, divulgada no início de fevereiro, as novas notas de R$ 100 e R$ 50 deveriam ser distribuídas no primeiro semestre; as de R$ R$ 20 e R$ 10, no segundo semestre deste ano; e as de R$ 5 e de R$ 2 só em 2012.
Conheça a nova família do Real

O Brasil já passou por outras trocas, mas em contextos diferentes. As novas cédulas de real são diferentes das anteriores - mas ainda são cédulas de real. Entre meados da década de 80 até 1994, quando foi introduzido o real, o brasileiro teve que se acostumar com notas que perdiam zeros, mudavam de nome e surgiam em períodos em que o país passava por planos de estabilização que não funcionavam.

Desta vez, o dinheiro continua o mesmo, sendo apenas uma troca “de moeda”, e não “da moeda”. É mais de uma mudança rotineira e em busca de mais segurança e conforto no manuseio do dinheiro, segundo o professor de finanças da FEA (Faculdade de Economia e Administração) da USP (Universidade de São Paulo) Keyler Carvalho Rocha.

- Trata-se de uma troca do papel moeda, que é o documento que representa o valor monetário. Nos Estados Unidos circulam notas velhas e novas. A moeda americana, o dólar, que foi renovado recentemente, não era segura, era mais fácil de falsificar.

Segundo ele, as novas notas de real também vão ser mais seguras: como terão tamanhos, cores e figuras diferentes, será mais difícil falsificá-las, além de facilitar também o manuseio do dinheiro para cegos e analfabetos.

O Brasil chegou a fazer troca da moeda em períodos de alta inflação. Em 1990, por exemplo, quando o índice de preços rondava os 2.000% ao ano, substituiu o cruzado novo pelo cruzeiro.

- No passado a inflação era muito alta, fazia a moeda perder muito valor – que então era dividido por cem, ou mil, e fazia-se uma nova nota. O novo dinheiro é mais seguro e mais confortável para se identificar; os cortes de zeros eram a forma de evitar que o dinheiro se tornasse pouco prático.

O dinheiro no Brasil é distribuído e recolhido pelo Banco do Brasil, que é o custodiante do meio circulante - ou seja, é a instituição responsável pela distribuição de cédulas e moedas para o público e os bancos, como instrumento para fazer pagamentos.

O Banco do Brasil é, assim, o fiel depositário dos recursos que ficam à disposição do Banco Central - controla a produção de dinheiro no país -, e a distribuição desses recursos é feita através de uma rede de 2.577 agências custodiantes, que atendem à rede de bancos comerciais do país.

As cédulas e moedas que os brasileiros têm no bolso são fabricadas pela Casa da Moeda, uma empresa pública, que atende o Banco Central. A fábrica de cédulas da Casa da Moeda tem capacidade para produzir cerca de 2 bilhões de unidades por ano, operando em 2 turnos de trabalho. As matérias-primas, por sua vez, como tintas, papéis e outras, são fornecidas por empresas nacionais. R7

sábado, 27 de março de 2010

Cameron nega que "Avatar 2" será realizado no Brasil

O cineasta norte-americano James Cameron irá ministrar uma palestra neste sábado durante o Fórum Internacional de Sustentabilidade, em Manaus. Ele, que concorreu ao Oscar de melhor filme por “Avatar”, descartou uma continuação da obra a ser realizada na Floresta Amazônica.

Cameron, que chega ao Brasil pela primeira vez, promete fazer uma palestra emotiva sobre sua participação em ações ambientais. O cineasta afirma que os desafios globais são muito grandes e que é necessária uma atitude coordenada.

Sobre a possível sequência de “Avatar” em solo brasileiro, Cameron desconversou. Segundo ele, o mega-sucesso de bilheteria deverá continuar por meio de computação gráfica, assim como foi o primeiro filme. JOVEM PAN ONLINE

Após atraso de 3 horas, Axl Rose leva garrafada do público peruano

O vocalista do Guns N' Roses, Axl Rose, foi atingido por uma garrafa em Lima depois de a banda iniciar seu show na capital peruana com três horas de atraso.

As imagens, que foram transmitidas pela televisão peruana e também estão disponíveis no YouTube, mostram que Axl recebe uma garrafada logo depois de entrar no palco, perto da meia-noite de hoje - a apresentação estava marcada para as 21h de ontem (horários locais).

Comedido, o vocalista ordenou que a banda parasse a música e disse ao público: "Senhoras e senhoras, se querem atirar m..., então vamos embora. Queremos nos divertir junto com vocês". Em seguida, o Guns retomou a música "Chinese Democracy" sem maiores incidentes.

Axl protagonizou um incidente semelhante no show do Guns em São Paulo, no último dia 13.

Assim como em São Paulo e Lima, os fãs do Guns em Santiago do Chile tiveram que aguentar longos atrasos para assistir ao show da banda.

O show do Guns N' Roses na capital peruana terminou perto das 3h.

O atraso da banda também provocou tumulto nos arredores do Estádio Monumental de Lima no momento de sua chegada, quando o público lançou copos de cerveja contra o veículo da banda e o sacudiu.

Para completar a confusão, ainda houve uma batalha campal entre policiais e fãs depois da conturbada chegada da banda ao local do show. EFE

Diego do Violino, do AfroReggae, está em estado grave após cirurgia

O menino Diego Frazão, que comoveu a todos no enterro do diretor do grupo AfroReggae, Evandro João Silva, encontra-se em estado grave após passar por uma cirurgia de apêndice. As informações foram passadas por José Junior, coordenador do grupo, via Twitter.

'O nosso querido Diego do Violino tá internado. Parece que a cirurgia foi mal-sucedida. Ele tá sendo transferido para um hospital do estado'. 'Ele operou o apêndice e tá com uma infecção generalizada. O médico acabou de me falar que o estado é muito grave', postou José Junior no microblog.

Diego Frazão, de 12 anos, ficou conhecido após aparecer em uma foto publicada no jornal 'O Globo' em outubro de 2009, chorando enquanto tocava violino durante o enterro de Evandro Silva. O menino faz oficina de violino há quatro anos no núcleo do grupo em Parada de Lucas. Durante os dias de semana, ele fica com a mãe, em Nova Iguaçu, e nos fins de semana, com o pai, em Lucas. EXTRA ONLINE

HORA DO PLANETA: Contra o aquecimento global, 72 cidades brasileiras apagam as luzes

Para manifestar sua preocupação com o aquecimento global, 72 cidades brasileiras - entre as quais 19 capitais - apagarão as luzes de seus principais pontos turísticos neste sábado (27). O ato faz parte da campanha “Hora do Planeta”, organizada pela rede de ONGs WWF, em que pessoas, governos e empresas apagarão as luzes das 20h30 às 21h30 (horário de Brasília) contra as mudanças climáticas.

A iniciativa costuma mobilizar governos a apagarem as luzes de monumentos importantes, como a Torre Eiffel, na França, a Times Square, em Nova York, e o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro.

Os estados da Amazônia Legal também vão aderir, deixando às escuras alguns cartões-postais que são referência na região, como o Mercado Ver-o-Peso, em Belém.


No coração da floresta, o Teatro Amazonas, em Manaus, apagou as luzes durante a Hora do Planeta, em 2009.

A demanda por energia vem crescendo a cada ano nesta parte do país. Em 2008, segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética, só a região Norte consumiu 23.873 GW / hora de energia. Os estados do Maranhão e de Mato Grosso, que compõem a Amazônia Legal, consumiram juntos 16.190 GW / hora de energia no mesmo ano.

No Rio de Janeiro, primeira cidade a aderir, acontece o evento oficial da "Hora do Planeta 2010", no Jardim Botânico. São Paulo, Brasília, Recife, Salvador e Porto Alegre também estão entre as participantes (veja o site oficial para informações sobre todo o Brasil).

Abaixo, conheça a programação da Hora do Planeta para a Amazônia Legal, segundo informações do site do evento.

Manaus: Os parques Ponto dos Bilhares e Lagoa do Japiim terão as luzes apagadas. Haverá shows com os grupos Imbaúba e Pássaros da Amazônia, no Centro Universitário Luterano de Manaus. Após os shows, a multidão irá até a Lagoa do Japiim, a pé ou de bicicleta.

No interior do estado, a Universidade do Estado do Amazonas está mobilizando seus campi em 24 municípios. Em Itapiranga, haverá uma procissão à luz de velas. Em São Sebastião, os jovens farão uma vigília na igreja adventista do município. Em Barcelos, a Hora do Planeta será na escadaria de uma igreja às margens do Rio Negro. Em Coari, haverá apresentação musical.

Belém: As luzes serão apagadas no Mercado São Brás e no Ver-o-Peso. Alguns hotéis e restaurantes na capital do Pará também preparam programação especial.

Palmas: As luzes do Espaço Cultural serão apagadas na capital do Tocantins.

São Luís: Ficam no escuro o Palácio La Ravardiere (sede da prefeitura), o Memorial Maria Aragão, a Igreja dos Remédios, a sereia da praça Dom Pedro II e o monumento da praça Gonçalves Dias.

Cuiabá: O Palácio Dante Martins de Oliveira, a praça Rachid Jaudy, o Museu do Morro da Caixa d’Água Velha e o Centro Geodésico da América do Sul terão as luzes apagadas.

Rio Branco: Participam o Horto Florestal e o Palácio Rio Branco. Alguns restaurantes também vão aderir ao evento. GLOBO AMAZÔNIA

Casal Nardoni é considerado culpado pela morte da garota Isabella

Após cinco dias de julgamento e expectativa da opinião pública, o casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá foi condenado no início da madrugada do sábado (27) pela acusação da morte de Isabella Nardoni, ocorrida em 29 de março de 2008. À época, a garota tinha cinco anos. Nardoni foi sentenciado a 31 anos, um mês e 10 dias. Jatobá, a 26 anos e 8 meses de prisão.

À 0h28 deste sábado, o juiz Maurício Fossen leu a decisão dos jurados. Sete pessoas, três homens e quatro mulheres, foram incumbidas de decidir o futuro do casal. Cinco delas jamais haviam participado de um júri.

O juiz Fossen interrompeu a votação quando a contagem chegou a quatro votos favoráveis à condenação - segundo ele, o objetivo foi garantir o sigilo da escolha de cada jurado. Assim, não é possível afirmar que os réus foram condenados por unanimidade.

Enquanto a leitura da sentença era feita pelo juiz, Nardoni, de 31 anos, e Anna Jatobá, de 26 anos (coincidentemente o mesmo tempo de sentença dado a cada um dos réus), esboçaram pouca reação e choraram de forma discreta. Do lado de fora do fórum, quase três minutos de explosões de fogos de artifícios se seguiram.

Quase dois anos se passaram até a semana do julgamento, período em que Nardoni e Jatobá sempre negaram a autoria do crime.

O casal saiu do Fórum de Santana, na Zona Norte de São Paulo, direto para o presídio de Tremembé (veja no vídeo acima). Na saída de Nardoni e Jatobá em direção ao presídio, a polícia no local chegou a usar gás de pimenta para afastar a aglomeração que tentou atacar o camburão.

Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella, soube do resultado do júri por uma mensagem de celular. Segundo sua advogada, ela agradeceu aos jurados pela condenação pelo viva-voz do telefone. Ela chorou e acenou para pessoas na sacada de seu prédio na Vila Maria (Zona Norte de São Paulo).

O advogado de defesa Roberto Podval recorreu da decisão logo após o anúncio do veredicto - o casal não terá o direito de aguardar em liberdade. G1

sexta-feira, 26 de março de 2010

Filme brasileiro sobre Amazônia é premiado na França

O documentário brasileiro "Quebradeiras", sobre as mulheres que quebram coco na Amazônia brasileira, foi premiado no Encontros de Cinemas da América Latina, em Toulouse, celebrado na cidade do sul da França até o próximo domigo (28).

O filme, dirigido pelo jovem cineasta Evaldo Mocarzel, competiu com outros dois documentários brasileiros: "Um lugar ao sol", de Gabriel Mascaro, sobre as elites sociais que vivem nos grandes prédios com vista para o mar no Rio de Janeiro; e "Dzi Croquettes", de Tatiana Issa e Raphael Alvarez, filme que presta homenagem ao irreverente grupo teatral dos anos 1970.

Também concorreram na categoria documentários "Flores en el desierto", filme sobre a cultura 'huichol', do mexicano José Alvarez, e "Pecados de mi padre", de Nicolás Entel, que conta a história pessoal do filho do traficante de drogas Pablo Escobar.

"Vienen por el oro, vienen por todo", uma co-produção chileno-argentina de Chiristián Harbaruk e Pablo d'Alo Alba, também disputou o prêmio de melhor documentário do Festival de Toulouse.

Os Encontros do Cinema Latino-americano, abertos no fim de semana passado, com "Estômago", do brasileiro Marcos Jorge, se encerrarão no sábado com o filme argentino "El secreto de sus ojos", dirigido por Juan José Campanella e protagonizado por Ricardo Darín e Soledad Villamil, que ganhou Oscar de melhor filme estrangeiro. FRANCE PRESSE

Cientista amador tira fotos do espaço que impressionam a Nasa

O cientista amador britânico Robert Harrison tirou fotografias da curvatura da Terra que impressionaram até os técnicos da Nasa (agência espacial americana).

Harrison usou uma câmera barata, que lançou ao céu dentro de uma caixa de isopor amarrada a um balão. Um dispositivo eletrônico ajudou o entusiasta de astronomia a localizar a câmera.

Com a altitude, o balão estourou e Harrison recuperou a câmera e as fotos.

Ele disse que o projeto custou o equivalente a US$ 700.
BBC BRASIL

Men at Work perde caso de plágio na Austrália

Uma corte federal de Sydney, na Austrália, determinou que a banda australiana Men at Work plagiou uma conhecida canção infantil do país no sucesso Down Under, de 1981.

A editora Larrikin Music afirma que a melodia marcada pela flauta foi roubada da música Kookaburra Sits in the Old Gum Tree, composta por Marion Sinclair em 1934.

A corte federal de Sydney determinou que a banda terá que pagar uma compensação. A quantia ainda não foi estipulada, mas o advogado da Larrikin disse que ela pode chegar a 60% do valor gerado por Down Under.

“É uma grande vitória para o lado mais fraco”, disse o advogado Adam Simpson.

Sinclair, que morreu em 1988, compôs a música para uma apresentação em um encontro de bandeirantes em 1935.

Desde então, Kookaburra Sits in the Old Gum Tree vem sendo cantada por gerações de crianças australianas.

Uma audiência para determinar o valor da compensação deverá ocorrer no fim deste mês. A Larrikin pede entre 40% e 60% do valor gerado pela música dos autores Colin Hay e Ron Strykert, e das gravadoras Sony BMG Music Entertainment e EMI Songs Austrália.

Down Under, lançada em 81, obteve sucesso em vários países e foi tocada no encerramento das Olimpíadas de Sydney, em 2000.

A canção, que chegou ao topo da parada musical na Austrália, Grã-Bretanha e Estados Unidos, conta a história de um mochileiro australiano viajando pelo mundo. BBC BRASIL

Banco manterá funcionário que viu fotos eróticas e virou sensação na web

O banco australiano Macquarie anunciou nesta sexta-feira que o funcionário que tinha sido flagrado na TV vendo fotos sensuais em seu computador não será demitido da empresa.

David Kiely ganhou fama internacional após uma entrada ao vivo de um colega de trabalho seu em um programa de TV.

Enquanto seu colega respondia a perguntas direto do escritório no banco, os telespectadores podiam ver, ao fundo, a tela em que Kiely observava fotos sensuais de uma modelo australiana.

O vídeo se tornou uma sensação na internet.

O banco Macquarie, um dos maiores do país, enfatizou em um comunicado oficial que se reuniu com o funcionário nesta sexta-feira para discutir seu comportamento e que optou por mante-lo na companhia.

“Ele permanecerá funcionário do banco. Mas pedimos desculpas pelo inconveniente e qualquer ofensa que causamos”, diz o comunicado.

O caso de Kiely levantou discussões sobre se funcionários deveriam ou não serem punidos por manter material de conteúdo erótico em seus computadores de trabalho.

O vídeo que flagra Kiely recebeu mais de 40 mil acessos no YouTube e estimulou a criação de dezenas de comunidades sobre o caso no site de relacionamentos Facebook, além de virar tema de textos em blogs e fóruns virtuais.

Em Londres um website chamado “Save David” (Salve David) foi criado com o objetivo de livrar o bancário da demissão. O site pedia a seus internautas que enviassem e-mails ao banco pedindo para não demitir o funcionário. BBC BRASIL

Swingers chineses são presos e podem pegar 5 anos de pena

Segundo notícia veiculada no site do jornal britânico “The Times”, 22 swingers foram presos na China, durante uma festa de troca de casais em clube reservado para a prática. Este tipo de prática é proibido por lei no país. A pena pode chegar a até 5 anos.

O caso forçou debate na sociedade chinesa a respeito dos rumos da liberdade sexual no país. Bordeis são cada vez mais comuns em Pequim.

O idealizador do clube é o professor de matemática Ma Xiaohai. Ele está em prisão domiciliar desde agosto do ano passado por organizar festas de swing em sua casa.

Em uma entrevista recente a um repórter, Xiaohai explicou: “A principio a discussão nos chats era a respeito de probemas matrimoniais.” Ele ainda disse que as discussões levaram a propostas de trocas de casais, e em pouco tempo, o fórum já tinha 190 membros.

Ele ainda acrescentou que quanto mais acaloradas ficaram as discussões, mais crescia a tentação. Por isso, as pessoas decidiram começar a se reunir no apartamento do professor para colocar em prática suas predileções sexuais.

Xiaohai é didático: “Todo casal tem seus problemas – um casamento é como uma tigela de água que precisa ser bebida, trocar parceiros é como uma tigela repleta de doce vinho."

Entre Julho de 2007 e Maio do ano passado, um total de 22 pessoas participou de 35 encontros entre membros do clube não-oficial. Entre os membros estavam oito mulheres e 14 homens. Tinham somente dois casais.

A estudante de ciências sociais, Li Yinhe, é conhecida por falar abertamente sobre sexo no país conhecido pela repressão. Ela disse em entrevista ao jornal “Procuratorial Daily”: “ O crime de licensa criminal está completamente fora de seu tempo e deve ser abolido. O número de pessoas envolvidas não é grande, as atividades praticadas se baseiam no mútuo consentimento, e não poem em perigo outras pessoas, ou a sociedade”. ABRIL.COM

Sindicalistas fazem 'vaquinha' para pagar multa de Lula

Dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados de São Paulo (SINDPD/SP) estão organizando uma vaquinha para tentar quitar a multa de R$ 10 mil que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) impôs ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva por propaganda eleitoral antecipada em favor da presidenciável do PT, ministra Dilma Rousseff. Os ministros do TSE entenderam que durante a inauguração da sede do SINDPD, em 22 de janeiro, Lula fez propaganda dissimulada pró Dilma.

"Consideramos a multa injusta, não concordamos que o presidente fez campanha antecipada na inauguração de nossa sede. Ele nos deu a honra de vir à casa dos trabalhadores e ainda por cima é punido? Lamentamos a decisão do TSE e decidimos fazer uma campanha de arrecadação para nos solidarizarmos com Lula", disse o presidente do sindicato, Antonio Neto. O sindicalista reitera que o dinheiro não sairá do caixa da entidade, o que é vetado por lei. "Vai sair do próprio bolso dos dirigentes", emendou.

Antonio Neto, que também é presidente da CGBT, disse que houve consenso entre os 54 diretores da instituição em cotizar o débito. Indagado se o presidente Lula não poderia arcar com a multa, ponderou: "Lula não pode pagar isso, eu acho que ele ganha muito pouco para exercer a Presidência". De acordo com o presidente do sindicato, caso Lula recuse a oferta, o dinheiro será devolvido aos que fizeram a contribuição.

O dirigente informou, ainda, que na segunda-feira da semana que vem estará com o presidente Lula no anúncio do PAC 2. "Vou comunicar diretamente a ele que nós, como amigos, fazemos questão de contribuir para o pagamento de uma multa que consideramos injusta." A campanha de cotização estará aberta também a filiados e simpatizantes, complementa Neto. AGÊNCIA ESTADO

PONTO PARA O CONSUMIDOR: STJ veta preços distintos para pagar em dinheiro ou cartão

É importante a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), nesta semana, descartando a cobrança de preços diferentes para pagamentos em dinheiro ou com cartão de crédito. Os lojistas têm induzido os consumidores ao chegar ao caixa, a pagar com cheque ou dinheiro oferecendo “descontos”, e até estimulando a ir ao caixa eletrônico sacar para não pagar com o cartão de débito. Isto é um absurdo, levando-se em conta o risco à segurança. Os ministros da 3ª Turma do STJ entenderam que o pagamento com cartão em uma única parcela não pode sofrer acréscimo. A cobrança foi considerada abusiva e pode ser punida. A decisão foi no julgamento de uma ação do Ministério Público do Rio Grande do Sul contra um posto de combustível do estado, que poderá pagar R$ 500 de multa, por dia, se mantiver a cobrança diferenciada para os pagamentos em dinheiro ou em cartão de crédito. BLOG DA MARIA INÊS DOLCI

Rússia proíbe livro de Hitler por 'justificar extermínio'

O governo da Rússia vai banir das prateleiras de todo o país o livro Mein Kampf (Minha Luta), escrito pelo líder nazista a ex-chanceler da Alemanha Adolf Hitler (1889-1945).

As autoridades russas dizem que a publicação viola leis federais contra o extremismo.

De acordo com o Escritório Geral da Promotoria, o livro será incluído na lista de "materiais extremistas" porque expressa "pontos de vista militares, justifica a discriminação e também justifica o extermínio de pessoas não-arianas".

Os promotores disseram que a medida deve acabar com um comércio que já era "semi-legalizado":

- Até agora, o livro podia ser acessado em alguns sites e era vendido semi-legalmente por alguns vendedores sem ser banido.

Hitler assumiu o cargo de chanceler da Alemanha em 1933. Sua política expansionista, que levou à tomada militar de praticamente toda a Europa, causou a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Paralelamente às invasões, Hitler promoveu o extermínio em massa de judeus, o Holocausto, que terminou com a morte de ao menos 6 milhões de pessoas. R7

GAFE MADE IN USA: Bush limpa a mão em Clinton depois de cumprimento no Haiti

George W. Bush acompanhava Bill Clinton na viagem para avaliar as necessidades para a reconstrução do Haiti. Depois de cumprimentar um haitiano, Bush disfarça e limpa a mão na camisa de Clinton. ASSISTA A CENA.
JORNAL DA GLOBO

quinta-feira, 25 de março de 2010

Alexandre Nardoni diz que recebeu "proposta" da polícia para inocentar Anna Jatobá

O réu Alexandre Nardoni disse nesta quinta-feira (25) - durante seu depoimento no Fórum de Santana, zona norte de São Paulo - que no dia em que ele e Anna Carolina Jatobá foram interrogados pela polícia, em 18 de abril de 2008, recebeu uma "proposta de acordo" em que assumiria a responsabilidade pelo homicídio culposo (sem intenção de matar) de Isabella em troca da inocência da mulher.

Ele relatou que o promotor Francisco Cembranelli; a delegada do 9º Distrito Policial, Renata Pontes; e o advogado Ricardo Martins presenciaram a suposta proposta.

- Queriam que eu assinasse homicídio culposo e tirariam a minha esposa fora do processo. (...) Me deixaram indignado.

Segundo ele, a proposta teria sido feita pelo delegado Calixto Calil Filho. De acordo com Nardoni, o acordo foi apresentado após o grupo mostrar a ele fotos da menina Isabella morta no necrotério.

Nardoni afirmou que, na hora em que a proposta foi apresentada, o advogado dele não se manifestou.

As afirmações foram feitas em resposta a questionamentos do promotor Francisco Cembranelli. R7

FIDAE 2010: Esquadrilha da Fumaça atravessa a cordilheira e chega ao Chile

Para participar da Feira Internacional de Aeronáutica e Espaço, FIDAE 2010, em Santiago do Chile, a Esquadrilha da Fumaça precisou transpor (23/03), um imponente obstáculo: a maior cadeia de montanhas do mundo, a Cordilheira dos Andes, que se estende por cerca de 8 mil quilômetros com picos de mais de 6 mil metros de altura. Oito aeronaves da esquadrilha e o avião de apoio, um C-105 Amazonas fizeram o trajeto entre Mendoza, na Argentina, e Santiago do Chile, em pouco mais de uma hora. Mas a viagem teve muita emoção.

Um desafio para os T-27 Tucanos da Esquadrilha da Fumaça. Os picos altos e irregulares da cordilheira exigem total atenção dos aviadores. O vento, que forma turbulências ao percorrer o perfil das montanhas também oferece risco. Mas a paisagem formada pelas altas montanhas com seus picos nevados e os lagos formados pelo degelo compõe um cenário arrebatador. “Eu já tive a oportunidade de fazer essa travessia em outras ocasiões, mas nunca como líder. Foi um prazer muito grande apesar da responsabilidade de ter sete aeronaves sob a minha liderança em uma área que requer tanta atenção”, afirma o comandante da Fumaça, Tenente-Coronel José Aguinaldo de Moura.

A esquadrilha da Fumaça vai se apresentar quatro vezes para o público presente à FIDAE 2010. A feira realizada na capital chilena é considerada o maior evento de aviação da América Latina. FAB

Brasileiro disputará Mundial de Corrida Aérea

O piloto Adilson Kindlemann já apreciou dezenas de vezes o Cristo Redentor, o Pão de Açucar e a Bahia da Guanabara enquanto sobrevoava o Rio de Janeiro. Mas o voo que fará no dia 8 de maio, sobre as belezas naturais do capital fluminense, será diferente: um milhão de pessoas estarão observando suas manobras.

Paulista radicado em Curitiba, Adilson Kindlemann será o primeiro brasileiro a participar do Mundial de Corrida Aérea – competição que consiste em percorrer um circuito aéreo composto de obstáculos (cones infláveis) com um avião monomotor; ganha quem fizer o percurso em menos tempo e sem faltas. Serão oito etapas, a primeira delas na próxima sexta-feira (26) e sábado (27), em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. Será a estreia do brasileiro no circuito. Mas a cereja do bolo, para ele, será a terceira corrida, a do Rio.

Em 2007, a cidade sediou uma das etapas do Red Bull Air Race. Mesmo sem nenhum brasileiro competindo, mais de um milhão de pessoas estiveram no Aterro do Flamengo acompanharam a disputa. Neste ano, o cenário será a Bahia da Guanabara, e, pela primeira vez na história, um brasileiro estará entre os 15 pilotos.

Na véspera de partir para Abu Dhabi, Adilson concedeu entrevista ao R7. Falou sobre seu as expectativas para a estreia no Mundial, a etapa do Rio e o desejo de que o esporte que pratique seja popularizado no Brasil.

Leia os principais trechos da entrevista:

R7 – Como foi essa transição entre a aviação comercial e a de competição? Que tipo de semelhança você aponta entre as duas?
Adilson:
Na verdade não tive uma transição, pois a aviação acrobática sempre fez parte da minha vida. Como piloto de linha aérea, parte das minhas folgas eram dedicadas ao treinamento e shows aéreos. Tenho uma rotina na atividade acrobática que acabo usando na aviação comercial, que é a sequência lógica. Colocando essa lógica na minha rotina de trabalho, tudo fica mais seguro.

R7 – Qual é a preparação que você faz para disputar o Mundial de Corrida Aérea? Ela é muito diferente de outras competições de acrobacia, por exemplo?
Adilson:
Concentração é fundamental, o preparo mental faz toda a diferença e o preparo físico é necessário: boa condição aeróbica e muscular é indispensável. Durante a competição, nosso corpo é submetido à força G, que pode chegar a 10, 12 vezes o peso de nosso corpo. No entanto, a tolerância à força G só é ampliada com o voo. Somente voando é que o corpo se adapta a mudanças bruscas de força G. Hoje temos um detalhe na regra que determina um peso mínimo de 83 quilos para o piloto. Caso tenha menos que 83, deve levar peso para compensar. Estando acima dos 83 kg, esse peso a mais poderá atrapalhar a performance da aeronave. Comparando com as outras competições que participei, na corrida aérea tudo acontece muito mais rápido e a concentração deve ser ainda maior, pois o avião fica muito próximo do solo e são muitas variáveis envolvidas no voo.

R7 – Dá para ter pleno controle da aeronave voando tão perto do solo e na velocidade que voam?
Adilson: Para ser aceito entre os pilotos do Red Bull Air Race, durante o processo seletivo, os fatores determinantes são sua qualidade como piloto seguro dentro de uma situação de voo como a da corrida aérea. Isso exige muita disciplina e domínio da aeronave em condições extremas para deixar mínimo o risco e aumentar o fator segurança. Todos que estão aqui têm consciência dos riscos e são comprometidos em dar o máximo de segurança ao voo. Acho que cada esporte tem seu risco especifico, mas cada esporte tem também o atleta especifico que deve se comprometer que o primordial é a segurança ao esporte que pratica.

R7 - Sua presença pode ajudar a difundir o esporte no Brasil? Como é a recepção em outros países? Qual o país onde é mais popular?
Adilson: Acho que a presença de um brasileiro fará toda a diferença. Em todos os lugares por onde a corrida passa, o esporte é mais popular se tem um piloto daquele país participando. Um país como o Brasil, que ama a velocidade e que conquistou uma tradição na F1, tem obrigação de ser representado em uma competição mundial como o Red Bull Air Race. Quando a corrida esteve no Brasil, foi um sucesso, mas no fundo todos estavam sentindo falta de ter um representante nacional por quem torcer. No final, muitos ficaram com a sensação de que não seria possível ter um brasileiro entre os melhores do mundo, mas alguns acreditavam que isto poderia acontecer. Eu acreditei e trabalhei muito para conquistar nosso lugar. Agora começamos uma nova realidade para os brasileiros e para o esporte no Brasil. R7

segunda-feira, 22 de março de 2010

Lula admite que Rio é perigoso e convida participantes de Fórum Urbano a visitar favelas

Durante o seu discurso no 5º Fórum Urbano Mundial, que está sendo realizado no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não poupou elogios ao Rio de Janeiro mas, ao mesmo tempo, admitiu que a cidade é perigosa. Ele convidou todas as autoridades internacionais presentes ao evento que conheçam a capital carioca mas fez um alerta.

- Não se embrenhem por locais que vocês não conheçam. Temos notícias de que morre alguém no Rio, não negamos que há violência. Mas procurem ir nas melhores praias, ver as melhores paisagens. O povo do Rio é o mais alegre, mais cortês do Brasil

Ao lado da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff e do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, Lula disse que os desmandos dos administradores do século 20 transformaram várias cidades em grandes favelas mas que é possível construir novas políticas urbanas sem ficar criticando o que ocorreu antes.

Segundo Lula, houve um tempo no Brasil em que não era prudente fazer investimentos para resolver problemas crônicos no país.

- Saneamento básico, nem pensar. Instalar tubo debaixo da terra para carregar esgoto não dava para botar o nome da mãe, da avó. Não dava propaganda eleitoral. O importante era construir viaduto e colocar o nome do pai, da mãe, da avó. Isso era um pequenês de muita gente. Para o governo ter uma imagem digna, não tem que construir ponte e, sim, permitir que uma criança, em vez de pisar em esgoto a céu aberto, possa andar descalça na rua. A coisa mais barata e mais simples de se fazer é cuidar da parte pobre da população.

O presidente também falou sobre investimentos na área do campo e voltou a cutucar a imprensa.

- A imprensa não vê ou não enxerga mas hoje está havendo um êxodo ao contrário. As pessoas estão deixando as cidades e voltando para o campo por causa de uma grande política de financiamento da agricultura familiar. Levamos energia elétrica para 12 milhões de pessoas que vivem no campo

Lula voltou a criticar os antigos governantes ao afirmar que, em outros tempos, muitos falavam que não dava para fazer nada se a economia não crescesse.

- Estamos provando que dá para promover o crescimento econômico juntamente com uma grande distribuição de renda e melhoria da qualidade de vida. R7

domingo, 21 de março de 2010

SOUTH BY SOUTHWEST: Exposição de guitarras é destaque de festival de música

Guitarra em forma de mapa na exposição Texas Guitar Show no Centro de Convenções de Austin durante o festival South by Southwest, no Texas.

O último dia oficial do South by Southwest é neste domingo (21), mas desde o final da tarde de sábado (20) o festival já começa a se despedir do público. A programação de hoje é reduzida, com apresentações entre 20h e 23h em apenas duas casas: Emo's Jr e Emo's Main Room Events. Algumas festas paralelas acontecem à tarde para quem ainda está na cidade.

Na tarde de sábado, a organização do SXSW começou a desmontar os estandes e a estrutura que mantiveram durante mais de uma semana no Centro de Convenções de Austin. Apenas uma feira de guitarras permaneceu por mais tempo no local, aberta gratuitamente a todo o público, com ou sem ingresso do festival.

A exposição Texas Guitar Show foi montada para mostrar, comprar, trocar ou vender instrumentos novos e usados. Os preços também eram diversificados, como uma guitarra Gibson SG de 1962 a US$ 16,500 ou uma Dean Razorback por US$ 800 com case.

A produção local de instrumentos feitos no Texas tem destaque na feira, com luthiers -- os profissionais especializados na construção e no reparo de instrumentos-- à disposição dos visitantes.

Apesar do nome da feira, banjos, bandolins, baixo, bateria, amplificadores, aparelhos de som, peças, livros e acessórios também completaram a exposição.

Ao público, uma diversidade de itens curiosos estavam à mostra, como miniaturas, guitarras estilosas em forma de mapa ou instaladas entre jardins de rosas. A feira de negócios para os expositores é realizada todos os anos nos últimos dias do South by Southwest. UOL

SENNA, 50 ANOS: Ayrton queria igualar Fangio com cinco títulos, diz Viviane

Ayrton Senna completaria 50 anos neste domingo. Famoso por sua paixão e comprometimento com o trabalho nas pistas, é difícil imaginar que o tricampeão mundial de Fórmula 1 (1988, 1990 e 1991) não estaria envolvido com automobilismo quando completasse meio século de vida.

No entanto, em entrevista ao UOL Esporte, a irmã de Ayrton, Viviane Senna, revelou um plano curioso de seu irmão para quando se aposentasse das pistas, nas quais buscava implacavelmente igualar o então maior vencedor da história da F-1, o argentino Juan Manuel Fangio, pentacampeão mundial em 1951, 54, 55, 56 e 57.

“Antes de parar de correr, ele queria igualar o Fangio com cinco títulos. Mas lembro de uma vez em que ele me contou que depois de parar queria ser fiscal da natureza em Angra”, contou Viviane. Apesar de aparentemente estranha, a vontade de Ayrton tinha fundamento, já que ele costumava passar suas férias descansando na casa de praia da família em Angra dos Reis, ou na fazenda de Tatuí, no interior de São Paulo.

Presidente do Instituto Ayrton Senna, que já atendeu mais de 11,5 milhões de crianças desde sua fundação, em 1994, e foi criado a partir de uma ideia do próprio piloto, Viviane disse que dificilmente seu irmão estaria trabalhando atrás de uma mesa hoje em dia.

“Com certeza ele não estaria em escritório, não era um cara de ficar sentado na cadeira. Isso o enlouqueceria. Ele estaria se movimentando, com algo relacionado aos automóveis. Acho que não seria necessariamente chefe de equipe ou piloto, mas poderia estar fazendo algo como o que fez com a Audi aqui no Brasil”, contou a mãe do piloto Bruno Senna, da equipe Hispania de Fórmula 1.

Como empresário, Ayrton foi o responsável pela entrada da montadora alemã no mercado brasileiro, onde a marca ainda era desconhecida. O piloto fechou contrato com a Audi no fim de 1993 e passou a cuidar da importação e venda dos carros da empresa no Brasil a partir do início de 1994. UOL ESPORTES

Alucinação assassina

No universo das tragédias, há as do tipo previsível e as que fulminam suas vítimas com a imprevisibilidade de um raio. O assassinato do cartunista Glauco Vilas Boas, de 53 anos, e de seu filho Raoni Ornellas Vilas Boas, de 25 anos, cometido por Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, certamente não pertence à primeira categoria. Cadu, como é conhecido o criminoso confesso, nasceu em uma família de classe média alta de São Paulo e estudou nas melhores escolas da capital paulista. Morava em bairro nobre, frequentava os bares da moda, ia a baladas de black music e, segundo a família, nunca havia demonstrado comportamento violento. Os avós, com quem ele morava, sabiam que o neto usava maconha ("Como fazem hoje em dia 90% dos jovens", disse Carlos Nunes Filho, o avô) e, embora lamentassem o fato de ele ter começado três faculdades sem terminar nenhuma (direito, artes visuais e gastronomia), não viam nisso mais do que uma indecisão em relação ao seu futuro profissional. Glauco e o filho Raoni tampouco tinham perfil ou comportamento que poderia ser classificado como "de risco" – nada que contribuísse para fazer deles vítimas potenciais de um assassinato. Nenhum dos dois tinha inimigos e ambos mantinham como ideário de vida a assistência ao próximo: drogados em busca de recuperação, no caso de Glauco, e comunidades indígenas isoladas, no caso de Raoni. Ainda assim, não se pode dizer que a tragédia ocorrida em Osasco no último dia 12 não deu pistas de que vinha se aproximando.

Nos últimos três anos, Cadu, de 24 anos, vinha exibindo claros sinais de que estava sofrendo de distúrbios psíquicos. Esse período, segundo seu pai, Carlos Grecchi, coincide com o tempo que o filho começou a frequentar o Céu de Maria, igreja fundada por Glauco e pertencente à seita Santo Daime, que mistura elementos do cristianismo, espiritismo e umbanda e prega o consumo de um chá com efeitos alucinógenos como forma de "atingir o autoconhecimento e a consciência cósmica". O comportamento de Cadu, diz Grecchi, começou a se transformar quando ele passou a fazer uso da dimetiltriptamina (DMT), o princípio ativo presente na beberagem consumida por adeptos da seita. Por diversas vezes, tanto Grecchi como os avós de Cadu ouviram o jovem dizer que era a reencarnação de Jesus Cristo. Também por diversas vezes os parentes flagraram o jovem rezando, numa ocasião debaixo de chuva forte, para plantas que ele dizia serem reencarnações de entidades religiosas.

Às tentativas de levá-lo a um psiquiatra ou a uma clínica de internação, Cadu reagia com determinação e pavor. Dizia que não queria ficar como sua mãe, portadora de esquizofrenia. A esquizofrenia faz com que suas vítimas sejam acometidas por delírios e alucinações, em surtos que duram, no mínimo, um mês. Vozes e seres imaginários solapam a percepção da realidade. Falsas ideias de perseguição e possessão tornam a vida um pesadelo contínuo. A esses surtos se intercalam períodos de uma apatia profunda, marcados por lentidão de raciocínio e desordem de pensamento. O risco de desenvolver essa psicose sobe de 1% para 13% no caso de pessoas cujo pai ou mãe sofre do transtorno. Na família de Cadu, além da mãe, também uma tia-avó foi diagnosticada com esquizofrenia. Seu pai diz estar convencido de que o filho herdou a doença (veja entrevista abaixo). E começa aqui a parte em que a tragédia do Céu de Maria atravessa o campo do imponderável para adentrar o espaço aterrador das desgraças que talvez pudessem ter sido evitadas.

Grande parte dos portadores de esquizofrenia consegue levar uma vida razoavelmente normal desde que sob tratamento – que, além de medicação, inclui manter distância de certas substâncias. Como chás alucinógenos, por exemplo. A DMT aumenta a concentração no cérebro de três neurotransmissores: a serotonina, a noradrenalina e a dopamina. Como os portadores de esquizofrenia têm um aumento na atividade da dopamina, a sobrecarga dessa substância pode fazer com que eles percam a noção de realidade e tenham alucinações – estado que pode continuar mesmo depois que o efeito da droga termina. Em outras palavras, permitir que portadores de psicoses como a esquizofrenia bebam o chá da seita Santo Daime equivale a jogar gasolina sobre uma casa em chamas. Tudo indica que foi exatamente o que os seguidores da seita fizeram durante os três anos em que Cadu frequentou o local.

Ninguém duvida de que a igreja fundada por Glauco reúna homens e mulheres de boa vontade, ótimas intenções e um propósito louvável: o de ajudar a livrar os jovens das drogas, coisa que o próprio Glauco havia conseguido fazer consigo mesmo, segundo afirmava, graças ao Santo Daime. Se, no entanto, o que diz Grecchi, o pai de Cadu, não estiver distorcido pela dor e pelas circunstâncias, Glauco foi, sim, solicitado a não mais ministrar o alucinógeno a Cadu ainda em 2007. Por descuido ou desconhecimento acerca do estado de saúde do rapaz, ele não atendeu ao pedido. Em depoimento à polícia, Cadu afirmou que bebeu o chá todas as vezes em que foi ao Céu de Maria.

A DMT é proibida em quase todo o mundo. Ao lado do LSD e da mescalina, ela aparece na lista de drogas controladas na Convenção sobre Substâncias Psicotrópicas da Organização das Nações Unidas. Essa lista é seguida por 183 países, o Brasil incluído. A convenção, entretanto, não proibiu plantas ricas na substância, como a erva-rainha ou chacrona, que dá origem à beberagem do Daime. Isso permite a interpretação de que apenas a substância é proibida e a planta, que tem pequena concentração dela, não. No Brasil, em 1992, graças a uma campanha liderada por "ayahuasqueiros", o Conselho Federal de Entorpecentes liberou o consumo do chá daimista "para fins religiosos". Foi o primeiro de uma sucessão de erros que culminou com a consagração do chá como "bebida sagrada", título concedido à substância alucinógena pelo estado brasileiro em janeiro passado. O advogado criminalista Fernando Fragoso considera a interpretação casuística. "Uma droga não deixa de ser droga se for consumida no meio de um ritual. A substância é lícita ou não é", diz. A Associação Brasileira de Psiquiatria também já se manifestou contra a liberação do chá, sob o argumento de que não existem estudos suficientes para descrever em profundidade a ação no cérebro da DMT presente na beberagem.

De acordo com a família de Cadu, a última vez que ele ingeriu o chá foi por ocasião do Ano-Novo. Nesse período, conforme afirmou à polícia, Cadu já estava traficando maconha com o propósito de juntar dinheiro e comprar, por 1 900 reais, a arma com que matou suas vítimas. O propósito seria obrigar o cartunista e líder religioso a dizer a sua família que seu irmão mais novo, Carlos Augusto, seria a reencarnação de Jesus Cristo. A mãe de Cadu, Valéria Sundfeld Nunes, mora sozinha no bairro do Pacaembu, na zona oeste de São Paulo, mas é assistida de perto pelos pais, que a visitam duas vezes por dia. Ela trabalha em uma ótica, mas está há três meses afastada, segundo o patrão, por problemas de saúde. O avô de Cadu conta que ela reagiu à notícia da prisão do filho com apatia: "Parecia que haviam dito que ele tinha ido ao supermercado".

Cadu foi preso na noite de domingo em Foz do Iguaçu (PR), depois de tentar atravessar a fronteira para o Paraguai, na Ponte da Amizade. Num Fiesta preto que havia roubado em São Paulo, disparou cerca de quinze tiros pelo para-brisa do carro em movimento contra os policiais federais que quiseram impedi-lo. Feriu um deles no braço e só parou do lado paraguaio da ponte ao ver que sua passagem estava trancada por outra barreira montada pelo país vizinho. Nesse momento, sem que ninguém lhe perguntasse, saiu do carro com os olhos esbugalhados, bradando: "Sou o Cadu. Fui eu que matei o Glauco". Apesar da confissão, o crime ainda guarda pontos obscuros. O primeiro diz respeito ao papel de Felipe Iasi, o amigo que teria sido coagido a levar Cadu ao Céu de Maria na noite do assassinato. Por meio do rastreador instalado no carro do rapaz pela companhia de seguros, a polícia reconstituiu o trajeto que Iasi percorreu depois de deixar a casa de Glauco. A análise inicial mostrou que o itinerário de Iasi coincide, ao menos nos primeiros 8 quilômetros, com aquele percorrido por Cadu e revelado por meio do sinal do seu celular. Isso indicaria a possibilidade de Iasi ter dado cobertura ao amigo na fuga. Há ainda a possibilidade de Cadu ter omitido outra informação: em depoimento, ele diz que roubou o Fiesta no domingo de manhã e seguiu viagem. O rastreamento do veículo indica, porém, que, às 13 horas do domingo, o carro encontrava-se no Parque do Ibirapuera. A polícia vai investigar o que Cadu pode ter ido fazer lá. Por fim, há que esclarecer por que motivos o advogado e amigo da família de Glauco, Ricardo Handro, mentiu a respeito das circunstâncias em que se deu o crime. Ele chegou a dar detalhes à imprensa do que teria sido uma tentativa de sequestro seguida de homicídio. Sua versão só mudou quando se tornou insustentável diante dos fatos revelados pela polícia – entre eles o de que o assassino era conhecido das vítimas e frequentador da igreja Céu de Maria. Ele se defende dizendo que não havia falado com a mulher de Glauco quando divulgou sua falsa versão. A polícia considera o argumento pouco plausível.

As origens da seita Santo Daime estão ligadas à descoberta, pelos seringueiros do Acre, da ayahuasca, como os índios que viviam na Floresta Amazônica no século XIX chamavam o chá. Um dos primeiros a consumir a bebida, o seringueiro Raimundo Irineu Serra teria tido uma visão de Nossa Senhora, na qual ela ordenava que ele passasse a chamar o chá de santo-daime (a palavra viria da exortação "dai-me luz") e criasse uma doutrina em torno dele. O ritual criado por Irineu e replicado em todo o país se desenrola da seguinte forma: o interessado em provar da ayahuasca passa por uma breve entrevista para que os "fardados", os daimistas graduados, questionem suas motivações. Apenas em algumas igrejas se pergunta ao interessado se ele tem problemas psíquicos. Uma vez aceito, o calouro daimista pode participar do culto. Os participantes se sentam formando um círculo, os homens separados das mulheres. Cantam hinos de letra singela e repetitiva, que misturam referências cristãs e espíritas. Depois de algumas músicas, chega o momento do primeiro chá. As pessoas se organizam em fila e tomam meio copo do alucinógeno. Em geral, isso se repete quatro vezes. O culto pode durar até doze horas. Só recebem autorização para uma saída rápida do salão os que precisam vomitar, ocorrência que costuma afetar os daimistas de primeira viagem. Hoje, a seita tem mais de 100 igrejas em todo o país. Só a Céu de Maria tem 11 000 adeptos que tomam regularmente a DMT.

Na semana passada, uma entidade da Bahia chamada Associação Brasileira de Estudos Sociais do Uso de Psicoativos entrou com uma petição no Supremo Tribunal Federal pedindo a liberação da maconha "para uso terapêutico e religioso". Caso a petição seja aceita, são grandes as chances de outras drogas entrarem para o rol de "sagradas". Tolerância em excesso, combinada com negligência na mesma medida e uma boa dose de vulnerabilidade, física ou emocional das partes envolvidas: eis uma boa receita para construir uma tragédia. VEJA

HAVAIANAS: Os chinelos foram só o começo

Depois de transformar suas modestas Havaianas em moda no mundo todo, a Alpargatas lança-se a uma nova empreitada: repetir o sucesso comercial do chinelo de dedo com os tênis Havaianas. O resultado, como se vê na página ao lado, é interessante. Bem coloridos, os tênis mantêm na sola e na palmilha a mesma borracha dos chinelos. No mês passado, a empresa enviou à Europa (e só para lá, por enquanto) os pares de estreia da sua linha de calçados fechados que inclui os tênis, batizada de Soul Collection. Além dos modelos de cano baixo e alto, há uma sapatilha e o bom e velho (e de gosto duvidoso) sapato de lona – na nova versão, com borracha no lugar da palmilha de corda. A iniciativa tem um viés sazonal. "Os tênis visam aos europeus, que, por motivos climáticos, só podem usar as sandálias durante quatro meses no ano", diz Carla Schmitzberger, diretora de negócios da unidade de sandálias da marca. Os modelos, à venda em magazines luxuosos como Harrods e Selfridges, em Londres, e Galerias Lafayette, em Paris, custam entre 28 e 55 euros (em torno de 68 a 133 reais). Os novos tênis e sapatos Havaianas estarão disponíveis no Brasil a partir de maio, com preços entre 50 e 75 reais. Eles serão vendidos na loja-conceito da marca em São Paulo até o fim do ano, quando a distribuição se estenderá às 82 franquias do país. No ano que vem, devem chegar aos Estados Unidos.

Com o lançamento dos sapatos fechados no exterior, a Havaianas caminha para se consolidar como grife internacional. Sua lista de produtos inclui, além dos chinelos de borracha, bolsas de lona, toalhas de algodão e meias. Essas últimas foram feitas para países gélidos, como Ucrânia e Canadá. Todos os itens da marca Havaianas são produzidos no Brasil. As sandálias são fabricadas em Campina Grande, na Paraíba, e respondem por 80% do mercado de chinelos de borracha no país. Elas representam ainda metade do faturamento de 2,4 bilhões de reais do grupo, que conta também com as marcas Topper, Mizuno, Rainha, Dupé e Timberland. Em 1999, quando as exportações em massa tiveram início, apenas 1,3% das sandálias seguia para outros países. No ano passado, 13% dos 190 milhões de pares que deixaram a fábrica tiveram como destino o mercado externo. Os chinelos de borracha estão presentes em oitenta países – os principais compradores são Austrália, Filipinas, Argentina, Estados Unidos, França, Itália e Espanha.

Há nove anos a Alpargatas começou a arquitetar sua estratégia para vender as sandálias no mercado internacional. Depois de enfrentar uma crise no fim da década de 80, a empresa decidiu ampliar a linha, que por 32 anos se ancorou em um único modelo, aquele da palmilha branca com solado e tiras da mesma cor (quem viveu aquele período provavelmente lembra que era comum os surfistas inverterem o solado para ter o chinelo de uma cor só). A Alpargatas também aumentou o número de pontos de venda e partiu para um marketing agressivo – era preciso mostrar ao mundo o produto de um país reconhecido por sua moda praia, mas com poucas referências em qualidade e inovação. Em 2003, cada um dos indicados ao Oscar recebeu um par dos chinelos com cristais Swarovski. Um ano antes, a marca conseguiu incluir seus chinelos no desfile da coleção verão do estilista Jean Paul Gaultier. Desde 2007, a Alpargatas tem escritórios em Nova York e Madri, que concentram as operações e a distribuição dos produtos pelos continentes. "A partir dos anos 90, a Havaianas deixou o ciclo vicioso que privilegiava alto volume, baixo custo e pouco investimento. Desde então, ela não para de se reinventar", diz Carla Schmitzberger. Reinventar significa, no jargão empresarial, criar artifícios para manter uma marca vigorosa. Até aqui, ela tem conseguido.

As Havaianas são um dos raros casos de produto nacional que ostenta a sua própria marca no exterior – não vendem apenas a matéria-prima ou o artigo que receberá a etiqueta de outra marca. Além disso, conseguiram fazer do "Made in Brazil" um sinônimo de qualidade. No caso das sandálias, associa-se o produto ao clima tropical e ao estereótipo dos brasileiros sempre divertidos e descontraídos. "Qualquer país poderia fazer um chinelo de borracha parecido, mas a marca conseguiu ser reconhecida como original", diz Alberto Serrentino, sócio da GS&MD – Gouvêa de Souza, uma das maiores empresas de consultoria em varejo e consumo do país. Nos últimos anos, nos Estados Unidos e na Europa, as sandálias ultrapassaram os limites da areia. Duas reportagens do The New York Times questionaram a conveniência de usá-las em ambientes de trabalho, hábito adotado por muitos americanos no verão. O melhor marketing é quando elas aparecem em pés famosos, como os das atrizes Lindsay Lohan e Megan Fox. Vieram, como era de esperar, as edições limitadíssimas. A joalheria H. Stern chegou a criar três pares com penas de ouro e diamantes. O preço: 52 000 reais. VEJA

Para tirar habilitação, candidato terá de fazer aula prática à noite

A partir de maio, os candidatos a motorista terão de aprender a dirigir também à noite. Uma lei publicada no Diário Oficial da União na quinta-feira obriga os Centros de Formação de Condutores (CFCs) a dar aulas noturnas de direção como requisito para conceder a Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

A nova regra entra em vigor em 60 dias e, segundo a Federação Nacional das Autoescolas (Feneauto), o custo da carteira poderá aumentar. O número de aulas noturnas ainda será definido pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Atualmente, é preciso comprovar pelo menos 20 horas/aula de prática.

Segundo o deputado federal Celso Russomanno (PP-SP), autor da proposta, a mudança pode ajudar a reduzir o número de acidentes, já que os alunos serão mais preparados a dirigir em situações adversas. "O ato de conduzir o veículo à noite exige precauções adicionais. É preciso que o candidato, no processo de treinamento, se submeta a essa circunstância, para não vir a fazê-lo apenas quando lhe tiver sido concedida a permissão para dirigir", destaca.

Preço - A Feneauto diz ser "favorável a qualquer mudança que melhore a formação dos condutores". Mas, o presidente Magnelson Carlos de Souza ressalva que com uma fiscalização deficiente como a atual, o cumprimento da lei não será garantido. Souza observa, ainda, que o preço da carteira deverá aumentar, uma vez que será necessário mais tempo de aula prática para realizar as aulas noturnas.

"Teria de mudar essa regra ou comprar mais carros para atender à demanda, o que provocaria um aumento do preço", salienta. De acordo com ele, se o Contran aumentar a carga horária para além das 20 horas, o custo já ficará mais alto. AGÊNCIA ESTADO

A vida depois da morte

Marilena Fernandes achava que estava começando a redescobrir a vida, nove anos depois da morte do marido, quando um acidente de carro lhe roubou o filho Paulo, de 20 anos. Ela decidiu abrir as cortinas de casa e enchê-la de flores. Não queria que os três outros filhos levassem uma vida amargurada. Desde então – e lá se vão cinco anos – desfila suas alegrias e tristezas todo ano em uma escola de samba. Alice Quadrado transformou o pesar causado pela morte da filha Eliana, aos 25 anos, em vontade de ajudar. Percebeu quanto outros pais que passavam por essa situação se sentiam sozinhos. Fundou a associação Casulo, onde uns apoiam os outros e encontram forças para seguir em frente. “Foi a maneira que encontrei para dar significado a algo de muito ruim”, diz. Marilena e Alice descobriram o que existe além de uma das piores dores a que os seres humanos estão sujeitos: perder um filho.

“Já enterrei amigos, irmãos, mãe. Nada se compara à perda de uma filha”, diz Ana Cristina de Freitas Rocha, de 57 anos, mãe de Tatiana. A jovem de 20 anos morreu em 2005, de uma infecção generalizada diagnosticada tarde demais. “Essa dor é hors-concours”, diz Ana Cristina, usando uma expressão francesa que significa “fora de competição”. É justamente essa avalanche de sentimentos, que atinge quem perde alguém amado, que os cientistas têm tentado revolver. A quem viveu grandes tragédias pessoais, fizeram a mesma pergunta que nos ocorre ao conhecer histórias como as descritas nesta reportagem: como é possível superar a dor que tanto tememos? Nós seríamos capazes?

Há bons motivos para acreditar que sim. “Somos mais fortes do que pensávamos”, afirma o psicólogo americano George Bonanno, pesquisador da Universidade Colúmbia, nos Estados Unidos, e referência no estudo de fenômenos ligados à morte. Em seu livro The other side of sadness (O outro lado da tristeza, ainda sem tradução no Brasil), Bonanno compilou uma série de estudos recentes que obrigaram os especialistas a repensar o que se sabe sobre como reagimos à morte. Esses estudos parecem mostrar que a maior parte das pessoas consegue se refazer de uma perda rapidamente, às vezes em questão de semanas. E sugerem que não existe um roteiro de emoções a serem sentidas para que a superação aconteça. No depoimento da página 84, Ana Carolina de Oliveira, a mãe da menina Isabella Nardoni, relata como cada membro da família superou de forma diferente a perda da menina.

Até recentemente, a teoria mais difundida para explicar a reação humana à morte era a dos “cinco estágios do luto”, desenvolvida pela psiquiatra suíça Elizabeth Kübler-Ross, em 1969. Ela apregoa que, até superar uma perda, as pessoas enlutadas passam por fases sucessivas de negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Essa teoria entrou até para a cultura pop: foi tema de um episódio recente do seriado americano Grey’s anatomy e serviu como conteúdo ilustrativo para demonstrar o funcionamento do novo aparelho da Apple, o iPad. Kübler-Ross teve o mérito de chamar a atenção para um assunto até então ignorado, mas seu pioneirismo não foi seguido pela publicação de novos estudos.

Na década de 90, a geração de novatos à qual pertencia Bonanno notou as lacunas no conhecimento sobre o luto e desencadeou uma onda de estudos. “Chegamos a conclusões surpreendentes, simplesmente porque fizemos perguntas básicas que ninguém tinha feito”, diz Bonanno. Percebeu-se que os escassos estudos anteriores eram feitos com voluntários que haviam procurado ajuda de psiquiatras e psicólogos – logo, tinham mais dificuldades que a média para lidar com o luto, o que distorcia os resultados.

O próprio modelo dos cinco estágios do luto é um exemplo. Kübler-Ross tinha desenvolvido sua teoria observando o comportamento de pacientes com doenças terminais, o que não corresponde necessariamente à reação a outros tipos de morte. Mesmo as fases de negação, raiva, barganha, depressão e aceitação foram definidas a partir da interpretação subjetiva de Kübler-Ross e seus colegas das entrevistas com os pacientes. Até o fim da vida, em 2004, Kübler-Ross disse que sua pesquisa não havia sido bem entendida e que nunca dissera que essas cinco fases se aplicam a todos os casos nem que eram nitidamente separadas. Mas, ante a vontade de entender a inquietação humana diante da morte, sua teoria era irresistivelmente simplificadora.

Os novos estudos, com uma gama mais ampla de pessoas, concluíram que há outras maneiras de lidar com a morte de quem amamos. “Cerca de metade das pessoas lida muito bem com a perda e volta à vida normal em semanas”, diz Bonanno, que analisou uma série de levantamentos para chegar a essas estatísticas de referência. “Outros 25% sofrem por um período maior, que pode durar de alguns meses até um ano. Cerca de 15% desenvolvem graves dificuldades que afetam a convivência social e o desempenho no trabalho.”

A morte de 3 mil pessoas nos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos, teve um papel inesperado no novo entendimento da ciência sobre a morte. O trauma redespertou o interesse da ciência pelo tema e impulsionou uma série de estudos que acompanharam a recuperação dos moradores de Nova York. Os resultados foram surpreendentes. Apenas seis meses após a tragédia, 65% das pessoas entrevistadas mostravam-se emocionalmente equilibradas. Essa taxa era alta até entre aquelas que perderam um amigo ou um parente na tragédia: 54% não tiveram a saúde emocional abalada, 35% já tinham se recuperado depois de desenvolver algum tipo de trauma e apenas 11% ainda enfrentavam dificuldades para se recuperar. As proporções, semelhantes àquelas encontradas por Bonanno e seus colegas em seus primeiros estudos, ajudaram a consolidar o nome que se deu ao outro lado da tristeza: resiliência.

Os rostos que ilustram esta reportagem fazem parte dessa maioria à qual os especialistas chamam de “resilientes”. O termo, emprestado da física, traduz em sentido figurado o que ocorre com quem supera uma perda: é a propriedade que alguns corpos apresentam de retornar à forma original depois de sofrer um impacto. Isso não significa que não houve sofrimento ou que foi fácil. Em comum, os resilientes têm a decisão de continuar a viver – conscientemente, como Ana Cristina, ou de forma inconsciente, como Maria de Fátima Ferreira, que enfrentou um câncer de mama na mesma época da morte do filho Francesco, de 21 anos, em 2004. “As pessoas achavam que eu não ia aguentar. Eu achava que ia morrer junto”, diz. Mas ela venceu. Há quatro meses foi declarada curada pelos médicos.

Os cientistas acreditam que somos capazes de reações como a de Maria de Fátima – inexplicáveis até para ela – porque já nascemos dotados dessa capacidade de superação. Nossos genes e circuitos cerebrais teriam sido programados, ao longo de milhares de anos de evolução, para contornar o abalo provocado pela morte de pessoas com quem temos fortes vínculos emocionais. A depressão, descrita por Maria de Fátima e por outros milhares de pessoas que viveram uma tragédia, faria parte dessa estratégia. A tristeza causa uma sensação de torpor: o mundo parece estar em câmera lenta; perdem-se a fome, o desejo sexual e a vontade de viver. Essa prostração nos impediria de tomar decisões e atitudes que coloquem a própria sobrevivência em risco durante esse período. Hoje, essa função da tristeza pode parecer banal. Mas, quando nossos antepassados eram nômades, até 10 mil anos atrás, a sensação de torpor era uma questão de sobrevivência. Podia impedir que alguém entrasse por impulso em uma disputa por comida e apenas no decorrer dela se lembrasse de que seu parceiro não estaria por perto para lhe dar apoio. O período de depressão corresponderia ao período de atualização de nossos circuitos cerebrais a essa nova realidade.

A prostração soa como uma estratégia ruim de sobrevivência para nossos antepassados, às voltas com a luta diária pela vida. Mas, se ela for contrabalançada por oscilações entre depressão e otimismo, passa a fazer sentido. Quem já enfrentou a morte de alguém próximo sabe que o luto não é tristeza 24 horas por dia, sete dias por semana. Há dias em que mergulhamos no mais profundo pesar. Em outros, a vida parece ter voltado ao normal e há até momentos de genuína alegria. A teoria dos cinco estágios do luto, mostram os estudos recentes, é insatisfatória, definindo como lineares fases que são, na verdade, cíclicas.

Se o luto não é necessariamente tão sofrido quanto se imaginava, se a maioria consegue superar bem uma perda, por que algumas pessoas enfrentam tanta dificuldade? Os 15% estimados por Bonanno passam anos vivendo como nos primeiros e mais difíceis momentos do luto. Essas pessoas não conseguem retomar a vida. Vivem para a dor, em uma espécie de luto crônico, chamado pelos especialistas de “luto patológico” ou “luto complicado”. Além de prejudicar a qualidade de vida, ele aumenta os riscos de desenvolver desordens como depressão grave e transtornos de ansiedade. Um estudo da Universidade Yale, nos Estados Unidos, mostrou que esses enlutados crônicos correm um risco sete vezes maior de se suicidar. ÉPOCA