Pages

Pages - Menu

terça-feira, 31 de maio de 2011

Foto mostra onde termina a atmosfera terrestre e começa o espaço

A Nasa (agência espacial americana) divulgou nesta terça-feira a foto tirada por astronautas da ISS (Estação Espacial Internacional) que deixa claro onde termina a atmosfera do planeta Terra e começa o espaço.

A image foi tirada quando o ônibus espacial Endeavour ainda se encontrada acoplado à ISS. A nave atualmente faz o caminho de retorno à Terra.

O pouso será nesta quarta-feira (1º de junho), no Centro Espacial Kennedy, na Flórida (EUA), e está previsto para as 1h35 (horário de Brasília). FONTE: FOLHA.COM

Sobe para 16 nº de mortos por bactéria E.coli na Alemanha e Suécia

A Alemanha informou nesta terça-feira a morte de uma mulher de 87 anos vítima de uma variedade da bactéria Escherichia coli (E. coli). O surto da bactéria matou outras 14 pessoas no país e uma na Suécia.

Um dos maiores surtos de bactéria E.coli da Europa, a infecção já deixou mais de 1.200 contaminados na Alemanha, assim como centenas de pessoas na Espanha, Suécia, Reino Unido, Dinamarca, França e Holanda --todas que estiveram na Alemanha nos últimos dias.

Cientistas suspeitam que pepinos, tomates e alface possam ter espalhado a bactéria na Alemanha, mas até agora apenas amostras de pepinos procedentes da Espanha e comercializados em Hamburgo, na Alemanha, tiveram a contaminação constatada. Não se sabe, contudo, se a contaminação ocorreu no país, durante o transporte ou na Alemanha.

O governo alemão pediu que a população não coma pepinos até que os cientistas consigam identificar a origem exata. A maioria das mortes ocorreu no norte da Alemanha.

"A situação é tensa, mas podemos lidar com ela", disse o ministro de Saúde Daniel Bahr, em uma entrevista a jornalistas na noite de segunda-feira. Ele disse esperar que o número de casos continue a subir.

O governo alemão identificou a doença como a Síndrome Hemolítico-Urêmica (SHU), uma complicação séria de um tipo de E.coli que produz a toxina Shiga. Esta toxina específica destrói hemácias (células vermelhas do sangue) e provoca insuficiência renal, a SHU.

A E. coli se propaga principalmente pela comida, pela água contaminada ou pelo contado com animais doentes. Os sintomas típicos da infecção pela bactéria são febre moderada e vômito. Em alguns casos, há diarreia com sangue nas fezes.

A maioria dos pacientes se recupera em cerca de sete dias, mas uma parcela deles pode desenvolver a SHU. Nos casos mais severos, a síndrome provoca convulsões e problemas graves no sistema nervoso.

O Centro Europeu para a Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês), com sede na Suécia, disse que o surto de SHU é "um dos maiores que já foram registrados no mundo e o maior já registrado na Alemanha". FONTE: AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Meninas mais pobres estão menstruando mais cedo, diz estudo

Meninas de nível econômico mais baixo têm maiores chances de começar a menstruar mais cedo, o que aumenta os riscos de que desenvolvam câncer de mama, dizem especialistas britânicos.

Os pesquisadores basearam suas conclusões em um estudo de longo prazo do qual participam 90 mil mulheres britânicas e cujo objetivo é investigar que fatores genéticos, ambientais e outros relativos a estilos de vida, estariam associados ao câncer.

O estudo, intitulado Breakthrough Generations Study, iniciativa da entidade britânica de fomento a pesquisas Breakthrough Breast Cancer, terá a duração de 40 anos. Alguns dos resultados foram publicados na revista científica "Paediatric and Perinatal Epidemiology".

Eles indicam que meninas mais pobres, com dietas alimentares também mais pobres, tendem a menstruar pela primeira vez por volta dos 12,1 anos de idade, em comparação com meninas mais ricas, que tendem a ter sua primeira menstruação aos 12,5 anos.

O risco de câncer entre as meninas mais pobres seria maior porque elas estariam produzindo o hormônio estrogênio durante mais tempo.

Além da idade da primeira menstruação, outros fatores que, acredita-se, estariam associados ao câncer de mama, seriam a idade da mulher, consumo de álcool, peso, uso de terapias de reposição hormonal e da pílula anticoncepcional.

Queda progressiva - No início do século 20, a primeira menstruação em mulheres britânicas ocorria, em média, aos 13,5 anos de idade. Por volta da década de 1940, a média caiu para 12,5 anos. Houve poucas mudanças nas quatro décadas subsequentes. No final da década de 1980, a média caiu novamente, para os 12,3 anos.

A idade da primeira mentruação está vinculada ao peso da menina. Portanto, o aumento nos índices de crianças obesas na Grã-Bretanha, particularmente em classes sócio-econômicas mais baixas, poderia talvez ajudar a explicar a mudança.
No passado, meninas de nível sócio-econômico mais alto, com dietas mais ricas e peso maior, tendiam a menstruar mais cedo.

"Não sabemos as razões por trás (da queda na idade da primeira menstruação), mas alterações na dieta podem ter cumprido algum papel", disse a autora do estudo, Danielle Morris, do Institute of Cancer Research, no condado de Surrey, Inglaterra.
"Essa queda é importante porque a idade na qual uma menina começa a menstruar pode influenciar suas chances de desenvover câncer de mama mais tarde."
Efeito estrogênio - Estudos anteriores demonstraram que o hormônio feminino estrogênio está associado ao crescimento de tumores nas mamas.
Meninas que menstruam mais cedo tendem a sofrer maior exposição ao hormônio mesmo quando deixam de menstruar, explicou a pediatra Tabitha Randall, do Nottingham Children's Hospital, em Nottingham, Inglaterra.

"As meninas que começam a menstruar mais cedo estão produzindo estrogênio por períodos mais longo de tempo", disse Randall. "E embora mulheres que começam a menstruar antes normalmente deixam de menstruar mais cedo, elas podem começar a usar terapia de reposição hormonal", explicou a pediatra.

Níveis de estrogênio no organismo também são influenciados pela dieta e, portanto, peso. "A dieta é importante porque o tecido adiposo transforma o hormônio masculino em estrogênio", acrescentou Randall.
Hereditariedade

A incidência de câncer de mama na família também aumenta os riscos de que uma mulher desenvolva a doença. Um outro especialista envolvido no Breakthrough Generations Study, Anthony Swerdlow, disse que índices de câncer de mama vêm aumentando na Grã-Breanha.

"Achamos que essas mudanças ocorreram por uma combinação de fatores que, individualmente, fazem uma pequena diferença".
"A compreensão de como esses fatores influenciam os riscos de uma mulher de desenvolver cãncer de mama pode permitir que desenvolvamos estratégias para prevenir a doença no futuro."

O número de casos de câncer de mama diagnosticados na Grã-Bretanha aumentou 50% nos últimos 25 anos. Segundo estatísticas mais recentes, quase 48 mil novos casos foram identificados em 2008. FONTE: BBC

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Alimentação inadequada e os riscos para o desenvolvimento infantil

Quando o assunto é alimentação, a preocupação dos pais é constante. Saber se os filhos consomem todos os nutrientes, proteínas e vitaminas de forma adequada e equilibrada é fundamental, independentemente da idade da criança. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a desnutrição infantil no País diminuiu nos últimos 30 anos, porém, o número ainda é alarmante. Cerca de 1,89 milhão de crianças menores de 10 anos sofrem com a desnutrição.

O fato de as crianças ficarem muito tempo na escola, ou fora dela, pode desencadear uma série de inquietações por parte dos pais. Nesse período, é fundamental atentar-se para a alimentação adequada, pois a carência nutricional nessa fase pode prejudicar o bom andamento dos pequenos na escola e nas atividades normais do dia a dia, causando desânimo e demais doenças, como obesidade e anemia.

“Desnutrição e obesidade podem parecer que estão em sentido oposto, no entanto, obesidade é um tipo de desnutrição. As pessoas confundem obesidade com saúde quando, na verdade, o obeso pode estar muito mais doente que o desnutrido. Obesidade causa doença cardiovascular, diabetes, problemas de coluna e muitas outras doenças graves”, explica Daniel Magnoni, médico cardiologista e nutrólogo do Hospital do Coração (HCor).

Cabe aos pais elaborar um cardápio rico em nutrientes com alimentos saudáveis e refeições em horas certas e sem exageros. É importante iniciar a formação de hábitos alimentares assim que as crianças são apresentadas aos alimentos, ou seja, assim que abandonam o leite materno.

“Altere o cardápio a cada refeição, mas não apresente todas as novidades de alimentos de uma só vez. Varie a seleção de carboidratos, que dá a energia para as crianças nas atividades diárias, as proteínas, que são essenciais para o crescimento e desenvolvimento dos pequenos e os alimentos ricos em fibras, vitaminas e minerais, responsáveis pela manutenção e o bom funcionamento do corpo”, diz o especialista.

Todos os alimentos têm igual peso, ou seja, não há alimento mais importante que o outro nessa fase. O ideal é montar uma pirâmide de alimentos e abrir algumas exceções ao longo da semana. “Escolha um dia da semana para a criança se divertir nas guloseimas, mas sem exagero, pois com o excesso de doces e frituras, com o tempo ela pode apresentar doenças como obesidade”, salienta o nutrólogo.

Sempre que possível, introduza o azeite na alimentação das crianças, pois é um alimento funcional natural, com alto teor de gordura monoinsaturada, o que aumenta o colesterol bom (HDL).

“Ao consumir o azeite extravirgem, estamos ingerindo 77% de gordura monoinsaturada, 14% de saturada e 9% de poli-insaturada, o que torna o óleo mais saudável em relação aos outros. De forma semelhante, reduza ao máximo o consumo de açúcar, pães e doces, causadores de obesidade. Aumente bastante a carga de atividade física, seja esporte, ginástica ou outras atividades recreativas”, finaliza Magnoni.

Dicas - A dica do nutrólogo é que os pais abusem da criatividade e introduzam aos pratos infantis alimentos coloridos para chamar a atenção das crianças. Uma sugestão é decorar as refeições, para atraí-las. Abaixo, algumas propostas que podem seduzir os olhos e fazer muito bem ao corpo na fase do desenvolvimento.

• Prefira carnes magras às vermelhas;

• Insira ao café da manhã iogurte, fibras – para auxiliar na digestão – e frutas;

• Substitua sobremesas calóricas e com muito açúcar por frutas decoradas ou gelatinas;

• Evite os refrigerantes, prefira os sucos naturais;

• Escolha um dia da semana para liberar as guloseimas;

• Não insista para que a criança coma. Ela procurará o alimento oferecido quando sentir fome;

• Varie o cardápio, mas administre bem as novidades;

• Siga uma ordem de horário para as refeições e os lanches intermediários;

• Use a criatividade ao preparar os pratos, abuse dos legumes, para ter um prato colorido, e das formas dos lanches para atrair a atenção. FONTE: PORTAL O QUE EU TENHO?

Descoberta da Aids completa 30 anos

A Aids, uma doença ainda sem cura, foi descoberta há trinta anos e já provocou 30 milhões de mortes, transformou o mundo, gerou um investimento financeiro exemplar, uma mobilização em larga escala e avanços médicos espetaculares.

Há 30 anos, no dia 5 de junho de 1981, o Centro de Controle de Doenças de Atlanta, nos Estados Unidos, descobriu em cinco jovens homossexuais uma estranha pneumonia que até então só afetava pessoas com o sistema imunológico muito debilitado.

Um mês depois, foi diagnosticado um câncer de pele em 26 homossexuais americanos e se começou a falar de "câncer gay".

No ano seguinte, a doença foi batizada com o nome de Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, Sida, em inglês Aids.

Em 1983 uma equipe francesa isolou o vírus transmitido pelo sangue, secreções vaginais, leite materno ou sêmen, que ataca o sistema imunológico e expõe o paciente a "infecções oportunistas" como a tuberculose ou a pneumonia.

Os 30 anos de Aids que fizeram milhões de vítimas, também foi uma época de grandes êxitos contra o vírus. Em 1996, com o desenvolvimento dos anti-retrovirais, a doença mortal passou a ser uma enfermidade crônica.

O Fundo Mundial, criado em 2002, já distribuiu 22 bilhões de dólares em subsídios e um "programa de urgência" foi organizado nos Estados Unidos.

"A Aids mudou o mundo; uma novo relação social foi criada entre os países do norte e do sul de maneira que nenhuma outra doença já tinha provocado", destacou Michel Sidibé, diretor da ONUAIDS.

A sua maneira, os doentes participam também na luta e se transformam em "pacientes experts", que relatam aos especialistas sua experiência, definem as necessidades e anotam os efeitos indesejáveis dos tratamentos, segundo Bruno Spira, presidente da associação Aides.

A Aids tem matado menos, no entanto ela não desaparece. Pelo contrário, o número de pessoas infectadas tem aumentado nos últimos anos, exigindo mais pesquisas, mais tratamentos e mais dinheiro.

Por enquanto, apenas uma em cada três pessoas que necessitam de tratamento tem acesso às drogas. Ainda pior é que para cada duas pessoas que iniciam o tratamento, cinco outras pessoas são contaminadas.

Os esforços agora são direcionados para a prevenção com novos métodos: a circuncisão, que segundo pesquisas ainda não conclusivas podem diminuir as chances de contágio; um gel microbicida para as mulheres e o tratamento dos doentes que diminui em mais de 90% as chances de transmissão do vírus.

No entanto, mesmo com trinta anos de pesquisas, e muitos investimentos, ainda não há cura e a Aids está longe de ser vencida.

Sem contar o fato que, segundo o Fundo Mundial, os financiamentos previstos para os próximos anos são claramente inferiores às necessidades.

Além disso, dois terços dos soropositivos no mundo desconhecem a própria doença e disseminam o vírus. Na França, por exemplo, uma pesquisa revelou que 18% dos clientes de bares e saunas gays estão contaminados e 20% destes desconhecem.

Socialmente, a Aids ainda é uma doença pouco comum, e muitos preferem ignorá-la. "Ainda assim, como há 30 anos, é difícil reconhecer uma 'doença vergonhosa', que não quer ser discutida mostrada falada e examinada", diz Bruno Spire, também portador do HIV.

"A Aids foi a maior epidemia do século XX e é a maior do século XXI", afirma por sua vez o professor Jean-François Delfraissy, da Agência de Pesquisa sobre a AIDS. FONTE: AFP

Hora do aperto nos EUA se aproxima, diz Volcker

O banco central dos Estados Unidos (Federal Reserve) pode em breve ser forçado a dar início ao processo de aperto monetário – isto é, ser obrigado a subir as taxas básicas de juros no país – diante do aumento das pressões inflacionárias, disse hoje o ex-presidente da instituição, Paul Volcker. "Diria que esse momento está se aproximando", afirmou Volcker em conferência em Madri. "Com o considerável déficit orçamentário que temos e o juro zero, não podemos ter esta situação para sempre sem problemas inflacionários", disse.

Reflexos – Um possível aumento das taxas de juros nos EUA traria reflexos imediatos para a economia internacional. Considerados os ativos mais seguros do mundo, os títulos do Tesouro americano teriam sua rentabilidade melhorada a partir da decisão. Com isso, uma parte considerável da liquidez internacional, hoje alocada em ações e commodities, poderia ser desviada para esses papéis. Tais ativos poderiam perder, portanto, uma parcela do vigor que tem apresentado nos últimos meses. No Brasil, possivelmente haveria redução dos fluxos de entrada ou mesmo saída de moeda americana, o que se traduziria em valorização menos acentuada do real ou até mesmo mesmo depreciação.

Volcker afirmou acreditar que a inflação nos EUA – com a taxa para o núcleo pouco abaixo de 2% – está atualmente sob controle. Destacando as pressões de baixa nos salários causadas pela elevada taxa de desemprego, Volcker acrescentou ser pouco provável que o país experimente um descontrole de preços no curto prazo. Ainda assim, segundo ele, o Fed terá de monitorar de perto a situação e agir preventivamente antes de as pressões inflacionárias aumentarem. "É um teste real para o banco central ou para a política fiscal no momento", observou. FONTE: AGÊNCIA ESTADO

Cadela leva 40 tiros, é enterrada viva e sobrevive em Malta

Uma cadela levou 40 tiros de pequeno calibre no crânio e foi enterrada viva, em Malta, mas, desafiando todas a probabilidades, sobreviveu e passa bem. O caso, que ocorreu na semana passada na cidade de Birzebbuga, foi descoberto por acaso.

Um morador local ouviu um gemido vindo de uma tábua, no meio de um terreno. Quando o pedaço de madeira foi removido, o homem encontrou a cachorra enterrada, somente com o focinho para fora do chão.

A cadela, que agora se chama Star, foi retirada e levada a um hospital veterinário. Ela foi operada e passa bem. A cadela recebeu propostas de adoção de várias partes do mundo, mas ela ainda levará um bom tempo para se recuperar totalmente.

Agora, as autoridades de Malta querem rever as leis contra a crueldade em animais. Quem for condenado por violência contra os bichos pode pegar até um ano de prisão. FONTE: UOL NOTÍCIAS

Borboletas fêmeas fecham asas para evitar sexo, diz estudo

Uma pesquisa japonesa descobriu que as borboletas fêmeas desenvolveram um mecanismo para evitar o assédio sexual dos machos.

Segundo os pesquisadores, as borboletas têm uma forma simples de evitar a atenção indesejada de machos persistentes --elas fecham suas asas.

Ao recolher asas brilhantes e com desenhos chamativos, as fêmeas se tornam menos visíveis para os machos, segundo descrevem os cientistas em um artigo publicado na última edição da revista especializada "Ethology".

O coordenador da pesquisa, Jun-Ya Ide, do Instituto de Tecnologia Kurume, em Fukuoka (Japão), notou que as borboletas da espécie Lycena phlaeas normalmente fechavam as asas quando outras borboletas da mesma espécie estavam voando muito próximas a elas.

"Também descobri que ela fechava as asas com menos frequência quando outras espécies de borboletas estavam voando nas proximidades", disse Ide.

Ele então começou a tentar descobrir por que isso ocorria.

VIRGENS - Segundo Ide, tentativas persistentes de acasalamento por machos podem machucar as delicadas fêmeas. Ele então testou a hipótese de que elas fecham suas asas como uma estratégia para evitar o assédio.

O pesquisador usou um modelo de borboleta macho para gerar a reação nas fêmeas.

"Quando trouxe o modelo de borboleta macho para perto de uma fêmea que já havia copulado, ela normalmente fechava suas asas", disse o pesquisador à BBC.

As fêmeas virgens, por outro lado, mantinham suas asas abertas.

"Concluí que, quando as fêmeas não necessitam mais copular, elas fecham suas asas para se esconder", disse Ide.

No entanto, as fêmeas virgens, que querem copular, "mantêm suas asas abertas para ficarem visíveis".

"O comportamento evoluiu para evitar o assédio sexual", disse. FONTE: BBC BRASIL

Justiça terá de decidir se todos os moradores do Pará poderão opinar sobre a divisão do Estado

A Câmara dos Deputados aprovou, no início do mês, a realização de plebiscitos no Pará para consultar a população sobre as propostas de desmembrar o território para criar dois novos Estados: Carajás e Tapajós. Entretanto, ainda não se sabe se todos os paraenses poderão votar, já que não há consenso nem mesmo entre os autores dos projetos sobre quem deve participar do referendo.

Isso porque, para defender a realização de plebiscito, os dois projetos citam o mesmo trecho da Constituição Federal (o terceiro parágrafo do artigo 18), o qual diz que deve ser consultada sobre a mudança “a população diretamente interessada”. Assim, fica no ar a dúvida: afinal, quem pode ser afetado pela alteração? Todo o Estado, apenas os municípios que serão desmembrados, ou todo o Brasil?

Para o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) e o deputado federal Wandenkolk Gonçalvez (PSDB-PA), respectivamente autor e relator do projeto que cria Tapajós, o tema interessa a todos os municípios do Pará e, portanto, toda a população do Estado deve ser consultada. Já para o deputado federal Giovanni Queiroz (PDT-PA), autor da primeira proposta de criar o Estado de Carajás, a decisão cabe apenas aos moradores das cidades que serão desmembradas do Pará.

O tema é polêmico e, de acordo com o especialista Carlos Ari Sundfeld, professor da escola de Direito da FGV (Fundação Getulio Vargas), provavelmente, a responsabilidade de pôr fim à dúvida ficará para o TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

- É polêmico. Eu acredito que a Justiça deverá entender como ‘parte interessada’ o Estado inteiro, devido aos impactos que essa mudança acarretará para os demais municípios.

Para Sundfeld, a Justiça deverá seguir o que diz a lei 9.709 (de 1998), que trata justamente da realização de plebiscitos deste tipo, que entende como população diretamente interessada “tanto a do território que se pretende desmembrar, quanto a do que sofrerá desmembramento”.

Ciente da controvérsia, o deputado Wandenkolk disse ao R7 que já consultou o TSE sobre quem deve participar do plebiscito, e aguarda uma resposta para os próximos dias. Porém, a assessoria da Corte informou que caberá ao TRE-PA (Tribunal Regional Eleitoral do Pará) deixar claro quem poderá opinar sobre as propostas, e acrescentou que só irá se pronunciar se o tribunal regional o consultar – o que ainda não ocorreu.

Já o deputado Giovanni Queiroz afirmou, por meio de sua assessoria, que se o TSE interpretar que todo o Estado deve participar do plebiscito, ele irá recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal), pois considera a medida “inconstitucional”.

E o Brasil? - Enquanto a bancada paraense discute quem deve opinar dentro do Estado, há quem interprete como “parte interessada” todo o Brasil, devido aos impactos que a criação de dois novos Estados sobre os cofres da União.

É o diz o pesquisador Rogério Boueri, do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), que calcula que Carajás e Tapajós causarão um saldo negativo anual de cerca de R$ 2 bilhões ao governo federal – sem contar os custos para a instalação dos novos poderes.

As chances de toda a população brasileira ser consultada, como ocorreu em 2005 durante a discussão sobre desarmamento, são quase nulas. Mas nem por isso os demais Estados deixarão de ser questionados sobre o tema, como explica Sundfeld.

- A oitiva do Brasil é feita através dos representantes no Congresso Federal, porque não basta a realização de um plebiscito, é preciso que o Congresso aprove essa lei complementar. [...] E, certamente, não será uma discussão fácil, pois não têm apenas efeitos financeiros, mas impactos na representação política do país, o que é mais grave ainda.

Além de Tapajós e Carajás, tramitam no Congresso outras propostas para criar mais sete Estados e quatro territórios, fazendo com que o mapa do Brasil passe a ser dividido em 33 Estados e quatro territórios, além do Distrito Federal. O plebiscito a respeito da criação do Estado de Carajás deve ocorrer até novembro. FONTE:R7

Passageiro morre em capotagem durante cavalo de pau em Alagoas

Um passageiro de 32 anos morreu durante a realização de um cavalo de pau, na tarde deste domingo (29), em Santana do Ipanema (AL). O carro era ocupado pelo motorista e por pelo menos dois passageiros no momento do acidente. O corpo da vítima, que estava no banco do passageiro, ao lado do motorista, foi lançado para fora do carro.

O acidente foi flagrado por pelo menos dois cinegrafistas amadores, que postaram os vídeos na internet. Nas imagens, é possível ver que a picape que capota é acompanhada por outro veículo em uma pista de terra. Antes do acidente, os dois estão em alta velocidade, o que aparenta ser uma corrida de carros. O local é identificado no vídeo como sendo "campo de aviação".

Em determinado momento, o motorista da picape, que está na frente do outro carro, resolve fazer uma manobra chamada cavalo de pau, mas perde o controle do veículo. É neste momento que o passageiro é lançado para fora do carro, que fica virado na pista.

O motorista é retirado pelos espectadores, que esperavam os dois carros passarem, nos dois lados da pista. É possível ver, nas imagens dos cinegrafistas amadores, que havia mais de cem pessoas no local. Muitas delas correm para o veículo tombado e algumas seguram latas ou copos com bebidas.

"O motorista foi identificado e será indiciado por homicídio culposo [quando não há intenção]. Ele foi imprudente e provocou a morte do passageiro", disse o delegado regional Rodrigo Rocha Cavalcante, que vai assumir a investigação do caso. Ele afirmou que ainda não teve acesso aos vídeos do acidente, mas informou que devem ser anexados ao inquérito policial. O delegado não informou se o motorista foi preso em flagrante. FONTE: G1

Irã irá enforcar 300 traficantes de drogas, diz Justiça

Trezentos traficantes de drogas estão no corredor da morte no Irã, informou o Judiciário iraniano, refletindo a linha-dura do país com os narcóticos e aumentando as preocupações sobre o uso amplo no país da pena capital.

"Para 300 condenados em crimes relacionados às drogas, incluindo aqueles pegos com a posse de pelo menos 30 gramas de heroína, foram emitidos vereditos de execução", disse o procurador-geral do Irã, Abbas Jafari Dolatabadi, segundo a edição desta segunda-feira do jornal Sharq.

Todos os condenados devem ser executados por enforcamento.

Segundo a Anistia Internacional (AI), o Irã fica atrás apenas da China no número de execuções, com pelo menos 252 pessoas executados ano passado.

Além do tráfico de drogas, também são punidos com a pena de morte assassinatos, adultério, estupro, roubo a mão armada e apostasia (negação da religião) de acordo com a Sharia, lei muçulmana, praticada no Irã desde a revolução islâmica de 1979.

O Irã minimiza as críticas contra seu sistema judiciário, afirmando estar implementando a lei islâmica e acusando o Ocidente de usar "dois pesos e duas medidas".

O tráfico e o vício em drogas são um grande problema no Irã, país que tem uma longa e porosa fronteira com o Afeganistão, a maior fonte mundial de heroína. O Irã enforcou seis condenados por tráfico de drogas na quinta-feira, quando 11 condenados foram executados no total, sendo cinco deles em público. FONTE: REUTERS

Erupção do vulcão islandês Grimsvötn chega ao fim, diz geóloga

A erupção do vulcão Grimsvötn terminou, anunciou nesta segunda-feira a geóloga Steinunn Jakobsdottir, do Instituto Meteorológico de Islândia.

"A erupção terminou. Não há atividade desde a manhã de sábado", declarou Steinunn Jakobsdottir.

O Grimsvötn registrou uma violenta erupção em 21 de maio, provocando uma coluna de cinzas de até 20 quilômetros de altura, o que prejudicou o tráfego aéreo na semana passada na Europa.

O Grimsvötn, o vulcão mais ativo da Islândia, entrou pela última vez em erupção em 2004. Na ocasião, a atividade se prolongou por poucos dias, afetando o tráfego aéreo islandês por um curto período de tempo.

Os geólogos já haviam anunciado que o Grimsvötn, que costuma entrar em atividade a cada meia década, voltaria a sofrer uma erupção ao longo deste ano.

Em abril de 2010, a erupção de um outro vulcão islandês, o Eyjafjöll, provocou a maior interdição do espaço aéreo já registrada na Europa. Na ocasião, mais de cem mil voos foram cancelados e mais de 8 milhões de passageiros ficaram impedidos de viajar durante um mês.

No caso do Grimsvötn só ocorreram restrições parciais no Reino Unido, Alemanha e Escandinávia, além da própria Islândia. FONTE: FRANCE PRESSE

Nave Endeavour se despede da estação espacial pela última vez e inicia volta à Terra

A nave Endeavour, com seis astronautas a bordo, se afastou definitivamente nesta segunda-feira (30) da ISS (Estação Espacial Internacional), e iniciou seu retorno final à Terra. Após voltar à Terra, a nave vai ser aposentada e enviada a um museu de ciências em Los Angeles (Califórnia).

A última missão do Endeavour é também a penúltima do programa americano de ônibus espaciais, que depois de trinta anos terminará com o voo do Atlantis à ISS, em julho.

A Nasa (agência espacial dos EUA) informou que a nave se separou à 0h55 (horário de Brasília) da estação, que fica a cerca de 385 km da Terra e se desloca a 27 mil km/h. Durante quatro horas e meia, o ônibus espacial realizou uma “pirueta” para que os astronautas a bordo da estação inspecionassem sua cobertura térmica.

Quando os técnicos da Nasa comprovaram o bom estado dos escudos térmicos (que protegem a nave quando esta entra na atmosfera terrestre e o atrito gera temperaturas de cerca de 2.000 ºC), às 5h38, os motores foram ligados e a Endeavour começou a se distanciar da ISS.

A aterrissagem no Centro Espacial Kennedy, na Flórida (EUA), está programada para quarta-feira (1º).

Essa missão incluiu quatro jornadas de trabalho dos astronautas fora do complexo ISS-Endeavour, que foram as últimas programadas na era desse tipo de ônibus espacial, iniciada em 1981 e que chegará a seu final em julho com a missão do Atlantis.

A primeira missão do Endeavour, o mais jovem dos ônibus espaciais, ocorreu em 1992, e a partir de 1998 a nave foi uma peça fundamental no programa de construção e operação da ISS. FONTE: AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Policial do Zimbábue é preso por usar banheiro do presidente

Um policial do Zimbábue foi preso no início do mês acusado de usar um banheiro reservado apenas para o presidente, Robert Mugabe.

O sargento Alois Mabhunu trabalhava em uma feira anual de Comércio Internacional do Zimbábue, na cidade de Bulawayo, no oeste do país.

Segundo o site da rádio Voice of People (VOP), do Zimbábue, Mabhunu foi preso no dia 7 de maio, um dia depois do incidente. O detetive do setor de homicídios estava trabalhando na abertura oficial da feira em Bulawayo.

O presidente do banco africano Afreximbank, Jean Louis Ekra, e o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, também participavam da cerimônia.

'Mabhunu, devido ao chamado da natureza, correu para os banheiros reservados para Mugabe e seu convidado, Ekra, mas foi parado por outros oficiais que guardavam os banheiros', informou o site da rádio VOP.

'Sob intensa pressão do chamado da natureza, o oficial abriu caminho e conseguiu se aliviar.'

Mas, Mabhunu foi preso no dia seguinte, depois de uma denúncia para os responsáveis pela segurança de Mugabe e comandantes da polícia na cidade, sob suspeita de invadir o banheiro do presidente.

O policial está detido em um quartel nos arredores de Bulawayo e a rádio VOP entrou em contato com um porta-voz da polícia de Bulawayo, mas o porta-voz, Mandlenkosi Moyo disse à rádio que 'é um assunto interno'.

Segundo a rádio VOP, Mabhunu está sendo julgado nesta segunda-feira.

Segundo o site de notícias New Zimbabwe, a advogada defensora dos direitos humanos Beatrice Mtetwa perguntou por qual crime o policial foi acusado.

'Precisa haver uma lei dizendo que o banheiro é do presidente, mas este era um banheiro público. Eles precisavam ter divulgado uma proclamação no jornal do governo especificando isto. Aposto que eles não fizeram isto', disse a advogada.

Em todos os lugares que vai, Mugabe, de 87 anos, é protegido por grandes esquadrões da polícia secreta e por soldados.

Vários motoristas que cruzaram o caminho do comboio presidencial teriam sido atacados pelos seguranças de Mugabe, por exemplo. FONTE: BBC BRASIL

Sistema alemão pode dar saída a impasse da reforma política no Brasil

Um dos principais entraves da tão prometida reforma política brasileira pode encontrar na Alemanha uma possível solução. O país europeu junta os dois modelos propostos hoje, de forma divergente, pelos principais partidos do país para alterar a escolha dos políticos na Câmara dos Deputados.

De um lado, o PT defende o voto em lista fechada, quando o eleitor vota apenas no partido, e não no candidato; e de outro, o PSDB propõe o voto distrital puro, quando os Estados são divididos em áreas menores, os distritos, e quem for eleito representa aquela região.

Em contato com estudiosos e políticos, além de uma visita ao próprio Parlamento alemão, chamado Bundestag, o R7 questionou se o modelo adotado na Alemanha, chamado misto - por combinar as duas fórmulas - não seria, afinal, uma solução simples e conciliadora.

De forma geral, a resposta foi que, em tese, o modelo poderia, sim, melhorar a representação dos deputados. O difícil é convencê-los a mudar, especialmente quando isso atinge seus interesses partidários.

Hoje, no Brasil, adota-se o chamado voto proporcional de lista aberta, em que o partido ocupa número de vagas proporcional ao número de votos que obteve nas urnas. Na Alemanha, metade dos deputados é eleito pelo voto proporcional de lista fechada e a outra metade, pelo voto distrital.

A maior crítica que se faz à forma atual no Brasil é a chamada “crise de representatividade”. É que boa parte dos deputados ou não tem contato com o eleitor ou atua de forma independente de seu partido.

Estudioso do tema, o consultor da Câmara Antonio Cintra, que já ajudou a elaborar vários projetos de lei sobre o tema, diz que a implantação do sistema alemão no Brasil ajudaria a definir melhor a atuação de cada deputado.

- Hoje, há lideranças locais e lideranças de peso geral. Você teria um deputado para representar um distrito e um deputado para representar áreas maiores, como os Estados, ou até o país como um todo. Você tem necessidade de atender obras locais, e ao mesmo tempo você tem que decidir assuntos gerais, como salário mínimo, política contra inflação, medidas provisórias. É uma conciliação que dá forma a uma divisão que já existe na prática.

Cintra é um defensor do fortalecimento dos partidos na representação dos diferentes interesses na sociedade. Embora hoje no Brasil estejam bastante desgastados, os partidos, argumenta o consultor, “são uma maneira de organizar, de simplificar o mundo para as pessoas”.

- O eleitor não precisa ficar o dia inteiro estudando todas as questões e votando de acordo com o que ele estudou de cada questão, ele delega essa tarefa para uma organização chamada partido, que simplifica a escolha dele.

Um dos maiores especialistas do Brasil no tema, o cientista político Jairo Nicolau, professor da UERJ, concorda que o sistema alemão é “engenhoso” por incluir também o deputado distrital, que tem mais contato com os eleitores de sua região. Mas para ele, a dificuldade seria dividir o país em distritos, já que os limites entre eles seria foco de grande controvérsia entre os políticos.

- Quando você corta a zona sul do Rio e põe a favela da Rocinha num distrito ou num outro, você está mexendo com bases eleitorais de alguns políticos, que vão achar que estão favorecendo um partido ou outro. Sempre têm interesses.

Mas o “o grande vilão” do sistema alemão, acrescenta Nicolau, é a dificuldade para o eleitor entender o cálculo que transforma seus votos em vagas na Câmara.

- Você tem que dar dois votos, tem um deputado que é do distrito, um deputado que é da lista, um deputado pode perder no distrito, mas ganhar pela lista. A combinação matemática é complicada para o eleitor entender.

Resistências - Mesmo com a divergência entre PT e PSDB, alguns de seus próprios parlamentares, mais ligados ao tema, até concordam em adotar adaptações do sistema misto alemão no Brasil. Mas as propostas sempre tendem para um lado.

O deputado Henrique Fontana (PT-RS), por exemplo, diz que dá para conciliar, mas aponta a dificuldade política para dividir os distritos como o maior impeditivo para sua implantação.

- Todo mundo já sabe que nenhum sistema puro (distrital ou lista fechada) vai prosperar. (O proporcional) protege mais as minorias e dá uma pluralidade maior para o Parlamento. Eu, como relator, tenho que procurar mediações. Mas aqui no Brasil a viabilidade de passar é baixa, porque as pessoas têm uma visão de que tudo que for da lista pura é para beneficiar os partidos maiores.

O entrave, para Fontana, está em “formar maioria” para aprovar qualquer proposta. É quase a mesma explicação do deputado Mendes Thame (PSDB-SP) para o impasse. Ele é autor de outro projeto que também adapta o sistema misto, mas que divide o país em distritos.

- O PT quer a lista fechada porque eles consideram que isso vai beneficiá-los muito, esse é o problema. Não há um interesse coletivo, não há uma preocupação de melhorar o sistema eleitoral. Tem o interesse de cada partido pelo que vai beneficiá-lo, pelo que vai dar mais cadeiras.

Ele evitou dizer se o voto distrital puro também beneficiaria o PSDB, mas argumentou que, pelo menos, ele evitaria que um deputado conseguisse votos em regiões do Estado, onde não é conhecido, apenas investindo alto na campanha. FONTE: R7

Novo método tem maior taxa de sucesso contra o cigarro

Um novo modelo de tratamento do tabagismo desenvolvido no InCor (Instituto do Coração) tem feito mais pessoas pararem de fumar, com menos chances de recaídas.

Cerca de 25 milhões de brasileiros acima de 15 anos são fumantes, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Chamado de PAF (Programa de Assistência ao Fumante), O modelo envolve três etapas: um diagnóstico mais preciso do grau de dependência, uma combinação de medicamentos e o uso de uma escala em que o médico vai medindo e tratando o desconforto causado pela abstinência do cigarro.

A cardiologista Jacqueline Scholz Issa, criadora do método, que está há 18 anos à frente do ambulatório de tratamento do tabagismo do InCor, diz que a taxa de eficácia do programa, no período de um ano, é de 55% -contra 34% da que existia cinco anos atrás. Os índices de desistência e de recaída caíram de 40% para 26%.

Esses primeiros resultados, obtidos a partir de 400 pacientes atendidos, foram apresentados à comunidade científica internacional em congresso no Canadá.

Eles também serviram de base para a elaboração de um software, que pode ser acessado via internet por médicos de todo o país. Centros públicos terão acesso grátis.

EMOÇÕES - O sistema permite saber quantos fumantes desistiram do tratamento, quantos sofreram efeitos colaterais dos remédios, quantos tiveram sucesso ou recaídas e quais as causas dos insucessos.

Ele também permite que o médico avalie melhor o grau de dependência do tabaco, levando em conta não só o número de cigarros fumados, mas também as emoções (prazer, ansiedade, tristeza) associadas a ele.

A partir desses dados, Issa desenvolveu uma metodologia de tratamento que considera, entre outras coisas, o grau de desconforto do paciente durante o período de abstinência.

"É a partir disso que se associa ou não medicamentos.

O tratamento vai sendo ajustado de acordo como grau de desconforto e é totalmente individualizado", explica.

As drogas mais utilizadas são a vareniclina (Champix) e a bupropiona (Zyban), além de adesivos e gomas de nicotina.

Antidepressivos também podem ser usados.

TERAPIA - O programa não envolve abordagens de terapia cognitiva comportamental -o que é recomendado em programa do governo federal. Segundo Issa,uma boa relação entre o Médico e o paciente já garante o suporte necessário na fase de abstinência.

O tratamento dura, em média, três meses e demanda de quatro a cinco consultas. "O follow up [acompanhamento] também pode ser feito por telefone ou por e-mail", diz.

Médicos que trabalham com tratamento de tabagismo dizem que as taxas de sucesso do PAF são superiores às verificadas em outros centros, entre 30 e 40%.

"Os resultados são maravilhosos", resume a psiquiatra Analice Gigliotti, chefe do setor de dependência química da Santa Casa do Rio.

O pneumologista Ricardo Meirelles, do Inca (Instituto Nacional do Câncer), diz ter gostado da proposta do PAF e do fato que ela considera que, mesmo pessoas que fumam pouco, podem ter alto grau de dependência.

Ambos acreditam, porém, que as chances de a pessoa abandonar o vício são maiores quando o tratamento inclui, além da medicação, abordagens de terapia cognitiva comportamental -técnica através da qual a pessoa tenta entender melhor suas emoções e modifica seu modo de agir. FONTE: FOLHA.COM

Estado de saúde de Sean Kingston é grave após acidente, diz site

O estado de saúde do cantor de hip hop Sean Kingston é grave, informou o site TMZ. Ele está internado em um hospital de Miami, nos EUA, após sofrer acidente de jet ski neste domingo (29). Segundo a página especializada em celebridades, ele está com ferimentos graves sendo tratado no setor de emergência.

Segundo um oficial ouvido pela CNN, o acidente teria acontecido quando Kingston e sua mulher passavam por baixo de uma pequena ponte, por volta das 18h. Ainda não foi divulgada a causa do acidente. FONTE: G1

domingo, 29 de maio de 2011

Último fabricante de máquinas de escrever fecha as portas na Índia

A Godrej and Boyce, companhia que ainda produzia máquinas de escrever, interrompeu a produção da fábrica em Mumbai, na Índia, segundo informações do site Mashable na última terça-feira (26).

O Mashable creditou a empresa como a última a fabricar máquinas de escrever no mundo --mas, posteriormente, o site Gawker afirmou que ainda existem manufatureiras que as produzem na China, no Japão e na Indonésia.

"Não estamos tendo muitos pedidos agora", disse o diretor geral da companhia, Milind Dukle, ao jornal indiano "Business Standard".

O protótipo da máquina de escrever surgiu em 1714. No entanto, a produção em escala industrial veio apenas em 1868, quando Christopher Latham Sholes, um gráfico de Milwaukee, Wisconsin, patenteou o dispositivo.

Seu pico de produção foi em 1950, quando Smith-Corona vendeu 12 milhões de unidades no último trimestre de 1953. Mas, graças à invasão do computador pessoal, apenas cerca de 400 mil máquinas de escrever foram vendidas por ano até 2009.

Embora a maior parte do mundo tenha abandonado o uso de máquinas de escrever, a Índia mostrou-se a um dos últimos bastiões de utilização da tecnologia até recentemente. Outro nicho de mercado para máquinas de escrever é mais fantástico: apesar da sua falta de funcionalidade, elas estão sendo fetichizadas, curiosamente, por jovens descolados que são atraídos pela nostalgia e imagem romântica ligado à tecnologia, agora ultrapassada. FONTE: G1

'A gente vira criança', diz, aos 100 anos, idosa que voltou à escola

Às 5h da manhã deste domingo (29) a mineira Isolina Mendes Campos levantou, em Londrina, no Norte do Paraná. Acorda bem cedo todos os dias, mas hoje estava rouca, resfriada. A semana passada foi agitada para ela, muitas homenagens. Não é todo dia 25 de maio que se tem uma festa de aniversário de cem anos para mais de 300 pessoas. Quando o G1 perguntou se podia entrevistá-la, respondeu: “O senhor veio na minha festa?”. Mas o assunto era outro: a volta dela para a escola.

“Quando a gente nasce, a idade começa a contar para frente. Mas tem uma hora que começa a contar para trás e a gente vira criança de novo”. Fala da recente volta para a escola. Há cerca de dois meses Isolina frequenta aulas noturnas de uma turma de educação para adultos. Os colegas têm mais de 45 anos.

Ela diz que fez muito amigos e colegas e que, quando falta, eles mandam chamar. Sobre a professora, diz “gosto demais. No dia da festa ela apareceu. Estava tão alegre que só vendo”.

Se o assunto é o gosto tem pelas matérias, “não conheço letra nenhuma, não conheço nada”. E termina: “O senhor não repare eu não poder conversar direito, por causa da voz rouca”.

Família - Isolina mora com o filho e a nora em uma casa do Conjunto Mariano. Tem costume de limpeza e, sem suportar louça na pia, ainda é pega fazendo tarefas domésticas. "Se deixar, ela lava roupa", entrega a família.

Três vezes por semana ela se arruma para ir à igreja. FONTE: G1

Dedé Santana é internado no Rio após hemorragia no estômago, diz hospital

O humorista Dedé Santana, de 75 anos, está internado no Hospital Barra D'Or, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. De acordo com as informações divulgadas pelo hospital, o comediante permanece neste domingo (29) no Centro de Tratamento Intensiva (CTI), mas o estado de saúde dele é considerado estável pelos médicos.

Ainda de acordo com o hospital, Dedé Santana deu entrada na unidade na sexta-feira (27), após passar mal e sofrer um princípio de desmaio. Os exames constataram que o humorista estava com hemorragia estomacal. Segundo os médicos, o problema teria sido causado por uma doença diverticular.

No sábado (28), Dedé foi submetido a uma colonoscopia, procedimento usado para ver como está o funcionamento do cólon e do reto. A assessoria de imprensa do Barra D'Or informou que apesar de o sangramento ter sido interrompido, Dedé adquiriu uma anemia devido à intensa perda de sangue.

Por precaução, os médicos optaram pela internação do humorista no CTI. No entanto, ele respira espontaneamente, sem ajuda de aparelhos. O hospital informou ainda que Dedé Santana recebeu neste domingo a visita de parentes e amigos. Ainda não há previsão de alta para o humorista. FONTE: G1

sábado, 28 de maio de 2011

Mãe canadense defende decisão de manter sexo de caçula em segredo

Em artigo publicado neste sábado, uma canadense defendeu a decisão tomada por ela e por seu marido de manter em segredo o sexo de seu filho mais novo, para dar à criança a oportunidade de desenvolver a sua identidade sexual por conta própria.

A decisão tomada por Kathy Witterick, 38 anos, e David Stocker, 39, de não revelar o gênero de seu bebê Storm, de quatro meses de idade, gerou uma avalanche de reações --positivas e negativas --após reportagem do jornal Toronto Star, publicada nesta semana.

Moradores de Toronto, Kathy e David têm outros dois filhos - Jazz, de cinco anos, e Kio, de dois. Os meninos são encorajados a escolher as suas próprias roupas e cortes de cabelo, mesmo que isto signifique optar por usar peças femininas.

Jazz, por exemplo, usa um cabelo comprido com tranças. Ao Toronto Star, David admitiu que os garotos são "quase exclusivamente tomados por meninas".

O sexo de Storm é mantido em segredo até mesmo dos avós das crianças. Apenas os dois pais e os dois irmãos conhecem o gênero da criança, além de um amigo próximo da família e das duas parteiras que ajudaram Kathy a dar à luz.

Segundo o Toronto Star, os avós ficaram preocupados com a decisão dos pais de Storm, mas acabaram sendo compreensivos.

PERGUNTA DO FILHO - No artigo publicado pelo jornal Ottawa Citizen, Kathy justifica a decisão tomada por ela e por David, além de criticar o "frenesi da mídia" criado em torno da maneira como decidiu criar seus filhos.

Segundo a mãe, que já trabalhou com casos de abuso e violência contra crianças e se descreve como "tímida e idealista", a ideia de não revelar o sexo de Storm surgiu em uma pergunta feita por Jazz, o filho mais velho.

"Quando Storm estava perto de nascer, Jazz (...) questionou se as pessoas reagiriam diferentemente se elas não soubessem o sexo do bebê. Que presentes elas trariam? Se Storm fosse um menino, seria permitido a ele usar vestidos? Vestir rosa?", diz.

"Existem estes momentos enquanto pai em que você espera que o seu filho possa trazer uma questão diferente à mesa", afirma Kathy.

"Se você realmente diz a verdade sobre ser amável, honrar diferenças, ter uma mente aberta e colocar limites de maneira cuidadosa, ajudando as crianças a desenvolver competências e ser seguras, então é melhor você unir o discurso à prática", diz a canadense no artigo.

"Nós concordamos em manter o sexo do nosso novo bebê na privacidade."

Kathy afirma que a ideia de manter o sexo do bebê em segredo é uma tentativa de "autenticamente tentar conhecer a pessoa, ouvindo a ela com atenção e reagindo a pistas significativas dadas por ela própria".

A mãe acredita que é importante "desafiar ortodoxias" e fazer as pessoas se questionarem se "elas verdadeiramente acreditam que (manter) o status quo é o melhor que podem fazer".

"Será que essas normas vão criar crianças sadias, felizes, amáveis e bem-ajustadas?", ela questiona.

"GÊNERO LIVRE" - Kathy afirma que, assim como ela, nenhum dos seus outros dois filhos tem o "gênero livre ou é sem gênero".

Segundo a mãe, "Jazz tem uma forte percepção de que é um menino, e ele entende que as suas escolhas de vestir rosa e de ter cabelo comprido não são sempre aceitáveis na sua comunidade".

A canadense diz que Jazz escolhe fazer isto livremente, "porque ele também foi ensinado a respeitar a diferença, a amar a si mesmo e a navegar pelo mundo de uma maneira que é sincera consigo mesmo."
"FRENESI DA MÍDIA" - Em seu artigo, Kathy critica a atenção dada pela imprensa à sua família.

"Para proteger os nossos filhos do frenesi da mídia que nós não previmos, nós rejeitamos mais de cem pedidos de entrevistas de todas as partes do mundo, incluindo ofertas para viajar a Nova York com todas as despesas pagas e para aparecer em quase todos os programas matutinos americanos", afirma.

"Nós temos aprendizados a receber, parques para visitar e borboletas para tomar conta".

Sobre o interesse e a curiosidade das pessoas, ela diz: "A ideia de que o mundo inteiro precisa conhecer o sexo do nosso bebê me atinge como algo doentio, inseguro e voyeurístico."

"Um dia, Storm vai ter algo a dizer sobre isto, então, enquanto isso, eu estou somente ouvindo atentamente", conclui. FONTE: BBC BRASIL

Zona Franca produzirá tablets a partir de junho

Três empresas receberam autorização da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus) na última sexta-feira (21) para produzir tablets no Brasil.

Os projetos, que somam US$ 51,2 milhões em investimentos, são das brasileiras Digibrás (do grupo CCE) e CBTD --que controla a marca Gradiente-- e da panamenha Greenworld.

As empresas produzirão, a partir do próximo mês, tablets de tecnologia chinesa e taiwanesa, segundo a Suframa. A linha de produção de cada companhia deve gerar entre 110 e 130 empregos na Zona Franca de Manaus.

Os benefícios fiscais que serão concedidos às companhias são os mesmos previstos para fabricantes de computadores com tela "touch screen" que pesam menos de um quilo, no qual se enquadram também os "palmtops".

O governo federal ainda trabalha num projeto que dará isenções específicas e mais vantajosas para a produção de tablets. A isenção do PIS e Cofins é um dos pedidos da gigante taiwanesa Foxconn, que começa a montar o iPad --tablet da Apple-- a partir de julho, em Jundiaí (SP).

A Greenworld diz que produzirá 5.000 tablets no primeiro mês. O equipamento, de tecnologia chinesa, chegará ao mercado nacional custando R$ 699, segundo o consultor Washington Encarnação, responsável pelo aprovação do projeto da empresa na Suframa.

A marca do produto não foi divulgada. Segundo Encarnação, a Greenworld escolheu Manaus pelas vantagens nas isenções do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e do ICMS, que foi zerado pelo governo do Estado para a comercialização de tablets. FONTE: FOLHA.COM

Passageiro do voo 447 pode não ter percebido queda

Segundo especialistas, os 216 passageiros do Airbus A330 da Air France possivelmente não sabiam que a aeronave estava prestes a cair no oceano Atlântico. A tragédia ocorreu durante o trajeto Rio-Paris, em 2009, e causou a morte de todos os ocupantes.

A reportagem conversou com pilotos, um especialista em medicina aeroespacial, um engenheiro que atua com certificação de aeronaves e com Jean-Paul Troadec, diretor do BEA, o órgão francês responsável pela apuração do acidente.

Eles relacionam fatores que indicam que os passageiros podem ter sofrido um fenômeno chamado de "desorientação espacial". Quando isso ocorre, a pessoa não sabe para qual direção está indo. Assim, os passageiros podiam ter a sensação de que o Airbus estava subindo, quando na verdade caía.

A informação é de reportagem de André Monteiro, Evandro Spinelli e Ricardo Gallo, publicada na Folha deste sábado (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).

DADOS - Quase dois anos após a queda do avião que fazia o voo 447, entre o dia 31 de maio e 1º de junho de 2009, o BEA divulgou os primeiros dados registrados nas caixas-pretas.

O relatório aponta que o avião caiu por 3 minutos e 22 segundos antes de tocar a superfície do oceano a uma velocidade de cerca de 200 km/h.

O BEA indicou também que os pilotos viram duas velocidades diferentes nos controles durante menos de um minuto, e que uma delas indicava uma queda acentuada de potência do motor.

Segundo o BEA, o relatório descreve 'de maneira factual a sequência dos acontecimentos que levaram ao acidente'. As primeiras análises definitivas serão apresentadas somente no fim de julho. 'Só depois de um trabalho longo e minucioso de investigação é que as causas do acidente serão determinadas e as recomendações de segurança serão emitidas, o que é a principal missão do BEA', informou o órgão.

REPORTAGENS - O anúncio do BEA ocorre após pressão feita pela imprensa internacional na última semana, quando foram publicadas reportagens com especulações sobre as causas do acidente.

Após o resgate das caixas-pretas e a confirmação de que os dados do voo poderiam ser lidos, os investigadores franceses haviam informado que a análise do material duraria meses.

O jornal francês "Le Figaro" informou que a análise preliminar das caixas-pretas do Airbus apontava para um erro dos pilotos como motivo do acidente. O BEA desmentiu as informações, mas resolveu antecipar a divulgação dos primeiros dados recuperados.

No domingo (22), a revista alemã "Der Spiegel" noticiou que o avião sofreu uma parada súbita provocada por gelo acumulado nas sondas de velocidade Pitot e que o comandante do voo, Marc Dubois, não estava na cabine na hora do acidente. O sindicato de pilotos da Air France rechaçou as reportagens. FONTE: FOLHA.COM

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Foto mostra inseto comendo filhote de tartaruga no Japão

Um pesquisador fotografou no Japão uma barata d'água no momento em que ela come um filhote de tartaruga, no que é considerada uma inversão pouco comum de papéis predatórios.

Grandes insetos da subfamília Lethocerinae são conhecidos por caçar pequenos vertebrados, incluindo peixes e sapos. Mas uma espécie particular já era conhecida por comer filhotes de cobras --e, agora, ficou comprovado que se alimenta até de tartarugas.

O pesquisador Shin-ya Ohba registrou o comportamento pouco comum durante uma coleta de amostras realizada à noite na província de Hyogo, no centro-sul do arquipélago japonês.

Em um texto publicado na revista científica "Entomological Science", Ohba descreve a sua observação de um Kirkaldyia deyrolli comendo o filhote de tartaruga em um fosso próximo a uma plantação de arroz.

Usando as patas dianteiras, a barata d'água agarrou a tartaruga, enfiando seu "bico" semelhante a uma seringa no pescoço da vítima para poder se alimentar.

Anteriormente, Ohba já havia fotografado estes insetos comendo cobras.

"Todo mundo pensa que os insetos da subfamília Lethocerinae vivem de peixes e sapos. Embora comer tartarugas e cobras seja raro em condições naturais, [esta evidência] surpreende os naturalistas [por mostrar] hábitos alimentares vorazes", diz.
ESPÉCIE AMEAÇADA - Os Kirkaldyia deyrolli são nativos do Japão, onde são encontrados em plantações de arroz e se alimentam principalmente de pequenos peixes e sapos.

A espécie é considerada ameaçada pela Agência Ambiental Japonesa depois de reduções significativas em sua população nos últimos 40 anos, supostamente devido à perda de habitat e à poluição da água.

As baratas d'água são os maiores exemplares dos insetos da ordem Hemiptera.

Os integrantes da subfamília Lethocerinae são encontrados em lagoas de água fresca, lagos e córregos de baixa velocidade, além de rios nas Américas do Norte e do Sul e no leste da Ásia.

Algumas espécies do gênero Lethocerus podem atingir até 15 centímetros de comprimento, têm hábitos noturnos e sabem voar, aproveitando a luz da lua cheia para migrar. Ocasionalmente, estes insetos picam seres humanos. FONTE: BBC BRASIL

'Não estou entendendo mais nada', disse piloto do AF447

Um dos três pilotos do voo AF 447 da Air France, que caiu no Atlântico em 2009, disse 'não estou entendendo mais nada' durante a perda do controle do Airbus, declarou à BBC Brasil Jean-Paul Troadec, diretor do Escritório de Investigações e Análises (BEA, na sigla em francês).

A frase foi ouvida durante a transcrição da caixa-preta que grava as conversas dos pilotos e qualquer som emitido na cabine, como os alarmes.

Segundo Troadec, as investigações vão se concentrar agora nas diferentes ações dos pilotos diante do problema da perda das indicações de velocidade do avião, causada pelo congelamento dos sensores, os chamados tubos Pitot.

O BEA afirma acreditar que os sensores de velocidade, que ficam na parte externa do avião, tenham ficado entupidos por cristais de gelo formados em alta altitude.

'Vamos investigar qual foi o treinamento individual dos pilotos e quais procedimentos de emergência relativos a problemas nos sensores de velocidades foram aplicados', afirma Troadec.

Em nota divulgada nessa sexta-feira, o BEA informa que o Airbus da Air France despencou em alta velocidade, caindo de uma altitude de 11 quilômetros em apenas três minutos e meio. A velocidade de queda foi de 200 quilômetros por hora, segundo Troadec.

O diretor ressalta, na entrevista à BBC Brasil, que as causas do acidente ainda não são conhecidas.

Boatos - O BEA não aponta até o momento que houve falhas dos pilotos, como sugerem vários rumores publicados pela imprensa internacional nos últimos dias.

'Sabemos que as falhas nos sensores de velocidade são o primeiro elemento de uma série de eventos que conduziram ao acidente. Se não tivesse ocorrido esse problema, não estaríamos na situação atual', disse Troadec.

Os investigadores vão tentar descobrir porque a tripulação da Air France não conseguiu recuperar o controle do avião. 'Em incidentes similares, os pilotos haviam conseguido resolver a situação em um lapso curto de tempo', diz Troadec.

Segundo a nota divulgada nessa sexta, após entrar em uma zona de turbulência, os pilotos foram confrontados a duas velocidades diferentes durante pouco menos de um minuto, uma delas indicando uma perda brutal da velocidade do avião.

Mas o diretor do BEA afirma que as informações sobre a velocidade voltaram a ser indicadas um minuto após a perda desses dados nos computadores de bordo.

'Não sabemos ainda porque o controle do avião não pôde ser retomado', afirma. O nível de turbulência no momento, segundo ele, não era elevado.

Em um relatório realizado por especialistas a pedido da Justiça francesa, divulgado pelo jornal Libération nesta sexta-feira, os especialistas apontam que a tripulação da Air France não estaria bem preparada para enfrentar o problema de congelamento dos sensores de velocidade em alta altitude, por falta de formação e de treino.

Isso, segundo o jornal, poderia ser uma 'circunstância atenuante' para os pilotos.

Foi com base no relatório desses especialistas, de março passado, que a Justiça francesa indiciou a Airbus e a Air France por homicídio culposo.

Troadec afirma que um relatório preliminar sobre as causas do acidente será divulgado no final de julho. FONTE: BBC BRASIL

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Brasil sobe nove posições e ultrapassa EUA em ranking global da paz

O Brasil é o 74º país mais pacífico do mundo, de acordo com o Índice Global de Paz (GPI, sigla em inglês) de 2011. O país subiu nove posições em relação a 2010 e superou os Estados Unidos.

O estudo foi divulgado pelo Instituto pela Economia e pela Paz, um centro de pesquisas internacional sobre as relações entre desenvolvimento econômico e paz no mundo.

O índice, que está em sua quinta edição, classifica os países de acordo com sua pontuação em uma escala de um a cinco. O número 1 representa mais proximidade do estado de paz e o número 5, mais distanciamento.

Para avaliar a ausência de violência nos países, uma equipe de acadêmicos, empresários, filantropos e membros de organizações pela paz analisa indicadores como relações com os países vizinhos, instabilidade política, número de homicídios para cada 100 mil pessoas, número de população encarcerada, gastos com a militarização e facilidade de acesso a armas.

A Islândia ocupa o primeiro lugar no ranking de 2011, seguida por Nova Zelândia, Japão, Dinamarca e República Tcheca.

Já a Somália foi considerada o país menos pacífico, substituído o Iraque, que foi para o penúltimo lugar. Acima deles estão Sudão, Afeganistão e Coreia do Norte.

MENOS PACÍFICO - Em 2011, o Brasil subiu da 83ª para a 74ª posição e ultrapassou os Estados Unidos, que está em 82º lugar, devido principalmente ao envolvimento em conflitos internacionais, à exportação de armas e aos gastos com a militarização do país.

Na América do Sul, o Brasil é o nono país mais pacífico, atrás do Uruguai, que ocupa o primeiro lugar, e de países como Costa Rica, Panamá, Chile e Cuba. Em 2010, o Brasil ocupava a décima posição, atrás da Bolívia.

No entanto, a pesquisa mostra que o Brasil apresenta níveis de crimes violentos, desrespeito aos direitos humanos, número de população encarcerada e número de homicídios por 100 mil pessoas iguais ou maiores do que os níveis da Colômbia e do México, respectivamente o primeiro e o quarto país menos pacíficos do continente.

O Instituto pela Economia e pela Paz, que organiza a avaliação, diz que o mundo está menos pacífico pelo terceiro ano consecutivo.

Em 2011, a pontuação geral média dos países ficou em 2,05 (em uma escala de 1 a 5, em que 5 representa mais violência). Em 2010, o índice global era de 2,02 e em 2009, de 1,96.

"A deterioração no índice entre 2009 e 2010 parece ter sido reflexo dos conflitos que eclodiram em diversos países, estimulados pelo rápido aumento nos preços de alimentos e combustível em 2008 e pela crise econômica", diz a pesquisa.

Outro fator, de acordo com a instituição, teria sido o aumento do risco de ataques terroristas em 29 países.

No entanto, a pesquisa também atribui a melhora no índice de paz de alguns países a uma diminuição nos gastos com a defesa nacional, forçada pela crise econômica que afetou o mundo em 2008.

ORIENTE MÉDIO - Os levantes populares e conflitos nos países do Oriente Médio contribuíram para deteriorar os índices de paz de alguns países da região, como Bahrein, Egito e Tunísia, de acordo com a pesquisa.

A Líbia, palco de enfrentamentos entre rebeldes e forças favoráveis ao líder Muammar Gaddafi desde fevereiro, caiu 83 posições e está entre os países 20 menos pacíficos do mundo.

O Qatar, que está 12ª posição no ranking global, é o país mais bem colocado da região.

De acordo com a pesquisa, a violência custou mais de US$ 8 trilhões (R$ 130 trilhões) à economia mundial em 2011.

Além disso, o GPI também identificou um aumento da possibilidade de manifestações violentas em 33 países do mundo.

O índice, que engloba 153 países e 99% da população mundial, foi o primeiro criado para classificar as nações do mundo de acordo com seus níveis de paz.

Para fazer a classificação dos países, a equipe de avaliação utiliza dados do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, do Banco Mundial, de agências da ONU (Organização das Nações Unidas), de institutos de paz e do centro de pesquisas econômicas da revista britânica "The Economist". FONTE: BBC BRASIL

Azarado cai sentado na mangueira e infla feito balão

Você provavelmente já ficou cheio. Cheio de tanto comer, cheio de tanto trabalhar, cheio dessa vida... Até cheio de gases. Mas nunca ficou cheio como Steven McCormack, um cara de 48 anos da Nova Zelândia, que sentiu na pele o que é se encher.

Steven, que é motorista de caminhão, sofreu um acidente bizarro: ele se desequilibrou e caiu sentado em uma mangueira de ar comprimido. Ela perfurou seu traseiro esquerdo, enchendo-o de ar, como um balão.

Ao jornal britânico The Daily Mail, ele contou como se sentiu ao sofrer o acidente.

- Eu estava enchendo igual uma bola de futebol. Senti que eu ia explodir, dos pés para cima. Eu não tive escolha, a não ser ficar deitado lá, inflando como uma bexiga.

Ele só sobreviveu graças a seus colegas de trabalho, que ouviram seus gritos e agiram rapidamente.

Robbie Pertersen, o primeiro a chegar ao local, ouviu os "gases" passando dentro de Steven e virou uma válvula de segurança para interromper o fluxo de ar. Depois, Jason Wenham, outro colega, colocou o acidentado em uma posição aconselhada para primeiros socorros.

O caminhoneiro saiu com a cabeça e o pescoço inchados, um dos pulmões cheio de fluidos e o traseiro (obviamente) machucado, mas já está fora de perigo.

- Eles me disseram que eu tenho sorte de estar vivo, depois de encher igual um balão.

Para a felicidade de todos, ele não precisou eliminar os gases da maneira natural... FONTE: ASSOCIATED PRESS

Carro da rainha deixa casal Obama de queixo caído

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e a primeira-dama, Michelle, ficaram espantados com o carro da rainha Elizabeth 2ª e o Príncipe Phillip. O casal real foi ao encontro dos americanos na embaixada dos EUA.
A Rainha Elizabeth 2ª chega com sua limousine Bentley State para um jantar com Barack Obama na casa do embaixador dos Estados Unidos, em Londres. FONTE: REUTERS

Aborto seletivo pode explicar déficit de 8 milhões de meninas na Índia

A indiana Kulwant (aqui chamada por um nome fictício, por razões legais) tem três filhas com idades de 24, 23 e 20 anos e um filho com 16 anos.

No período entre os nascimentos da terceira menina e do menino, Kulwant engravidou três vezes, mas foi forçada pela família a abortar os bebês após exames de ultrassom terem confirmado que eram do sexo feminino.

O caso ilustra um problema cada vez mais sério na Índia: o censo de 2011 no país revelou um forte declínio no número de meninas com menos de sete anos.

Militantes que fazem campanha para que a prática de abortar meninas seja abandonada temem que oito milhões de fetos do sexo feminino tenham sido abortados na última década. Para alguns, o que acontece hoje na Índia é infanticídio.

Emocionada, Kulwant disse que a sogra a "insultava por eu ter tido apenas meninas. Ela disse que seu filho ia se divorciar de mim se eu não tivesse um menino".

Ela contou que tem vívidas lembranças do primeiro aborto.

- O bebê já tinha quase cinco meses. Ela era linda. Eu tenho saudades dela e das outras que matamos.

Indesejadas - Até o nascimento do filho, todos os dias, Kulwant levava surras e ouvia xingamentos do marido, sogra e cunhado. Uma vez, segundo ela, o grupo tentou colocar fogo nela.

- Eles estavam com raiva. Não queriam meninas na família, queriam meninos para que pudessem receber bons dotes.

A prática de pagar dotes foi declarada ilegal na Índia em 1961, mas o problema persiste e o valor do dote sobe constantemente, afetando ricos e pobres.

O marido de Kulwant morreu três anos após o nascimento do filho.

- Foi praga por causa das meninas que matamos. Por isso ele morreu tão jovem.

A vizinha de Kulwant, Rekha (nome fictício), tem uma menina de três anos de idade. Em setembro do ano passado, quando ficou grávida novamente, foi forçada pela sogra a abortar dois gêmeos após um exame de ultrassom revelar que eram meninas.

- Eu disse que não há diferença entre meninas e meninos, mas aqui eles pensam de outra forma. Não há felicidade quando nasce uma menina. Eles dizem que o menino vai carregar a linhagem adiante, mas meninas se casam e vão para uma outra família.

Kulwant e Rekha vivem em Sagarpur, uma região de classe média-baixa no sudeste de Nova Déli.

Bebê Milagre - Longe dali, na cidadezinha de Bihvarpur, no Estado de Bihar, a bebê Anuskha - a mais jovem de quatro meninas - sobreviveu por pouco.

Quando sua mãe, Sunita Devi, ficou grávida em 2009, foi a uma clínica para fazer um exame de ultrassom.

- Perguntei ao médico se era menina ou menino. Eu disse a ela que era pobre e que tinha três meninas, e não podia tomar conta de mais uma.

A médica disse que o bebê era do sexo feminino.

- Pedi um aborto. Ela disse que ia custar US$ 110.

Sunita não tinha o dinheiro e não fez o aborto. Hoje, Anushka tem nove meses de idade. A mãe diz que não sabe como vai alimentar e educar as filhas, ou pagar por seus dotes.

A história dessas mulheres se repete em milhões de lares em toda a Índia, afetando ricos e pobres. Porém, quanto maior o poder econômico da família, menores são as chances de que "milagres" como o de Anushka se repitam.

Números - Embora o número total de mulheres tenha aumentado no país - devido a fatores como um aumento na expectativa de vida - a proporção entre o número de meninas e o de meninos no país é a segunda pior do mundo, só ficando atrás da China.

Em 1961, para cada mil meninos com menos de sete anos de idade, havia na Índia 976 meninas. Hoje, o índice nacional caiu para 914 meninas. Os números são piores em algumas localidades.

Em um distrito na região sudoeste de Nova Déli, o índice é de 836 meninas com menos de sete anos para cada mil meninos. A média em toda a capital não é muito melhor, 866 meninas para cada mil meninos.

Os dois Estados com os piores índices, Punjab e Haryana, são vizinhos da capital. Nesses locais, no entanto, houve alguma melhora em comparação com censo anterior.

O censo recente revelou pioras nos índices de 17 Estados, com as piores quedas registradas em Jammu e Kashmir.

'Vergonha Nacional' - Especialistas atribuem o problema a uma série de fatores, entre eles, infanticídio, abuso e negligência de crianças do sexo feminino.

O governo indiano foi forçado a admitir que sua estratégia para combater o problema falhou, disse o ministro da Fazenda do país, G.K. Pillai, após a publicação do relatório do censo.

- Quaisquer que tenham sido as medidas adotadas nos últimos 40 anos, elas não tiveram nenhum impacto sobre os números.

O primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, qualificou o aborto de fetos do sexo feminino e o infanticídio como uma "vergonha nacional" e pediu que haja uma cruzada para salvar bebês meninas.

O mais conhecido ativista indiano a fazer campanhas sobre o assunto, Sabu George, disse, no entanto, que até o momento o governo não se empenhou verdadeiramente em parar com a prática.

Para George e outros militantes, o declínio no número de meninas se deve, principalmente, à disponibilidade cada vez maior, na Índia, de exames pré-natais para a determinação do sexo do bebê.

Controle da Natalidade - George explicou que, até 30 anos atrás, os índices eram "razoáveis". Porém, em 1974, o prestigioso All India Institute of Medical Sciences publicou um estudo que dizia que testes para a determinação do sexo do bebê eram uma benção para as mulheres indianas.

Para o instituto, as mulheres não precisavam mais ter vários bebês para atingir o número certo de filhos homens. A entidade encorajou a determinação e eliminação de fetos do sexo feminino como um instrumento efetivo de controle populacional.

- No final da década de 80, todos os jornais de Nova Déli estavam anunciando ultrassons para a determinação de sexo. Clínicas do Punjab se gabavam de que tinham dez anos de experiência em eliminar meninas e convidavam os pais a visitá-las.

Em 1994, o o Ato Teste de Determinação Pré-Natal tornou abortos para a seleção do sexo ilegais. Em 2004, a lei recebeu uma emenda proibindo a seleção do sexo do bebê mesmo no estágio anterior à concepção.

O aborto de forma geral é permitido até as primeiras 12 semanas de gravidez. O sexo do feto só pode ser determinado por ultrassom após cerca de 14 semanas.

"O que é necessário é uma implementação mais severa da lei", disse Varsha Joshi, diretora de operações do censo em Nova Déli.

Existem hoje na Índia 40 mil clínicas de ultrassom registradas e muitas mais sem registro. Segundo Joshi, a maioria das famílias envolvidas na prática pertence à classe média indiana, hoje em expansão, e à elite econômica do país. Para ela, esses grupos sabem que a tecnologia existe e tem condições de pagar pelo teste e subsequente aborto.

"Temos de adotar medidas efetivas para controlar a promoção da determinação do sexo pela comunidade médica. E abrir processos contra médicos que fazem isso", disse o ativista Sabu George.

- Caso contrário, temos medo de pensar em como será a situação em 2021.

Modelo a Ser Seguido? - Alguns Estados indianos, no entanto, vêm criando iniciativas que podem, talvez, servir de modelo para os demais.

É o caso do Estado de Bihar, onde famílias de baixa renda estão participando do Esquema de Proteção da Menina.

Como parte do programa, o Estado investe duas mil rúpias (cerca de R$ 70) em um fundo aberto no nome da criança. O dinheiro cresce ao longo da vida da menina. Quando ela completa 18 anos, segundo as autoridades, o fundo vale dez vezes mais e pode ser usado para pagar pelo casamento ou pela educação universitária da menina.

O programa está disponível apenas para os que vivem abaixo da linha da pobreza e cada família pode registrar apenas duas filhas.

A iniciativa, anunciada em novembro de 2007, é parte de um plano do governo para tornar bebês meninas desejadas e, ao mesmo tempo, tornar atraente a ideia de uma família pequena.

Infelizmente, o programa não pode ajudar Anushka, o "bebê milagre". Sua mãe é analfabeta e ela não tem certidão de nascimento, então não pode participar do esquema. FONTE: BBC BRASIL