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quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Cientistas testam pílula de prevenção à Aids

Cientistas de diferentes partes do mundo estão testando uma terapia preventiva para diminuir o risco de contaminação pelo vírus HIV, causador da Aids, mesmo quando os pacientes têm relações sexuais sem o uso de preservativos, diz um artigo publicado pela revista New Scientist desta semana.

Segundo a revista, o tratamento preventivo, chamado profilaxia pré-exposição (ou PrEP, na sigla em inglês), prevê que os pacientes tomem apenas uma pílula.


O tratamento ainda não teve sua eficácia comprovada por testes clínicos e é receitado por poucos médicos para um número muito pequeno de pessoas.


A New Scientist afirma que "é provável que o medicamento tenha um efeito modesto - talvez reduzindo o risco (de contaminação) para cerca de dois terços".

De acordo com o artigo, os remédios usados na terapia preventiva são o Tenofovir e o Truvada - que contém o mesmo princípio ativo da primeira droga, o tenofovir, e também um outro medicamento chamado emtricitabina.

Esses medicamentos já são usados como tratamento para o HIV, em um tipo de terapia anti-retroviral. Conforme a New Scientist, isso faz com que já exista muita informação a respeito da segurança no uso desses remédios.

A revista diz que esses medicamentos podem estar prontos para o uso em prevenção bem antes do que qualquer vacina contra a Aids.

A terapia preventiva está passando por vários testes, e os primeiros resultados devem ser divulgados já em 2009, diz a New Scientist.

Segundo o artigo, pesquisas com animais sugerem que as duas drogas bloqueiam a infecção pelo HIV, sendo que o Truvada seria um pouco mais eficaz.

O grau de proteção oferecido pelos dois medicamentos depende de alguns fatores, como a dose administrada, mas em alguns casos, diz a revista, o Truvada bloqueou completamente a transmissão da doença.


A revista afirma, porém, que a terapia PrEP também atraiu críticas. A principal preocupação de especialistas é que a PrEP leve as pessoas a um falso senso de segurança, encorajando o sexo sem a proteção de preservativos e, paradoxalmente, espalhando ainda mais o vírus.
(BBC Brasil)

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