“A tendência é que essa substituição aconteça porque há uma crescente preocupação com a desvalorização do dólar, conforme caminha a perda de hegemonia americana. O medo é que o governo americano desvalorize demais”, concorda Alcides Leite, professor de mercado financeiro da Trevisan Escola de Negócios.
Segundo ele, “essa crise está reforçando o fim da hegemonia total os EUA, e estamos caminhando cada vez mais para um mundo multilateral". "A moeda mais utilizada como moeda de troca global tende a seguir esse movimento de abertura. Talvez essa proposta já possa ser colocada em prática nos próximos anos."
A substituição do dólar por uma nova moeda que seria emitida pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) foi proposta na semana passada pelo presidente do Banco Central chinês, Zhu Xiaochuan, em texto publicado no site da instituição. "A crise econômica que abalou o mundo evidencia as vulnerabilidades inerentes e os riscos sistêmicos no sistema monetário internacional", declarou.
Segundo Otto Nogami, a proposta da China surgiu a partir do perigo de desvalorização do dólar – moeda que constitui a maior parte das reservas do país, de quase US$ 2 trilhões.
“A partir do momento em que você está atrelado em grande parte a uma única moeda, está sempre sujeito ao perigo de uma desvalorização. Se os EUA quebrarem, como fica a China? Totalmente vendida”, questiona. G1
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