Mesmo sem nenhum caso de gripe suína confirmado no país, os brasileiros já começaram a se preocupar com a doença. Tanto que os estoques de Tamiflu, o remédio recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para o tratamento da influenza, já estão esgotados até em grandes redes de farmácias. Mas sair correndo comprar os comprimidos na drogaria mais próxima não é a atitude recomendada pelos especialistas. Segundo afirmou infectologista Samuel Kierszenbaum em entrevista à Agência Brasil, "não adianta comprar ou estocar o remédio, a indicação cabe ao médico". "Confirmada a patologia, a pessoa será medicada", disse. O Tamiflu deveria ser vendido apenas com receita.A filial brasileira do grupo farmacêutico suíço Roche, responsável pela produção do medicamento, afirmou que a prioridade de distribuição do estoque é toda do Ministério da Saúde. Enquanto o alerta de pandemia se estender, o Tamiflu, que em cartelas de 10 comprimidos custa até R$ 160, não irá retornar às prateleiras das farmácias. A matriz da empresa tomou atitude semelhante ao dar prioridade para atender as necessidades da OMS. Em 2006, a Roche havia doado doses do medicamento para o combate da gripe aviária e três milhões continuam armazenadas nos EUA e na Suíça à disposição da OMS, que também tem outros dois milhões de doses espalhadas pelo mundo em estoques regionais.
No Brasil, o governo federal afirma ter sete mil doses em estoque. O Ministério da Saúde está distribuindo lotes iniciais do medicamento para os estados, mas membros do governo divergem sobre a quantidade: o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse em entrevista coletiva que 20 doses de tratamento seriam enviados para cada estado, e sem mencionar o nome do remédio, também afirmou que São Paulo e Rio de Janeiro já deveriam ter recebido 200 doses cada. Osmar Terra, presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), por outro lado, disse que cada estado irá receber de 70 a 100 cartelas de dez comprimidos de Tamiflu. ÉPOCA
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