Tiroteio entre seguranças de fazenda e sem-terra no Pará: disputas por terra são maior causa de assassinatos na região
A maior parte dos assassinatos causados por disputas pela terra, pela água e em casos de trabalho escravo ocorreu na Amazônia. Dados preliminares do estudo Conflitos no Campo, divulgado anualmente pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) indicam que 72% das mortes relacionadas a esses conflitos estão concentradas nessa região. Ao todo, foram registrados 28 assassinatos no país.
Na pesquisa, a CPT contabiliza como conflito os casos de ameaças de morte, tentativas e consumações de assassinatos, expulsões, despejos judiciais, ocupações e desrespeitos graves à legislação trabalhista. Segundo a organização, mais da metade desses problemas ocorre nas bordas da maior floresta tropical, onde a mata cede lugar a pastos e plantações.
De acordo com o advogado José Batista Afonso, que atua pela organização em Marabá, no sul do Pará, a principal causa da violência no campo é a rápida instalação de grandes projetos na região, como campos de mineração, fazendas de gado, usinas hidrelétricas e plantações de eucalipto, dendê e soja.
Na pesquisa, a CPT contabiliza como conflito os casos de ameaças de morte, tentativas e consumações de assassinatos, expulsões, despejos judiciais, ocupações e desrespeitos graves à legislação trabalhista. Segundo a organização, mais da metade desses problemas ocorre nas bordas da maior floresta tropical, onde a mata cede lugar a pastos e plantações.
De acordo com o advogado José Batista Afonso, que atua pela organização em Marabá, no sul do Pará, a principal causa da violência no campo é a rápida instalação de grandes projetos na região, como campos de mineração, fazendas de gado, usinas hidrelétricas e plantações de eucalipto, dendê e soja.
“Boa parte desses projetos são feitos sobre terras já ocupadas por ribeirinhos, colonos, pescadores e índios, que muitas vezes são expulsos de forma violenta”, conta Afonso.
A migração desordenada é outro problema trazido pelos grandes investimentos, segundo o advogado. “Há uma propaganda muito forte de que esses projetos vão gerar emprego, mas milhares de pessoas que chegam a cada ano não encontram trabalho. Aí as pessoas ingressam em um movimento de ocupação urbana ou vão para um movimento de ocupação rural”, explica.
Outro agravante da violência na fronteira amazônica é o trabalho escravo. Segundo o último cadastro de empregadores que utilizaram esse tipo de mão-de-obra divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), 66% dos flagrantes do crime ocorreram em estados pertencentes à Amazônia Legal, região que abrange Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão.
Outro agravante da violência na fronteira amazônica é o trabalho escravo. Segundo o último cadastro de empregadores que utilizaram esse tipo de mão-de-obra divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), 66% dos flagrantes do crime ocorreram em estados pertencentes à Amazônia Legal, região que abrange Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão.
Para Afonso, os conflitos no campo estão ligados aos problemas ambientais da Amazônia, pois ambos têm a mesma causa. “Precisaríamos de uma forma de desenvolvimento que apoie as atividades econômicas das pessoas que convivem com a floresta", afirma o advogado.
O estudo Conflitos no Campo será lançado oficialmente na próxima terça-feira (29), em Indaiatuba (SP). GLOBO AMAZÔNIA
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