Em entrevista ao jornal inglês The Times, o tenista britânico Andy Murray criticou duramente as novas regras anti-doping da World Anti-Doping Agency (Wada), estabelecidas durante a disputa do Australian Open, classificando-as como "draconianas", em alusão a Dracon, um legislador da antiga Grécia famoso por ser rigoroso e cruel.
De acordo com a nova lei, os atletas precisam avisar aonde estão, por, pelo menos uma hora do dia, durante o ano inteiro, para que os representantes da Wada possam chamá-los a qualquer momento, quando necessário. Caso percam três testes em 18 meses, os tenistas poderão ser suspensos por dois anos.
"Essas novas regras são tão draconianas que é impossível ter uma vida normal. Eu tive uma visita às 7 horas da manhã em minha casa, quando eu voltei da Australia. Eu acordei sem saber direito aonde eu estava, sofrendo de jet lag, e foi ridículo ser testado dias de minha derrota no Australian Open", reclamou o tenista, que completou.
"O oficial que veio em minha casa queria uma prova de que era eu mesmo. Ele insistiu para que eu escrevesse o meu endereço, mesmo que ele estivesse em minha casa às 7 horas da manhã", afirmou.
A polêmica tomou dimensões tão grandes, que até o técnico do Manchester United, Sir Alex Ferguson revelou que, para ele, as novas regras serão uma "dor-de-cabeça logística", enquanto que Rafael Nadal considerou uma "caçada intolerável". (Gazeta Press)
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