Após a derrota para o Resende na semifinal da Taça Guanabara, o clima no Flamengo é de terra arrasada. Além do fracasso dentro de campo, administrativamente, a crise é grave, com jogadores e funcionários sendo obrigados a conviver com atrasos salariais que superam os 60 dias.
As feridas ficaram expostas e os jogadores, cansados de promessas falsas da parte de dirigentes, estão revoltados com a situação. Resultado: revolta contra tudo e todos, até mesmo a comissão técnica. o lateral Juan e o meia Jônatas, por exemplo, questionaram abertamente os métodos do preparador físico Riva Carli, que pediu uma corrida de 40 minutos aos jogadores, que questionaram ter que fazer tal procedimento em meio ao Carnaval e apenas dois dias após a partida semifinal.
Em meio a tudo isso, está o técnico Cuca, que tenta agir como uma espécie de "bombeiro", mas não deixou de alfinetar os jogadores: "o momento é de trabalhar e não tem que questionar nada. Quando se está num momento adverso, você precisa trabalhar, trabalhar e trabalhar".
Contra o clima de guerra, o clube apela para a inteligência emocional. O psicólogo do clube, Paulo Ribeiro, entrará em ação e, como principal arma, usará o zagueiro e capitão Fábio Luciano: "Vou conversar como ele. Sempre trocamos uma ideia. O Fábio Luciano é um jogador importante, que está sempre falando em nome do grupo. Vou precisar da sua ajuda neste momento".
O fato é que o elenco está rachado e a derrota para o modesto Resende fez o clima piorar - e muito. Os jogadores jovens vêem o clima azedar. Os mais velhos não colaboram e a torcida, por sua vez, protesta e pressiona. Como a equipe só volta a campo no próximo dia 4 de março, contra Ivinhema, do Mato Grosso do Sul, pela primeira fase da Copa do Brasil, há tempo de sobra para tentar acertar a situação. Até lá, a promessa é de dias ainda mais quentes pelos lados da Gávea. JOVEM PAN ONLINE
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