O caso, classificado pela secretaria como agressão e maus tratos, aconteceu na segunda na Escola Municipal Padre João D'vries, na zona leste da cidade.
Um processo administrativo foi aberto pelo Núcleo de Serviço Social da secretaria para investigar a conduta da professora Júlia do Carmo Oliveira da Silva, 43, que é formada em economia e pertence ao quadro de servidores públicos há nove anos. A reportagem localizou a professora ontem. "Não tenho nada para falar", afirmou.
Em sua defesa à secretaria, disse que as crianças estavam fazendo bagunça em sala de aula e não respeitaram a ordem para parar. Ela afirmou ainda que usou a fita adesiva para calar as crianças como uma "brincadeira" e justificou o castigo como um "gesto impulsivo". A sala tem 35 alunos. "A fita adesiva foi uma brincadeira com eles. Não fiz de uma forma proposital. Foi um gesto impulsivo", disse à secretaria.
A reportagem localizou a mãe de uma das crianças, a doméstica Elane de Sousa Belém, 28. O aluno, que tem uma irmã de 11 meses, é beneficiado pelo Programa Bolsa Família. À mãe o filho contou que quando a professora puxou a fita adesiva de sua boca os pelos do buço foram puxados. "Meu filho está com medo da professora. Espero que isso não interfira na educação dele."
A chefe do Núcleo de Serviço Social da secretaria, Graça Cardoso, disse que as crianças terão acompanhamento psicológico e não deixarão de frequentar a escola. "Foi uma atitude agressiva porque as crianças sofreram maus tratos. Agora falta saber os motivos dela. Nesse primeiro momento, pode não ter sido uma atitude deliberada e, sim, motivada por fatores como estresse." FOLHA ONLINE
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