Soldados do Exército do Zimbábue estariam sendo alimentados com carne de elefantes, segundo organizações ambientalistas do país.
Jonny Rodrigues, membro da organização ambientalista Zimbabwe Conservation Task Force, afirmou à BBC que diversos soldados teriam denunciado que o único tipo de carne disponível em suas rações seria a proveniente de elefantes.
Segundo ele, o consumo de carne de elefante entre os soldados teria começado no último mês de junho, mas teria aumentado recentemente.
Rodrigues ainda afirma que o Exército teria cancelado os contratos com fornecedores de carne bovina para as rações dos soldados. "É mais fácil e mais barato usar a carne de elefante", afirma.
Procurado, o Ministério da Defesa do país ainda não comentou as denúncias. Um oficial de alto escalão do Exército zimbabuano, no entanto, afirmou ao site de notícias ZimOnline que "os soldados teriam começado a comer carne de elefante na semana passada".
O oficial ainda teria afirmado que a carne dos animais foi um "alívio", já que antes os soldados estariam sendo alimentados apenas com "sadza", um mingau feito com farinha de milho.
Crise
Estima-se que vivam no Zimbábue cerca de 100 mil elefantes. Este número seria superior à capacidade dos parques naturais do país, que só comportariam 45 mil indivíduos. Alguns elefantes estariam sendo sacrificados.
Estima-se que vivam no Zimbábue cerca de 100 mil elefantes. Este número seria superior à capacidade dos parques naturais do país, que só comportariam 45 mil indivíduos. Alguns elefantes estariam sendo sacrificados.
Com a economia do país sofrendo uma grave crise, no último mês de dezembro soldados fizeram protestos na capital Harare porque não estariam conseguindo sacar seus salários nos bancos.
Os salários da maioria dos funcionários públicos são muito baixos, o que faz com que muitos sobrevivam de negócios no mercado negro ou dependam do dinheiro enviado por parentes que moram no exterior.
O Exército tem um papel-chave na manutenção do presidente Robert Mugabe no poder. Ele governa o país há quase três décadas. (FOLHA Online)
0 comentários:
Postar um comentário