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domingo, 4 de janeiro de 2009

Saúde: No carro, enjoo vem de sentidos confusos

Férias é tempo de conhecer novos lugares, pegar estrada - e ficar enjoado. A estudante Matsya Mendes, 23, sabe muito bem o que é sofrer do "mal do movimento". "É só percorrer alguns quilômetros de carona num carro ou num ônibus para o estômago embrulhar", diz.

Suzana Herculano-Houzel, neurocientista da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), explica que o problema, diferentemente do que muitos acreditam, é bastante comum. E sua origem não é estomacal, e sim sensorial.

Isso acontece quando o cérebro julga estar recebendo informações espaciais contraditórias: enquanto os olhos enxergam um movimento, o labirinto, que é responsável pelo equilíbrio do corpo, percebe outro.

Ao volante, no entanto, é mais difícil ficar nauseado. A explicação é que o cérebro prevê as "reações" do veículo e entende de forma mais clara o sentido dos movimentos.
Segundo Fernando Ganança, professor de otoneurologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), o "mal do movimento" pode ter uma origem patológica.

"Existe tratamento, e ele é eficaz em pelo menos 90% dos casos. Consiste na reabilitação vestibular, baseada em exercícios para os olhos, a cabeça e o corpo, que estimulam o equilíbrio sensorial", explica.

Os enjoos, que também afetam passageiros de aviões e de navios, podem ter origem ligada a outro motivo: a hipersensibilidade corporal, mais fácil de ser administrada, diz Ganança.É a partir dos quatro anos de idade que o problema dos enjoos costuma aflorar.

O massoterapeuta Lucas Tosi, 25, lembra-se dos passeios que fazia com a família para o interior quando era criança. "Sempre passava mal. Até hoje, toda viagem para mim é um verdadeiro sacrifício."

Tosi, que diz sofrer mais em trajetos longos percorridos de ônibus, segue as recomendações de especialistas para minimizar o desconforto causado pelas náuseas, como sentar no banco da frente, tomar algum medicamento contra enjoo e preferir os alimentos leves.

Animais

A veterinária Mariana Lage Marques atenta que muitos animais também sentem os mesmos sintomas dos humanos, principalmente cães que não viajam com frequência.

"Eles devem ser medicados e transportados numa caixa apropriada", aconselha. (Folha Online)

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