
As pesquisas mostram uma ligeira vantagem do "sim" à proposta, mas com grande quantidade de indecisos, o que sugere que a mobilização de ambas as partes no dia da votação será decisiva.
Chávez governa a Venezuela há uma década, e muitos acham difícil imaginar o futuro sem o "comandante", enquanto outros não veem a hora de se livrar da onipresente figura presidencial, que monopoliza não só a agenda política, mas também boa parte das conversas cotidianas da população.
Com ajuda da máquina pública, Chávez realiza uma intensa campanha publicitária e lidera carreatas no país inteiro para transmitir a ideia de que, se ele for derrotado, a Venezuela mergulharia numa guerra e a oposição reverteria os avanços sociais do seu governo.
"Se eles retornarem ao poder seria terrível, que se esqueça o povo de tudo o que conseguiu com a revolução", advertiu Chávez recentemente.
Após cinco anos de bonança econômica, sua popularidade continua elevada, especialmente entre os mais pobres, principais beneficiários dos milionários programas sociais voltados para saúde, educação e subsídios alimentares, subvencionados pelos rendimentos do petróleo.
Mas a criminalidade, a inflação e o estilo político controverso de Chávez geram rejeição de metade do país, que considera o governo um ninho de corrupção e ineficiência.
Duro crítico dos EUA e de seu "perverso capitalismo", Chávez foi o primeiro de uma onda de líderes esquerdistas latino-americanos eleitos nos últimos anos. Sua oposição aos EUA o levou a estabelecer sólidas alianças com outras nações hostis à Casa Branca, como Cuba, Irã e Rússia.
Esta é a segunda vez que Chávez tenta reformar a Constituição para poder se candidatar novamente em 2012. A apertada vitória do "não" no referendo anterior, em 2007, representou a primeira derrota eleitoral da carreira de Chávez. (VEJA)
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