A conclusão de um inquérito policial sobre um crime que ocorreu há quase dois anos se tornou o centro de um intenso debate na Grã-Bretanha sobre o papel do Estado na proteção das famílias contra comportamentos antissociais de vizinhos. Fiona Pilkington, de 38 anos, matou a filha deficiente, Francesca Hardwick, de 18 anos, e se suicidou colocando fogo no carro, em 2007, depois de suportar por uma década a intolerância de crianças e adolescentes do bairro em que morava.
O inquérito, cujo resultado foi divulgado na segunda-feira (28), afirma que a polícia britânica falhou em proteger a família. O assunto chegou até a Conferência Anual do Partido Trabalhista do Reino Unido, que ocorre em Brighton, de domingo (27) a quinta-feira (1). "Nós não vamos ficar parados e ver a vida da maioria legal perturbada pelo comportamento de uma minoria sem lei", está escrito no discurso do primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, programado para o encontro partidário desta terça (29). "Porque a maioria trabalhadora está ficando cada vez mais irritada - com razão - com a minoria que vai falar sobre os seus direitos, mas nunca assume as responsabilidades", diz o texto.
Mãe solteira, Fiona deixou um diário com o registro dos abusos sofridos por ela, Francesca, e por seu outro filho, Anthony (que sofre com uma grave dislexia), no bairro em que moravam na cidade de Loughborough, em Hinckley e Bosworth. Durante dez anos um grupo de jovens delinquentes da região atormentou a família, urinando e jogando pedras, ovos e farinha na casa. O inquérito também apurou que a gangue obrigava Fransceca, que tinha a idade mental de quatro anos, a levantar sua camisola. Anthony, hoje com 19 anos, foi raptado e apanhou diversas vezes.
Na segunda-feira (28), Chris Eyre, chefe de polícia de Leicestershire, condado no qual ficam Hinckley e Bosworth, pediu desculpas por falhar em ajudar Fiona e sua família. Informações levantadas pelo inquérito mostram que houve erro da polícia na forma como o caso foi tratado. Fiona teria entrado com pelo menos 33 chamadas na polícia local, que não deu atenção, acreditando que a mulher exagerava na reação.
"Nossas ações não conseguiram satisfazer as necessidades da família e, olhando para trás, há coisas que nós teríamos feito diferente", disse Eyre. Na semana passada, Tim Butterworth oficial de Hinckley e Bosworth responsável por lidar com comportamentos antissociais, afirmou "não ter preocupações" com esse caso. Segundo o Conselho responsável pela região, não há registro dos problemas. ÉPOCA
Mãe solteira, Fiona deixou um diário com o registro dos abusos sofridos por ela, Francesca, e por seu outro filho, Anthony (que sofre com uma grave dislexia), no bairro em que moravam na cidade de Loughborough, em Hinckley e Bosworth. Durante dez anos um grupo de jovens delinquentes da região atormentou a família, urinando e jogando pedras, ovos e farinha na casa. O inquérito também apurou que a gangue obrigava Fransceca, que tinha a idade mental de quatro anos, a levantar sua camisola. Anthony, hoje com 19 anos, foi raptado e apanhou diversas vezes.
Na segunda-feira (28), Chris Eyre, chefe de polícia de Leicestershire, condado no qual ficam Hinckley e Bosworth, pediu desculpas por falhar em ajudar Fiona e sua família. Informações levantadas pelo inquérito mostram que houve erro da polícia na forma como o caso foi tratado. Fiona teria entrado com pelo menos 33 chamadas na polícia local, que não deu atenção, acreditando que a mulher exagerava na reação.
"Nossas ações não conseguiram satisfazer as necessidades da família e, olhando para trás, há coisas que nós teríamos feito diferente", disse Eyre. Na semana passada, Tim Butterworth oficial de Hinckley e Bosworth responsável por lidar com comportamentos antissociais, afirmou "não ter preocupações" com esse caso. Segundo o Conselho responsável pela região, não há registro dos problemas. ÉPOCA
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