1 - Como será a prova
As disciplinas foram divididas em quatro grandes áreas do conhecimento: matemática, linguagens (português – não cai inglês nem literatura), ciências da natureza (química, física e biologia) e ciências humanas (geografia, história, filosofia e sociologia). As questões são interdisciplinares. O conteúdo cobrado será o que é ensinado no ensino médio, com a diferença de que será exigida mais a capacidade de raciocinar do que a "decoreba". Cada questão terá uma habilidade avaliada. Confira aqui a matriz de referência
2 – Tempo de duração
No sábado (3), o Enem será aplicado das 13h às 17h30 e terá questões de ciências da natureza e suas tecnologias e ciências humanas e suas tecnologias. No domingo (4), o exame será das 13h às 18h30. Neste dia, a prova abordará linguagens, códigos e suas tecnologias, matemática e suas tecnologias e redação.
3 – Eixos de avaliação
O primeiro é o domínio de linguagens (norma culta da língua portuguesa, além de linguagem matemática, artística e científica e das línguas espanhola e inglesa). O exame também analisará a compreensão do candidato em relação aos fenômenos naturais, de processos histórico-geográficos, da produção tecnológica e das manifestações artísticas. O terceiro eixo diz respeito à interpretação de situações-problema. O eixo seguinte trata da capacidade de fazer uma argumentação consistente. Por fim, o quinto eixo espera que o candidato consiga elaborar propostas, recorrendo aos conhecimentos desenvolvidos na escola.
4 – Questões
O Inep compra milhares de questões elaboradas por empresas especializadas e algumas secretarias estaduais de educação. As questões são antes aplicadas para centenas de alunos do segundo ano do ensino médio de escolas públicas e algumas particulares e do primeiro ano de faculdade, especialmente de universidades federais. Com base no acerto desses estudantes, o Inep sabe qual questão é mais fácil ou difícil. Elas, então, são colocadas numa escala de proficiência.
5 - Escala de proficiência
A escala de proficiência é como se fosse uma régua em centímetros. Cada ponto da escala (ou centímetro, no exemplo da régua) funciona como um indicador do conhecimento da pessoa naquele assunto. Uma pergunta de português, por exemplo, pode avaliar se quem responde sabe estabelecer relações entre imagens, gráficos e um texto. Outra analisará se essa mesma pessoa sabe relacionar causa e conseqüência entre partes do texto.
6 – Redação
O estudante deve fazer mais do que uma dissertação. O Enem cobra a elaboração de uma proposta de intervenção para o problema abordado na prova, demonstrando respeito aos direitos humanos. O texto precisa ser criativo e ter capacidade de argumentação. Entre as apostas de professores para tema da redação este ano aparecem a lei seca, a escassez de água, a liberdade de imprensa, a violência contra a mulher, acidentes com avião, pré-sal e nova gripe.
7 - Correção
Para a correção do Enem será usada a Teoria de Resposta ao Item (TRI). A nota não é baseada na quantidade de questões certas, mas no tipo de questões que o candidato acertou, se forem mais difíceis, por exemplo, ele terá mais pontos. A teoria relaciona uma ou mais habilidades com a probabilidade de a pessoa acertar a resposta.
8 - Nota
Haverá uma nota para cada uma das quatro áreas de conhecimento avaliadas (linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas) e uma quinta nota para a redação. Não será dada uma nota geral. Haverá uma descrição do nível do candidato e as habilidades que ele domina. O candidato também conseguirá comparar o seu desempenho com a média da região e do país.
9 - Divulgação das notas
A consulta ao boletim individual de desempenho estará disponível no site do Inep a partir da segunda quinzena de janeiro de 2010. O candidato também receberá o boletim pelo correio. A previsão é que o resultado da parte objetiva seja divulgado no dia 4 de dezembro e o resultado final, com a redação, saia no dia 8 de janeiro.
10 – Chutes X nota
A nota final não considera o total de acertos, mas o padrão de resposta do candidato. Isto é, o índice de acertos de questões fáceis, médias e difíceis deve ser equilibrado. Estatisticamente, quem erra questões mais simples acertará um número menor de difíceis. Da mesma maneira, aqueles que acertam as mais complexas não erram nas fáceis. Então, quem acertar mais difíceis do que fáceis provavelmente chutou em boa parte da prova. No geral, como a prova vai considerar o padrão de respostas, o aluno que acertar proporcionalmente fáceis e difíceis terá um desempenho melhor do que aquele que acertar mais difíceis do que fáceis. Se o chutador acertar mais difíceis do que fáceis, a nota atribuída à questão certa será inferior à daquele que respondeu certo por dominar o tema.
11 – Questão errada
Não é descontado nenhum ponto se o candidato errar uma questão.
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