A decisão foi tomada em assembleias realizadas pelos bancários nesta quarta-feira à noite em todas as capitais e no Distrito Federal, e na grande maioria das bases sindicais do interior.
De acordo com a entidade, os trabalhadores têm as seguintes reivindicações: aumento real de salário, maior participação nos lucros, valorização dos pisos salariais, garantia de emprego, mais saúde e melhores condições de trabalho.
“É inadmissível que os bancos, com seus altos lucros e com o pagamento de bônus milionários a seus executivos, queiram reduzir os salários e a participação nos lucros dos bancários", diz Carlos Cordeiro, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.
Negociações - De acordo com a Contraf, a decisão pela greve foi tomada depois que foi rejeitada a oferta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de reajuste salarial de 4,5%, que repõe as perdas somente com a inflação dos últimos 12 meses.
A categoria foi orientada pelo Comando Nacional dos Bancários a rejeitar a proposta e decidir pela greve.
"A nossa pauta de reivindicações foi entregue aos bancos no dia 10 de agosto e, após mais de um mês de negociações, eles fizeram uma proposta rebaixada, que apenas repõe a inflação, diminui o valor da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e ignora as outras demandas", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) e coordenador do Comando Nacional.
Na avaliação do sindicalista, trata-se de uma postura inaceitável para o setor "que obteve os maiores lucros de toda a economia brasileira no primeiro semestre e alcançou a maior rentabilidade de todo o sistema bancário das Américas".
Na quarta-feira, o diretor de Negociações Trabalhistas da Fenaban, Magnus Apostólico, disse que "a declaração de greve dos bancários é completamente indevida".
"É muito esquisito que eles recebam uma proposta, mandem um comunicado por e-mail dizendo que o comando recusou a proposta e marquem greve. A negociação está aberta, não foi fechada, não houve impasse", argumentou.
"O que esperamos é que eles apresentem uma contraproposta a isso que nós apresentamos. AGÊNCIA ESTADO
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