A Agência de Meteorologia do Japão emitiu nesta segunda-feira um alerta após dois vulcões entrarem em erupção quase simultaneamente. A primeira erupção foi no topo da cratera do Monte Asama, à 1h51 (horário local). Às 2h01 foi a vez do Monte Sakurajima, ao sul da ilha de Kyushu, explodir e lançar pedras a 2 quilômetros de distância. Não houve registro de danos graves em nenhuma das erupções.
No Monte Asama, a agência anunciou a possibilidade de cinzas e pedras atingirem as áreas num raio de 4 quilômetros. Já o Sakurajima fica no meio das montanhas, numa área inabitada.
A NHK, rede pública de tevê local, mostrou hoje imagens de uma fumaça branca saindo do Asama, de 2.568 metros de altura. Com o topo todo encoberto de neve, dava para ver também uma poeira cinza.
"A fumaça chegou a uma altura de 2 quilômetros a partir da cratera, mas nenhuma lava pode ser vista nas laterais do monte", disse Kazuya Kokubo, funcionário da agência, à mídia japonesa.
Tremores - O vulcão, localizado entre as províncias de Gunma e Nagano - cerca de 140 km de Tóquio - já vinha dando sinais de que estava em atividade desde o início de janeiro. Mas os tremores se intensificaram ontem (domingo, dia 1), o que fez a agência emitir um alerta de nível 3, na escala que vai até 5, para a possível erupção.
O Nível 3 proíbe as pessoas de chegar perto do Monte Asama. O nível 2 restringe a chegada próxima à cratera. Já o nível 4, pede para que a população que mora em volta do vulcão se prepare para evacuar a área.
Segundo a agência, não há habitantes numa área de 4 quilômetros ao redor do vulcão. Mas as pessoas que trabalham em pousadas ou comércio já foram evacuadas.
O Monte Asama fica na cidade de Tsumagoi e é considerado um dos vulcões mais ativos do Japão. As últimas erupções aconteceram em setembro e novembro de 2004. Na erupção de setembro, o vulcão expeliu grande quantidade de cinzas e lançou pedras de cerca de 3 centímetros de diâmetro que atingiram regiões a até 6 quilômetros do monte.
A maior erupção foi registrada em 1783, quando provocou uma grande destruição e matou cerca de 1.500 pessoas. O Japão possui 108 vulcões em atividade, o que representa 10% do total mundial. (BBC Brasil)
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