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quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Segundo pesquisa, Nordeste tem municípios com maiores riscos de dengue no país

Levantamento divulgado nesta quinta-feira (20) pelo Ministério da Saúde revela que estão localizados no Nordeste três dos cinco municípios com maiores riscos de dengue no país. São eles Itabuna (BA), Mossoró (RN) e Camaçari (BA), cuja falta de infra-estrutura adequada para o abastecimento de água leva a população a armazená-la, aumentando o risco de proliferação do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue. No Nordeste, 95,4% dos criadouros mais freqüentes do mosquito estão associados ao armazenamento de água em tonéis, caixas-d´água, tambores e poços.

As outras duas cidades, entre as que apresentam maior risco, são Epitaciolândia (AC), que tem o lixo como principal problema para a incidência de criadouros, e Várzea Grande (MT), cuja dificuldade se encontra no abastecimento de água.

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, destacou a importância dos agentes locais, como lideranças comunitárias, catadores de lixo e autoridades no combate à dengue. “É fundamental que gestores e prefeitos divulguem dados relativos à dengue para haver mobilização em setores da sociedade e na população no combate à doença”, afirmou. Temporão disse ainda que, muitas vezes, o acesso dos agentes às casas é dificultado e, por isso, é preciso disseminar informações adequadas à população.

Há 71 municípios em situação de alerta. Entre eles, estão 14 capitais: Rio de Janeiro (RJ), Vitória (ES), Salvador (BA), São Luis (MA), Recife (PE), Natal (RN), Aracajú (SE), Maceió (AL), Belém (PA), Manaus (AM), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), Boa Vista (RR) e Goiânia (GO). Todas as capitais dos estados da região Norte estão em estado de alerta.

Em comparação com 2007, caiu o percentual de estratos com maior risco para o surto da dengue, passando de 10% para 6,3% dos municípios, em 2008. Quanto aos locais de alerta, houve tendência de estabilidade, com redução de 36,2% em 2007 para 35,8% em 2008.

O ministro acrescentou que o fato de estarem em estado de alerta, e não em situação de risco, não exime as autoridades da necessidade da continuidade da fiscalização. Segundo ele, muitos gestores se acomodaram, porque alguns municípios estavam em alerta, o que os levou a passarem para a situação de risco.

Critérios da pesquisa
O Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes Aegypti (Lira) foi realizado em 161 municípios entre outubro e a primeira quinzena de novembro. Entre as cidades que participam do levantamento estão as capitais, municípios e regiões metropolitanas com mais de 100 mil habitantes, áreas turísticas e de fronteira.

Os índices consideram como de risco de surto os locais onde a infestação é maior que 4%. Índices entre 1% e 3,9% são tidos como de alerta; e menores que 1% são considerados satisfatórios.
(G1)

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