O cuxiú-preto é um primata amazônico que gosta de viver em grupos grandes, de até 40 indivíduos, que saem em bando para coletar sementes. Por causa desse convívio em grande número, seria difícil imaginar que esses animais poderiam viver numa área pequena de floresta.
No entanto, o pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Wilson Spironello, que acompanha esses macacos desde 2003, descobriu que eles conseguem sobreviver nas ilhas de floresta que sobram onde há desmatamento. Ele acompanhou grupos de cuxiús em fragmentos de mata de 10 a 100 hectares nas proximidades de Manaus (AM), e notou que eles conseguem encontrar comida suficiente para sobreviver, mas têm seu comportamento alterado.
No entanto, o pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Wilson Spironello, que acompanha esses macacos desde 2003, descobriu que eles conseguem sobreviver nas ilhas de floresta que sobram onde há desmatamento. Ele acompanhou grupos de cuxiús em fragmentos de mata de 10 a 100 hectares nas proximidades de Manaus (AM), e notou que eles conseguem encontrar comida suficiente para sobreviver, mas têm seu comportamento alterado.
Em áreas consideradas pequenas (10 hectares), os cuxiús passaram a andar em grupos de três ou quatro indivíduos. Além disso, os animais, que normalmente se deslocam muito pela floresta, passaram a fazer caminhos repetitivos. "Eles fazem essas rotas circulares porque não encontram novas fontes de comida", explica o cientista.
Finalmente, a constatação mais grave foi que os cuxiús não se reproduzem quando estão nessas ilhas, o que significa que conseguem sobreviver, mas que a população não subsistirá na ilha de floresta por muito tempo. As conclusões de Spironello, ainda não publicadas, foram apresentadas no Congresso Científico Internacional Amazônia em Perspectiva, que acontece até amanhã (20) em Manaus.
(Globo.com)
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