De acordo com dom Odilo, a beatificação de João Paulo II faz parte do processo de canonização do Papa, mas não é a etapa mais importante, assim como a canonização também não é.
- Mais importante é o reconhecimento de uma vida santa. Temos agora a beatificação. O milagre, para a canonização, vem por último. É um sinal do céu, como se Deus confirmasse a canonização com um sinal extraordinário - explicou o cardeal arcebispo.
Dom Cláudio Hummes, que ocupou uma das prefeituras do Vaticano, cargo ligado diretamente ao Papa e que corresponde a um ministério, também representará o episcopado brasileiro na beatificação de João Paulo II por estar mais presente na direção da Igreja. O arcebispo emérito, que dirigiu a Congregação para o Clero até o final do ano passado, só sendo afastado por ter ultrapassado os 75 anos (está com 77), idade que os padres se aposentam, lembrou que cada Papa tem suas características.
- Cada Papa é diferente do outro. Isso é bom porque enriquece a Igreja. Cada Papa traz um aspecto novo naquilo que é a missão da Igreja, que é levar a mensagem de Jesus Cristo. E cada um tem respostas diferentes para as novas situações - disse dom Cláudio, que se aposentou e a partir de maio estará morando definitivamente em São Paulo, colaborando com as atividades da arquidiocese.
Dom Odilo disse, em entrevista coletiva na tarde de ontem, que durante o período em que João Paulo II foi Papa a Igreja não abdicou de sua opção pelos pobres, mesmo com o desmantelamento da chamada Teologia da Libertação (TL). Para o arcebispo, os teólogos da faziam análises marxistas, o que não estava de acordo com os princípios católicos.
- Nem todos os métodos de análise são adequados. E o método marxista utilizado por teóricos da Teologia da Libertação não era adequado - disse dom Odilo. FONTE: O GLOBO
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