O secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, decidiu retirar o cargo comissionado da servidora Iraneth Weiler, que trabalhava como chefe de gabinete de Lina Vieira, ex-comandante do Fisco.
O ato foi publicado no Diário Oficial da União desta segunda-feira (24). Alberto Amadei, que era assessor da ex-secretária da Receita Federal, também perdeu sua função. Ambos, porém, permanecem na Receita por serem funcionários de carreira.
Iraneth confirmou ao jornal "Folha de São Paulo", em 13 de agosto, que Erenice Guerra, secretária-executiva da Casa Civil, foi ao gabinete de Lina no final do ano passado. "Ela entrou pela porta do corredor, não passou pelas secretárias. Não foi uma coisa que constava da agenda", disse ela ao jornal. Erenice teria ido marcar uma reunião entre a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e Lina Vieira
No encontro, que a ministra nega ter ocorrido, Dilma teria pedido à ex-secretária que agilizasse a investigação na Receita sobre as empresas de Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Lina disse ter interpretado como um pedido para encerrar as investigações. Dilma sempre negou o encontro e o pedido.
Lina Vieira foi demitida em meados de julho, após a decisão do Fisco de investigar, neste ano, a Petrobras. A empresa mudou o regime tributário de competência para caixa, no segundo semestre de 2008, retroagindo ao início do ano passado, o que gerou um crédito fiscal (que pode ser abatido no pagamento de tributos) superior a R$ 1 bilhão referente à contabilização de "variações cambiais".
Em maio, a Receita Federal informou que não é permitido a empresas mudar o regime de pagamento de impostos no meio do ano, como a Petrobras admitiu ter feito no ano passado. Posteriormente, Otacílio Cartaxo afirmou que a legislação seria omissa em relação à mudança de regime tributário feita pela estatal do petróleo.
Senadores de oposição querem que a ex-secretária passe por uma acareação com Dilma. Durante o depoimento que deu na última terça-feira (18) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, ela disse que aceitava a aceração.
Na quarta-feira (19), o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), ironizou a proposta de acareação. "Eles (a oposição) querem a televisão. O negócio deles é aparecer. Narciso acha feio tudo que não é espelho", provocou.
No depoimento à CCJ, a ex-secretária da Receita Federal apresentou detalhes do suposto encontro secreto com Dilma Rousseff, mas negou que a ministra tenha tentado influenciar no resultado de investigações do órgão sobre os negócios do filho de José Sarney. G1
O ato foi publicado no Diário Oficial da União desta segunda-feira (24). Alberto Amadei, que era assessor da ex-secretária da Receita Federal, também perdeu sua função. Ambos, porém, permanecem na Receita por serem funcionários de carreira.
Iraneth confirmou ao jornal "Folha de São Paulo", em 13 de agosto, que Erenice Guerra, secretária-executiva da Casa Civil, foi ao gabinete de Lina no final do ano passado. "Ela entrou pela porta do corredor, não passou pelas secretárias. Não foi uma coisa que constava da agenda", disse ela ao jornal. Erenice teria ido marcar uma reunião entre a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e Lina Vieira
No encontro, que a ministra nega ter ocorrido, Dilma teria pedido à ex-secretária que agilizasse a investigação na Receita sobre as empresas de Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Lina disse ter interpretado como um pedido para encerrar as investigações. Dilma sempre negou o encontro e o pedido.
Lina Vieira foi demitida em meados de julho, após a decisão do Fisco de investigar, neste ano, a Petrobras. A empresa mudou o regime tributário de competência para caixa, no segundo semestre de 2008, retroagindo ao início do ano passado, o que gerou um crédito fiscal (que pode ser abatido no pagamento de tributos) superior a R$ 1 bilhão referente à contabilização de "variações cambiais".
Em maio, a Receita Federal informou que não é permitido a empresas mudar o regime de pagamento de impostos no meio do ano, como a Petrobras admitiu ter feito no ano passado. Posteriormente, Otacílio Cartaxo afirmou que a legislação seria omissa em relação à mudança de regime tributário feita pela estatal do petróleo.
Senadores de oposição querem que a ex-secretária passe por uma acareação com Dilma. Durante o depoimento que deu na última terça-feira (18) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, ela disse que aceitava a aceração.
Na quarta-feira (19), o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), ironizou a proposta de acareação. "Eles (a oposição) querem a televisão. O negócio deles é aparecer. Narciso acha feio tudo que não é espelho", provocou.
No depoimento à CCJ, a ex-secretária da Receita Federal apresentou detalhes do suposto encontro secreto com Dilma Rousseff, mas negou que a ministra tenha tentado influenciar no resultado de investigações do órgão sobre os negócios do filho de José Sarney. G1
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