Sociólogos americanos identificaram uma nova fonte de problemas sexuais entre homens de meia idade e mais velhos: a proximidade entre a parceira e os melhores amigos dele.
"Os homens que têm a parceria mais próxima de seus amigos apresentam mais chances de apresentar problemas de iniciar e manter a ereção, bem como mais dificuldade de atingir o orgasmo", escreveram Benjamin Cornwell, da Universidade Cornell, e Edward Laumann, da Universidade de Chicago, autores da pesquisa.
O estudo foi publicado na terça-feira (9) na revista científica "American Journal of Sociology". Nele, 3.005 pessoas, com idades de 57 a 85 anos, responderam a um questionário sobre sua vida sexual e amorosa, saúde, uso de medicamentos, função cognitiva e sensorial, saúde emocional e redes de amizade.
CONFIDENTES - Os autores verificaram que a maior proximidade da parceira com os melhores amigos é um elemento que ajuda a prever problemas sexuais.
Segundo eles, "homens cuja parceira têm mais contato com seus amigos do que eles próprios são 92% mais propensos a desenvolver dificuldades de ereção do que os outros homens".
Eles argumentam que essa proximidade pode prejudicar os sentimentos de autonomia e privacidade masculina, que são centrais para a noção tradicional de masculinidade.
A disfunção erétil é comum entre homens da idade abordada no estudo. Aproximadamente um terço dos participantes tiveram problemas de ereção, os quais ainda aumentam com a idade.
Fatores como o diabetes, os problemas cardíacos e a obesidade contribuem para o quadro, junto com fatores psicológicos e outros.
Os sociólogos levaram esses fatores em consideração e viram que, mesmo entre homens saudáveis e capazes de levar uma vida sexual satisfatória, existe um aumento no risco de problemas de ereção quando suas parceiras possuem maior proximidade de contato com os amigos do casal.
Esse estudo demonstra como é valioso entender as conexões entre as relações sociais e a saúde como um todo. "Os resultados mostram a importância de aspectos das redes de amizade, como a estrutura das relações e a posição do indivíduo dentro dela, que são raramente considerados nas pesquisas médicas", diz Laumann. Fonte: FOLHA.COM
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