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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Battisti ganha documento para iniciar 'vida normal'

Cesare Battisti, ex-ativista italiano, já pode andar sem receio pelas ruas do Brasil. Desde a semana passada ele está de posse da cédula provisória de estrangeiro, emitida pelo Ministério da Justiça, documento que lhe dá a garantia de que não será barrado, nem preso, como cidadão clandestino.



"Cesare Battisti pode agora levar uma vida absolutamente normal, sem nenhum risco", declarou o advogado Luiz Eduardo Greenhalgh, artífice do processo que culminou com a decisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em não permitir sua extradição para a Itália, onde a Justiça o condenou por quatro assassinatos nos anos 70, quando integrava o grupo Proletários Armados pelo Comunismo.



Na segunda-feira, 15 de agosto, Battisti foi à Polícia Federal, superintendência de São Paulo. Eram 17 horas. Pegou senha e fila. A delegada Bruna Menck, do setor de estrangeiros, o recebeu. Suas impressões digitais foram colhidas. Fotos do ex-ativista. Procedimento de rotina.



"Já posso abrir conta no banco e tirar o CPF", disse Battisti a seu advogado, quando deixaram a PF. O aval que leva consigo será substituído em alguns meses por outro, definitivo - o Registro Nacional de Estrangeiro.



No outro dia, terça, Battisti reuniu-se com o editor da Martins Fontes no escritório de Greenhalgh, no centro de São Paulo. Escrever é a meta do italiano, que já tem livros publicados na Itália e no Brasil. Seu projeto particular é viver da literatura. Ao Pé do Muro é seu mais recente trabalho - narra sua vida na prisão.



O ex-militante evita manifestações sobre o passado e não fala dos processos penais que lhe atribuem ações armadas e rajadas de tiros, como militante da esquerda nos anos 70. FONTE: AGÊNCIA ESTADO

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