Em tempos em que até show de rock tenta reduzir as emissões de gás carbônico, um estudo da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Jaboticabal diz que deixar a palha no solo dos canaviais minimiza as emissões de CO2.
A pesquisa fez medições em um canavial no interior de São Paulo, com a ajuda de um aparelho que detecta as variações de CO2.
No experimento, a plantação foi dividida em três áreas""uma coberta com 100% de palha, outra com metade e a terceira com o chão nu.
A conclusão é que as áreas cobertas com palha emitiram 400 quilos menos carbono, o que corresponde a quase 1.500 kg de CO2. Isso significa uma redução de cerca de 20% nas emissões, comparadas à área sem palha.
O cálculo considera as emissões do diesel usado pelas máquinas no campo, dos fertilizantes sintéticos e do calcário aplicado na terra.
A tese de Newton La Scala Júnior, coordenador do trabalho, é que, mantendo a palha no chão, o produtor pode compensar as emissões.
"O que não sabíamos é que a simples retirada da palha causa emissões tão altas de CO2", diz o cientista.
Na prática, a palha tem sido cada vez mais usada para a cogeração de energia.
Em geral, as usinas que fazem cogeração usam cerca de 70% da palha do chão para transformá-la energia, de acordo com o CTC (Centro de Tecnologia Canavieira).
Além disso, lavouras que não geram energia, mas ficam em lugares que têm muita umidade, normalmente retiram toda a palha do solo.
No experimento, o chão forrado com 100% de palha e com metade desse material deixaram de emitir quantidade semelhante de CO2.
Mas, na opinião de La Scala, o ideal é deixar toda a palha, pois com o tempo o solo pode ficar descoberto. FONTE: FOLHA.COM
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