Os mercados financeiros passaram as últimas semanas ao sabor das notícias vindas da Europa. Passado o pior momento da crise financeira mundial, os investidores agora acompanham atentos a crise da dívida europeia.
No velho continente, os países elevaram os gastos públicos para conter os efeitos da crise iniciada em 2008, que ameaçava jogar o mundo em uma recessão duradoura. Mas criaram um novo problema: com a arrecadação em baixa e os gastos em alta, dívida e déficit público (diferença entre a arrecadação e os gastos ao longo do ano) dispararam.
Segundo dados da Eurostat, a agência oficial de estatísticas europeia, em 2008 a dívida dos países da zona do euro representava 69,4% do Produto Interno Bruto (PIB). Ao final do ano passado, a região já tinha uma dívida de 7,06 trilhões de euros – ou 78,7% do PIB. A disparada do déficit foi ainda maior: de 2,0% do PIB em 2008 para 6,3% em 2009.
O caso mais preocupante é o da Grécia: a dívida do governo chegou a 115% do PIB no ano passado, e o déficit subiu de 7,7% para 13,6% do valor total da economia do país. Portugal, Irlanda, Itália e Espanha - grupo que, junto com a Grécia, operadores britânicos apelidaram PIIGS, acrônimo formado pelas iniciais dos países em inglês – também preocupam.
O temor do mercado com o crescimento da dívida é, principalmente, com a capacidade de pagamento dos países: quanto mais endividado o governo, maior a possibilidade de dar “calote”. O fato de esses países compartilharem a mesma moeda é um fator complicador, e lança dúvidas sobre a estabilidade do euro, que vem perdendo valor frente ao dólar.
No início do mês, a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciaram um plano de apoio a países da zona do euro em dificuldades. O valor do pacote pode chegar a 750 bilhões de euros, ou cerca de US$ 1 trilhão.
Além da ajuda, Grécia, Itália, Espanha e Portugal se comprometeran a realizar cortes profundos nos gastos para reduzir o déficit e equilibrar as contas públicas, e convencer os mercados de que não darão calote na dívida. Com redução de salários, redução de investimentos e cortes em programas sociais, no entanto, a Europa deve ver a economia crescer a passos lentos nos próximos anos. G1
No velho continente, os países elevaram os gastos públicos para conter os efeitos da crise iniciada em 2008, que ameaçava jogar o mundo em uma recessão duradoura. Mas criaram um novo problema: com a arrecadação em baixa e os gastos em alta, dívida e déficit público (diferença entre a arrecadação e os gastos ao longo do ano) dispararam.
Segundo dados da Eurostat, a agência oficial de estatísticas europeia, em 2008 a dívida dos países da zona do euro representava 69,4% do Produto Interno Bruto (PIB). Ao final do ano passado, a região já tinha uma dívida de 7,06 trilhões de euros – ou 78,7% do PIB. A disparada do déficit foi ainda maior: de 2,0% do PIB em 2008 para 6,3% em 2009.
O caso mais preocupante é o da Grécia: a dívida do governo chegou a 115% do PIB no ano passado, e o déficit subiu de 7,7% para 13,6% do valor total da economia do país. Portugal, Irlanda, Itália e Espanha - grupo que, junto com a Grécia, operadores britânicos apelidaram PIIGS, acrônimo formado pelas iniciais dos países em inglês – também preocupam.
O temor do mercado com o crescimento da dívida é, principalmente, com a capacidade de pagamento dos países: quanto mais endividado o governo, maior a possibilidade de dar “calote”. O fato de esses países compartilharem a mesma moeda é um fator complicador, e lança dúvidas sobre a estabilidade do euro, que vem perdendo valor frente ao dólar.
No início do mês, a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciaram um plano de apoio a países da zona do euro em dificuldades. O valor do pacote pode chegar a 750 bilhões de euros, ou cerca de US$ 1 trilhão.
Além da ajuda, Grécia, Itália, Espanha e Portugal se comprometeran a realizar cortes profundos nos gastos para reduzir o déficit e equilibrar as contas públicas, e convencer os mercados de que não darão calote na dívida. Com redução de salários, redução de investimentos e cortes em programas sociais, no entanto, a Europa deve ver a economia crescer a passos lentos nos próximos anos. G1
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