Uma pílula desenvolvida para estimular o desejo sexual das mulheres falhou no objetivo de “impactar significativamente” a libido e causou efeitos adversos como depressão, tontura e desmaios. A conclusão é de duas avaliações divulgadas nesta quarta-feira (16) pelo FDA, órgão americano responsável pela aprovação e fiscalização de remédios e alimentos.
O medicamento é o flibanserin, do laboratório Boehringer Ingelheim. A agência americana, similar à Anvisa brasileira, ainda vai ouvir, sexta-feira (18), um painel de especialistas para pôr na balança segurança e eficácia da droga. O FDA não é obrigado a seguir as recomendações do painel.
Desde o lançamento do Viagra, em 1998, mais de duas dezenas de terapias experimentais para o que é chamado de “disfunção sexual feminina” foram analisadas. O mercado para um eventual "Viagra feminino" é estimado em US$ 2 bilhões. Em 2004, a Pfizer, fabricante do Viagra, abandonou seus estudos para o desenvolvimento de uma pílula feminina por causa de “resultados inconclusivos”.
Leonore Tiefer, professora de psiquiatria da Universidade de Nova York, avalia que as farmacêuticas estão simplificando a sexualidade feminina, e que na maioria dos casos a falta de desejo sexual tem mais relação com a qualidade de um relacionamento do que com processos químicos no cérebro. Ela vai participar do painel de sexta-feira, e já adiantou que pedirá a rejeição pelo FDA do flibanserin, sob o argumento de que, além de não apresentar benefícios claros, pode trazer riscos de longo prazo ainda ignorados pela ciência. AP/G1
O medicamento é o flibanserin, do laboratório Boehringer Ingelheim. A agência americana, similar à Anvisa brasileira, ainda vai ouvir, sexta-feira (18), um painel de especialistas para pôr na balança segurança e eficácia da droga. O FDA não é obrigado a seguir as recomendações do painel.
Desde o lançamento do Viagra, em 1998, mais de duas dezenas de terapias experimentais para o que é chamado de “disfunção sexual feminina” foram analisadas. O mercado para um eventual "Viagra feminino" é estimado em US$ 2 bilhões. Em 2004, a Pfizer, fabricante do Viagra, abandonou seus estudos para o desenvolvimento de uma pílula feminina por causa de “resultados inconclusivos”.
Leonore Tiefer, professora de psiquiatria da Universidade de Nova York, avalia que as farmacêuticas estão simplificando a sexualidade feminina, e que na maioria dos casos a falta de desejo sexual tem mais relação com a qualidade de um relacionamento do que com processos químicos no cérebro. Ela vai participar do painel de sexta-feira, e já adiantou que pedirá a rejeição pelo FDA do flibanserin, sob o argumento de que, além de não apresentar benefícios claros, pode trazer riscos de longo prazo ainda ignorados pela ciência. AP/G1
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