Elas não têm olheiras, rugas ou marcas de expressão. Gordurinhas, flacidez e celulite não aparecem em seu corpo escultural. São perfeitas em qualquer idade. Tão perfeitas que... só existem nas revistas de moda e nos anúncios publicitários. Quem diz isso não é somente o público feminino, invejoso e cansado desses modelos de beleza inatingíveis. Os próprios profissionais da moda e da beleza, que nos últimos anos abusaram dos softwares de manipulação de imagem para criar supermulheres, reconhecem que cometeram excessos. Agora defendem a volta da beleza natural ou intervenções discretas que não deixem as modelos parecidas com criaturas sintéticas, verdadeiros “objetos de marte”, como as descreveu o fotógrafo alemão Peter Lindbergh.
Um dos mais respeitados profissionais de moda do mundo, Lindbergh está à frente de um movimento internacional contra o abuso no uso de maquiagem e Photoshop. “A alteração das imagens teve um peso muito grande na forma como definimos visualmente as mulheres”, disse ele em entrevista ao jornal americano New York Times. “Retoques excessivos não devem representar a mulher neste século.”
Um dos mais respeitados profissionais de moda do mundo, Lindbergh está à frente de um movimento internacional contra o abuso no uso de maquiagem e Photoshop. “A alteração das imagens teve um peso muito grande na forma como definimos visualmente as mulheres”, disse ele em entrevista ao jornal americano New York Times. “Retoques excessivos não devem representar a mulher neste século.”
No Brasil, o movimento pela beleza real também começa a ganhar espaço. O fotógrafo José Fujocka, um dos especialistas em tratamento de imagem mais requisitados por publicações de moda, já sentiu a tendência. “Tanto revistas quanto fotógrafos estão me orientando cada vez mais a retocar o mínimo possível”, afirma. “Isso não significa que vamos abandonar o Photoshop, apenas usá-lo com moderação.” E não é só no universo das revistas que se observa esse esgotamento da beleza digital.
Em abril, modelos e atrizes brasileiras posaram sem maquiagem para a exposição Mulheres de verdade, exibida no Rio de Janeiro com curadoria de Marco Antônio Ferraz, editor de moda da revista americana Vanity Fair. “O Photoshop é um ótimo recurso para corrigir uma olheira ou uma espinha, não para mudar o rosto e o corpo das pessoas”, diz ele. Compartilham sua opinião as modelos Isabeli Fontana, Raquel Zimmermann, Raica Oliveira, Luiza Brunet e Marcelle Bittar, que estão entre as mulheres mais belas do mundo. Cansadas de não se reconhecer nas fotos, elas concordaram em posar para as páginas da revista ÉPOCA de cara lavada e sem retoques, exatamente como são: imperfeitas e lindas, absolutamente lindas.
Confira, por exemplo, como fica Luiza Brunet com e sem Photoshop.
ÉPOCA
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