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sábado, 2 de maio de 2009

Chip para identificar árvores é nova arma contra fraudes na exploração madeireira

Com a nova tecnologia, árvores serão identificadas com um chip criptografado que traz todas suas características


Um novo sistema de chips colocados em árvores é a proposta de um instituto brasileiro para controlar áreas de manejo florestal e combater o desmatamento. O Instituto Web Florestal Planet, sediado em Cuiabá, desenvolveu a tecnologia que permite marcar as árvores com um componente eletrônico carregado com informações como espécie, altura e tamanho.

O equipamento foi desenhado para uso em áreas de manejo, aquelas em que a extração de madeira é feita de forma planejada para conservar a floresta. A partir de uma central, será possível controlar exatamente quais árvores estão sendo retiradas.

Depois de retirada da natureza, a madeira pode ser monitorada até seu beneficiamento. “A intenção é impossibilitar fraudes de madeira em campo, falsa volumetria (medição de volume), troca de espécies”, explica Roberto Bucar, presidente do instituto.

Da forma como é feita atualmente, a extração dá margem a fraudes: são comuns casos em que a quantidade declarada de madeira extraída da área de manejo é aumentada de forma ilegal para que toras retiradas ilegalmente de outros lugares, como terras da União, possam ser incluídas e regularizadas.

Com a identificação exata de cada árvore a ser derrubada, todo o processo passaria a ser rastreado eletronicamente, eliminando esse tipo de fraude. Bucar explica que a iniciativa de usar a tecnologia terá de vir do próprio madeireiro interessado em comprovar a origem legal de seu produto. “Vamos testar o sistema em um projeto-piloto em Nova Mutum (MT)”, diz.

Desmatamento - Outra tecnologia do Instituto Web Florestal Planet ainda em fase desenvolvimento são dispositivos para monitoramento de desmatamento. Também presos às árvores, eles têm sensores que podem acionar uma central quando houver risco para a floresta.

“Estamos desenvolvendo sensores capazes de detectar a vibração de serras elétricas, tratores, caminhões, e também o calor do fogo”, informa o presidente do instituto. “Queremos trabalhar em reservas legais, terras indígenas”, cita, acrescentando que o equipamento deve estar pronto para uso efetivo “em dois meses”. GLOBO AMAZÔNIA

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