O equipamento foi desenhado para uso em áreas de manejo, aquelas em que a extração de madeira é feita de forma planejada para conservar a floresta. A partir de uma central, será possível controlar exatamente quais árvores estão sendo retiradas.
Depois de retirada da natureza, a madeira pode ser monitorada até seu beneficiamento. “A intenção é impossibilitar fraudes de madeira em campo, falsa volumetria (medição de volume), troca de espécies”, explica Roberto Bucar, presidente do instituto.
Da forma como é feita atualmente, a extração dá margem a fraudes: são comuns casos em que a quantidade declarada de madeira extraída da área de manejo é aumentada de forma ilegal para que toras retiradas ilegalmente de outros lugares, como terras da União, possam ser incluídas e regularizadas.
Com a identificação exata de cada árvore a ser derrubada, todo o processo passaria a ser rastreado eletronicamente, eliminando esse tipo de fraude. Bucar explica que a iniciativa de usar a tecnologia terá de vir do próprio madeireiro interessado em comprovar a origem legal de seu produto. “Vamos testar o sistema em um projeto-piloto em Nova Mutum (MT)”, diz.
“Estamos desenvolvendo sensores capazes de detectar a vibração de serras elétricas, tratores, caminhões, e também o calor do fogo”, informa o presidente do instituto. “Queremos trabalhar em reservas legais, terras indígenas”, cita, acrescentando que o equipamento deve estar pronto para uso efetivo “em dois meses”. GLOBO AMAZÔNIA
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