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quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Miss Penitenciária 'prende' atenção em Brasília

Foi a segunda edição do concurso, que começou ano passado. Das 450 detentas que ocupam as instalações da Penintenciária de Brasília, 96 se increveram para participar desta edição do Miss. Uma agência de modelos, que fez parceria com o governo do Distrito Federal para organizar o evento, escolheu doze mulheres, entre 19 e 26 anos. Foi trabalhoso. As presas são gatíssimas – e as doze finalistas, então, deveriam, desde já, concorrer em um torneio de beleza fora do complexo presidiário, com habeas corpus definitivo.

Venceu a bela roraimense Daniele Alves da Silva, de 21 anos, impecáveis 1,50 metro e 49 quilos. Superou Juliana Navarro, segunda colocada, e Valéria Aparecida, terceira, nos quesitos simpatia, desenvoltura e, claro, beleza. Natália dos Santos ficou com o prêmio de Miss Simpatia. O desfile foi dividido em trajes de gala e casual. “Não houve biquíni nem traje de banho, como é tradição em outros concursos, porque não queríamos expor as detentas”, explica Juiliana Matos, da assessoria de comunicação do evento.

Pena. Mas elas ficaram charmosíssimas e bem simpáticas na passarela montada no pátio do presídio . Houve torcida, berros, vaias. As presas se dividiram para escolher a mais bonita. O pátio onde foi montada a passarela ficou lotado. Quinze jurados, entre olheiros de agência, jornalistas e empresários, analisaram as candidatas, até chegar ao resultado final.

Daniele Alves está presa por associação ao tráfico de drogas e assalto à mão armada. Cumpriu quase dois anos de detenção – e deve sair em breve. Cerca de 80% das detentas estão na cadeia por esse motivo: são namoradas ou mulheres de traficantes, que as obrigam a participar de alguma forma no crime. A Miss Penitenciária levou um prêmio de R$ 700, dinheiro que será depositado numa conta bancária, mais a matrícula de um curso de profissionalização para cabeleireiros, oferecida pelo Instituto Fraterna, presidido pela primeira-dama do governo federal, Flávia Arruda.

A iniciativa do concurso é da própria mulher do governador, José Roberto Arruda. Flávia organiza a festa com a Coordenação para Assuntos da Mulher (Cam), da Secretaria de Justiça. O Miss Penitenciária faz parte do projeto Reconstruindo a Liberdade – que envolve também apoio jurídico, ginecológico, piscológico e oftamológico, além de asssitencia social. R7

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