A Air France afirmou nesta quinta-feira que o corpo do piloto e de outro tripulante do Airbus 330, que caiu em 31 de maio, foram identificados entre os corpos resgatados pelas operações de busca.
Em uma nota à imprensa, o diretor-geral da companhia aérea, Pierre-Henri Gourgeon, prestou suas condolências às famílias dos funcionários da empresa.
As equipes de busca recolheram 50 corpos de vítimas, além de destroços e bagagens, até o momento, mas os trabalhos continuam e não têm data para serem encerrados.
A Air France não informou se o corpos do piloto e do tripulante estavam entre os onze que já haviam sido identificados.
O BEA, órgão francês que investiga as causas do acidente, deve divulgar até o fim deste mês um relatório preliminar sobre as investigações do acidente.
ACIDENTE - Segundo peritos ouvidos pela imprensa brasileira, 95% dos cadáveres apresentam fracturas nas pernas, nos braços e nas ancas. A avaliação dos médicos sugere, por isso, que os passageiros estavam sentados no momento da queda.
Outro sinal avaliado foi a baixa incidência de traumatismos cranianos. Se o avião tivesse caído de "nariz", dizem os peritos, as vítimas deveriam apresentar ferimentos mais severos na cabeça.
Também foram detectadas petéquias (lesões de cor avermelhada) nas mucosas de grande parte dos cadáveres. Embora estejam associadas à morte por asfixia, estas podem surgir em outras situações, como politraumatismos.
"Sabemos que houve despressurização da cabine, conforme indicou uma das mensagens enviadas pelo avião. Mas ainda é cedo para afirmar que as vítimas morreram em função disso, mesmo tendo sido encontradas petéquias em muitos dos corpos", disse um dos médicos.
Apesar de as pistas indicarem que parte do avião pode ter chegado inteiro ao mar, a hipótese de que o aparelho se tenha despedaçado no ar continua a ser investigada. FOLHA ONLINE / ECONÓMICO
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