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sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Volume de lixo espacial chegou a "ponto extremo", diz estudo

O volume de entulho orbitando a Terra chegou a um "ponto extremo" para colisões, o que gera mais detritos e põe em risco astronautas e satélites, segundo estudo divulgado nesta quinta-feira (1º) por uma instituição norte-americana de pesquisas.

A Nasa, agência espacial americana, precisa de um novo plano estratégico para mitigar os riscos impostos por carcaças de foguetes usados, satélites descartados e milhares de outros pedaços de lixo espacial voando ao redor do planeta a velocidades da 28.164 km/h, afirmou o Conselho de Pesquisa Nacional dos EUA no estudo --uma organização privada e sem fins lucrativos que fornece consultoria científica.

Os detritos em órbita representam uma ameaça para os cerca de mil satélites comerciais, militares e civis na órbita do planeta --parte de uma indústria global que gerou R$ 272,2 bilhões (US$ 168 bilhões) em receita no ano passado, de acordo com dados da Associação da Indústria de Satélites.

O primeiro choque espacial ocorreu em 2009, quando um satélite de telecomunicações da Iridium e um satélite russo não operacional colidiram a 789 km acima da Sibéria, gerando milhares de novos detritos em órbita.

A colisão aconteceu após a destruição, em 2007, por parte da China, de um de seus satélites climáticos fora de uso como parte de um teste amplamente criticado de mísseis antissatélite.
O volume de detritos em órbita monitorados pela Rede de Vigilância Espacial saltou de 9.949 objetos catalogados em dezembro de 2006 para 16.094 em julho de 2011. Quase 20% dos objetos são provenientes da destruição do satélite chinês Fengyun 1-C, afirmou o Conselho de Pesquisa Nacional.

Alguns modelos computacionais mostram que a quantidade de lixo em órbita "chegou a um nível extremo, com detritos suficientes em órbita para causar colisões contínuas e criar ainda mais destroços, o que aumenta o risco de falha de viagens espaciais", disse o conselho em um comunicado divulgado como parte do relatório de 182 páginas.

Além de mais de 30 descobertas, o painel fez recomendações para a Nasa sobre como mitigar e aprimorar a situação do lixo espacial, o que incluiria a colaboração com o Departamento de Estado para desenvolver o sistema regulatório sobre a remoção de lixo espacial.

Atualmente, por exemplo, acordos internacionais proíbem países de remover ou coletar objetos espaciais de outros países. FONTE: REUTERS

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