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quarta-feira, 6 de julho de 2011

Federação Internacional vai apelar mas Cielo pode nadar Mundial

A Fina (Federação Internacional de Natação) vai apelar à CAS (Corte Arbitral do Esporte) sobre a decisão brasileira de punir apenas com advertência os nadadores Cesar Cielo, Henrique Barbosa, Nicholas Santos e Vinícius Waked, que testaram positivo para o diurético furosemida no Troféu Maria Lenk, em maio, no Rio.

A medida da Fina, porém, não suspende preventivamente os nadadores e mantém a advertência, decisão do painel antidoping da CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos), anunciada na última sexta-feira, até o julgamento no CAS, ainda sem data marcada.

Em comunicado publicado nesta quarta-feira, a Fina permite que os atletas continuem competindo. Desta forma, Cesar Cielo pode competir no Mundial de Xangai, que começa dia 24 deste mês. "A CAS é a única autoridade que pode tomar a decisão de uma suspensão provisória", diz a Federação Internacional.

O campeão olímpico e mundial, porém, fica à espera da decisão do CAS (que ainda pode suspendê-lo e puni-lo com a perda de uma possível medalha posteriormente).

"A Fina vai usar seus melhores esforços para obter uma decisão no menor tempo possível", diz a nota da entidade máxima da natação mundial.

Nicholas Santos e Henrique Barbosa, que foram flagrados junto o campeão olímpico em teste feito em maio, estão fora da competição na China. Como punição pelo doping, os dois levaram advertência e perderam todos os resultados obtidos no Troféu Maria Lenk. Vinícius Waked não tinha índice.

Cielo obteve os índices para o Mundial no ano passado, antes do Maria Lenk, por isto poderá disputar a competição na China.

ENTENDA O CASO

Os nadadores Cesar Cielo, Nicholas Santos, Henrique Barbosa e Vinícius Waked foram flagrados pelo uso do diurético furosemida em exame antidoping realizado no último Troféu Maria Lenk, em maio, disputado no Rio. Leia algumas perguntas e respostas sobre o caso.

Qual é a defesa dos nadadores?

Cesar Cielo, Nicholas Santos, Henrique Barbosa e Vinícius Waked, que testaram positivo para o diurético furosemida, dizem que consumiram suplemento contaminado.
Por que a confederação decidiu só adverti-los?

A entidade concluiu que não houve culpa nem negligência dos atletas baseada principalmente nessas informações:
1) Laudo de laboratório mostra que as pílulas de cafeína tinham furosemida;
2) Cielo declarou que comprava o produto da mesma farmácia, em Santa Bárbara d'Oeste (SP), havia dois anos;
3) O estabelecimento teria manipulado furosemida antes de fazer o suplemento;
4) Relatório da farmácia diz que contaminações são possíveis, mas não assume que houve falha e contaminação;
5) A urina dos atletas teria densidade alta, não comprovando a ingestão de diurético para diluir a urina e mascarar outras substâncias dopantes.

O que diz a farmácia?

Representantes da Anna Terra dizem que apenas atestaram que contaminações são possíveis, mas não admitem que houve falha no processo.

Por que outros atletas flagrados foram suspensos?

A confederação diz que, em casos como os de Daynara de Paula e Fabíola Molina, houve negligência. A primeira teria comprado suplemento contaminado de farmácia que não conhecia. A segunda diz que usou sachê de amostra grátis de suplemento novo --perdeu vaga no Mundial e será substituída por Etiene Medeiros.

O que ainda pode acontecer com os nadadores?

Se a Fina ou a Wada apelarem, e a Corte de Arbitragem do Esporte concordar, serão suspensos e perderão seus resultados desde o Troféu Maria Lenk, em maio. Waked, reincidente, pode até ser banido. FONTE: FOLHA ONLINE

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