No gelo, um esquilo tenta construir uma gigantesca pilha de nozes. Não dá certo. Durante uma viagem com seu pai e seu avô, um menino descobre um segredo de família. Numa fazenda, uma ovelha encontra um kit de mágica e faz parte do seu rebanho desaparecer. Essas e muitas outras histórias invadem, de hoje a domingo, quatro espaços da cidade, na 19ª edição do Anima Mundi. Ao longo do evento, serão exibidas 421 produções vindas de 44 países. Depois de atrair 55 mil espectadores em dez dias no Rio de Janeiro, a expectativa é de que, por aqui, 30 mil pessoas aproveitem a mostra, que ficará cinco dias em cartaz. Os diretores do festival - Aída Queiroz, César Coelho, Lea Zagury e Marcos Magalhães - receberam mais de 1.300 filmes, curtas e longas, de 80 países. Aída diz que a seleção é feita em conjunto. O que nem sempre é simples. "Levamos em conta a qualidade técnica, roteiro, se é obra de estudante ou não. Ainda assim, no final de todo o processo, passamos de três a quatro dias trancados, avaliando os casos pendentes."
Como geralmente acontece, além das mostras competitivas de curtas e longas, o evento reúne outros programas, como um de obras chilenas, uma retrospectiva de longas franceses e uma seleção de documentários feitos com animação. Um dos destaques é a seção Pixar 25 anos, que exibirá clássicos da produtora e, ainda, a estreia dos curtas "A Lua" - que deve chegar aos cinemas no ano que vem, juntamente com o longa-metragem "Valente - e Hawaiian Vacation".
Outros programas que merecem atenção são "Shaun The Sheep", que traz episódios inéditos do desenho britânico, dos estúdios Aardman, e "David Daniels & Carlos Saldanha", que destaca os trabalhos do americano e do brasileiro. Daniels, conhecido por assinar os clipes de Peter Gabriel, participa também do Papo Animado, série de debates sobre animação, que receberá o mestre do anime Shinichiro Watanabe, diretor de "Cowboy Bebop" e "Samurai Champloo". Por fim, a americana Miwa Matreyek traz a performance "Mito e Infraestrutura", na qual ela interage com uma série de projeções.
Sem nenhum longa brasileiro na programação, os diretores incluíram "Morte e Vida Severina", filme de 56 minutos de Afonso Serpa, na mostra. "Existem produções em finalização, como Até que a Sbórnia nos Separe (Otto Guerra) e Minhocas (Paolo Conti e Arthur Nunes). Para o próximo Anima Mundi, estamos com muita fé de que teremos longas nacionais", diz Aída. Em 2012, o Anima Mundi completa 20 anos. "Quando começamos o evento, não existia nem fax." FONTE: AGÊNCIA ESTADO
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