Pesquisadores da Universidade de Indiana (EUA) descobriram que minhocas que se reproduzem sexualmente levam vantagem sobre as demais, que se clonam a si mesmas, e se tornam mais resistentes a parasitas.
O estudo, publicado na revista "Science", indica que a reprodução sexual melhora a habilidade desses bichos, originalmente hermafroditas, de sobreviver a mudanças ambientais.
Em outras palavras, a fusão de dois códigos genéticos diferentes cria um outro que é mais resistente a ataques.
A descoberta também sugere que parasitas, incluindo bactérias e vírus, teriam desenvolvido a reprodução sexual pela mesma razão: melhorar seus descendentes.
Cientistas dizem que o sexo é um mistério entre os animais porque não faz muito senso diante de uma perspectiva biológica, mas esta é primeira vez que um experimento prova, em condições de laboratório, que o sexo é útil.
Como parte da pesquisa, os pesquisadores criaram minhocas capazes de se reproduzirem somente através da autofertilização. Depois introduziram parasitas, e eles praticamente dizimaram todos seus hospedeiros.
O mesmo foi feito com um grupo de minhocas que se reproduziam somente pelo sexo e elas foram mais capazes de se adaptarem e de se tornarem melhor preparadas para escapar dos parasitas.
Do terceiro grupo, com minhocas que poderiam se reproduzir aleatoriamente --com e sem sexo--, surgiu um outro resultado mais revelador.
Para se proteger dos parasitas, as minhocas adotaram as características do "macho" para garantir mais sexo entre elas e, assim, criar uma população mais resistente. FONTE: FOLHA ONLINE
0 comentários:
Postar um comentário