Especialistas que estudam modos de criar uma vacina contra a Aids ou até mesmo encontrar a cura para a doença pediram cautela depois da divulgação de uma pesquisa que afirma que o vírus HIV desapareceu do corpo de um americano após um tratamento contra leucemia.
Pesquisadores da Universidade de Medicina de Berlim anunciaram ter curado Timothy Ray Brown (foto), de 44 anos, usando células-tronco adultas retiradas da medula óssea de um doador que era imune ao vírus HIV, por causa de uma mutação genética. Mais de três anos depois do procedimento, não foram detectados sinais do vírus no corpo do paciente, o que, segundo os médicos, “sugere fortemente que o paciente foi curado”.
Michael Saag, da Universidade do Alabama, em Birmingham, nos Estados Unidos, disse à rede de TV CNN que a cura de Brown é “uma prova interessante de que medidas extremas podem levar à cura do HIV”. Mas ele afirma que, “infelizmente, a técnica é muito arriscada para se transformar em um tratamento padrão”.
Ele diz que as células com as quais Brown foi tratado vêm de um doador com uma mutação genética natural pouco frequente e muito difícil de encontrar. Além disso, o caso de Brown é particular, já que era um paciente com câncer e HIV, por isso não é recomendado que pacientes sadios passassem por um tratamento tão agressivo.
Ele lembrou que os atuais remédios para tratar o HIV permitem aos pacientes infectados ter uma "vida normal" durante anos.
– Uma pessoa de 25 anos diagnosticada atualmente com HIV tem uma probabilidade razoavelmente boa de viver até os 80, 85 ou 90.
Karen Tashima, diretora do Programa de Testes Clínicos de HIV do The Miriam Hospital, em Rhode Island, nos Estados Unidos, diz que é preciso “realizar muito mais pesquisas para tentar replicar isso sem colocar em risco a vida do paciente”.
– Já que temos uma boa terapia antirretroviral capaz de controlar o vírus, seria antiético submeter alguém a um tratamento tão extremo.
Além disso, a cientista chefe do estudo, Kristina Allers, reconheceu que o procedimento poderia não funcionar para a maioria das pessoas.
– Entretanto, uma vez que o estudo nos diz que a cura do HIV é, em princípio, possível, ele dá novas esperanças aos cientistas nas pesquisas de uma cura para o HIV. Assim, o próximo desafio é traduzir nossas descobertas em uma estratégia capaz de ser aplicada sem trazer ameaças à vida.
Na verdade, cientistas americanos já trabalham em meios de replicar o mesmo processo em células, sem correr os mesmos riscos.
É o caso de David Baltimore, ganhador do Nobel de Medicina em 1975. Ele é o fundador de uma empresa de biotecnologia que trabalha no desenvolvimento de seu próprio tratamento de células-tronco contra o HIV.
– O que estamos tentando fazer é tratar as próprias células de um paciente de forma que não haja problemas imunológicos.
Jay Levy, pesquisador de câncer e Aids na Universidade da Califórnia em San Francisco, descreveu a última pesquisa como uma evidência de "cura funcional".
– Quero dizer que uma pessoa não é suficiente. É um primeiro passo encorajador, mas é preciso realmente demonstrá-lo novamente. Três anos não são suficientes... Saberemos em dez anos. É cedo demais para dizer que houve cura, mas meu Deus, eles fizeram um ótimo trabalho. Fonte: R7/AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
Pesquisadores da Universidade de Medicina de Berlim anunciaram ter curado Timothy Ray Brown (foto), de 44 anos, usando células-tronco adultas retiradas da medula óssea de um doador que era imune ao vírus HIV, por causa de uma mutação genética. Mais de três anos depois do procedimento, não foram detectados sinais do vírus no corpo do paciente, o que, segundo os médicos, “sugere fortemente que o paciente foi curado”.
Michael Saag, da Universidade do Alabama, em Birmingham, nos Estados Unidos, disse à rede de TV CNN que a cura de Brown é “uma prova interessante de que medidas extremas podem levar à cura do HIV”. Mas ele afirma que, “infelizmente, a técnica é muito arriscada para se transformar em um tratamento padrão”.
Ele diz que as células com as quais Brown foi tratado vêm de um doador com uma mutação genética natural pouco frequente e muito difícil de encontrar. Além disso, o caso de Brown é particular, já que era um paciente com câncer e HIV, por isso não é recomendado que pacientes sadios passassem por um tratamento tão agressivo.
Ele lembrou que os atuais remédios para tratar o HIV permitem aos pacientes infectados ter uma "vida normal" durante anos.
– Uma pessoa de 25 anos diagnosticada atualmente com HIV tem uma probabilidade razoavelmente boa de viver até os 80, 85 ou 90.
Karen Tashima, diretora do Programa de Testes Clínicos de HIV do The Miriam Hospital, em Rhode Island, nos Estados Unidos, diz que é preciso “realizar muito mais pesquisas para tentar replicar isso sem colocar em risco a vida do paciente”.
– Já que temos uma boa terapia antirretroviral capaz de controlar o vírus, seria antiético submeter alguém a um tratamento tão extremo.
Além disso, a cientista chefe do estudo, Kristina Allers, reconheceu que o procedimento poderia não funcionar para a maioria das pessoas.
– Entretanto, uma vez que o estudo nos diz que a cura do HIV é, em princípio, possível, ele dá novas esperanças aos cientistas nas pesquisas de uma cura para o HIV. Assim, o próximo desafio é traduzir nossas descobertas em uma estratégia capaz de ser aplicada sem trazer ameaças à vida.
Na verdade, cientistas americanos já trabalham em meios de replicar o mesmo processo em células, sem correr os mesmos riscos.
É o caso de David Baltimore, ganhador do Nobel de Medicina em 1975. Ele é o fundador de uma empresa de biotecnologia que trabalha no desenvolvimento de seu próprio tratamento de células-tronco contra o HIV.
– O que estamos tentando fazer é tratar as próprias células de um paciente de forma que não haja problemas imunológicos.
Jay Levy, pesquisador de câncer e Aids na Universidade da Califórnia em San Francisco, descreveu a última pesquisa como uma evidência de "cura funcional".
– Quero dizer que uma pessoa não é suficiente. É um primeiro passo encorajador, mas é preciso realmente demonstrá-lo novamente. Três anos não são suficientes... Saberemos em dez anos. É cedo demais para dizer que houve cura, mas meu Deus, eles fizeram um ótimo trabalho. Fonte: R7/AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
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