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terça-feira, 18 de agosto de 2009

Quase 90% das notas de dinheiro nos EUA possuem traços de cocaína, diz estudo

Cientistas dos Estados Unidos concluíram que existem traços de cocaína em até 90% das notas de dinheiro no país, principalmente nas que circulam em grandes centros urbanos, como Boston e Detroit. Em Washington, D.C., a capital dos EUA, a porcentagem sobe para 95%. Segundo os pesquisadores, essa é a maior e mais completa análise já feita sobre contaminação de cocaína em dinheiro. O grupo de pesquisadores também testou notas do Canadá, da China, do Japão e do Brasil. O Canadá, assim como os EUA, registrou taxas de contaminação entre 85 e 90%, enquanto a China e o Japão ficaram apenas entre 12 e 20%. Das 10 cédulas brasileiras analisadas, oito continham traços de cocaína.

O estudo foi apresentado no domingo (16), no encontro nacional da Sociedade Americana de Química, e sugere que o consumo de cocaína ainda é alto e pode estar crescendo em alguns lugares. Para os pesquisadores, esses dados devem servir para aumentar a preocupação da sociedade em conter esse consumo "Para minha surpresa, estamos encontrando cada vez mais cocaína em notas", disse Yuegang Zuo, líder da pesquisa, professor na Universidade de Massachusetts. Segundo Zuo, os resultados dessa pesquisa representam um aumento de quase 20% nos dados encontrados em uma pesquisa similar, conduzida pelo próprio Zuo há dois anos, que indicava que 67% das cédulas americanas estariam contaminadas por cocaína.

Há anos cientistas sabem que notas podem ficar contaminadas por cocaína durante a comercialização da droga, ou por usuários que cheiram o pó usando notas enroladas. Notas que não tiveram contato com a droga também podem ser contaminadas ao serem misturadas com dinheiro contaminado em caixas eletrônicos. Zuo afirma, entretanto, que a quantidade de cocaína encontrada na maior parte das notas é tão pequena que não pode causar problemas de saúde nem problemas legais a quem carregar as notas. As taxas mais altas registradas foram no Canadá, onde algumas notas tinham mais de 2 miligramas de cocaína. Nos EUA, algumas notas possuíam menos de 0,01 microgramas da droga (um micrograma é 1 milhão de vezes menor que um grama). Foram analisadas 234 notas dos EUA, 112 da China, 27 do Canadá, 16 do Japão e 10 do Brasil. ÉPOCA

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