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sábado, 27 de dezembro de 2008

PF prende no PA um dos acusados de mandar matar a missionária Dorothy Stang

A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira (26) um dos acusados de mandar matar a missionária Dorothy Stang em 2005, no Pará. O fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão, conhecido como Taradão, foi preso em sua casa em Altamira (PA). A prisão preventiva foi ordenada pelo juiz federal Antonio Carlos de Almeida Campelo, após pedido do Ministério Público Federal (MPF).

A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira (26) um dos acusados de mandar matar a missionária Dorothy Stang em 2005, no Pará. O fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão, conhecido como Taradão, foi preso em sua casa em Altamira (PA). A prisão preventiva foi ordenada pelo juiz federal Antonio Carlos de Almeida Campelo, após pedido do Ministério Público Federal (MPF).

"O compromisso do MPF com a população de Anapu é garantir que os grileiros nunca mais se aproximem das terras públicas, que são posse legítima dos trabalhadores rurais. É preciso máximo rigor com os conflitos fundiários, porque são a causa de tragédias como a morte da irmã Dorothy", afirma, por meio de nota, Felício Pontes Jr, procurador da República que acompanha a situação de Anapu desde 2001.

Ainda segundo o MPF, além da acusação pela morte de Stang, o fazendeiro responde a outras ações judiciais, por trabalho escravo, crimes ambientais e fraudes contra a Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia).

Após a prisão de hoje, o inquérito da PF pode dar origem a um novo processo contra Galvão pelos crimes de grilagem e estelionato. A prisão preventiva foi decretada, de acordo com o MPF, para garantir a continuidade do inquérito e por ameaças à ordem pública.

HISTÓRICO

No início deste ano, outro acusado de matar Stang, Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, foi absolvido em segundo julgamento. Segundo o MPF, desde a absolvição, "as autoridades que acompanham o caso já temiam que recomeçassem as pressões sobre os assentados". "A atitude de Regivaldo, de voltar ao local do crime e mais uma vez se dizer proprietário das terras públicas exige a intervenção imediata do Judiciário", declarou, em nota, o procurador da República Alan Mansur Silva, também autor do pedido de prisão.

Mansur refere-se a uma reunião que aconteceu no último dia 28 de outubro, na sede do Incra de Altamira, em que Taradão ofereceu benfeitorias para ficar com a posse das terras. Na ocasião, ele afirmou ser o proprietário do lote 55. Esta reunião motivou a PF a abriu um inquérito contra o fazendeiro. Em depoimento, ele negou a declaração.

De acordo com o pedido de prisão, o MPF contabiliza que "a negativa de Taradão na Polícia Federal em Altamira foi a sétima versão diferente que apresentou sobre a acusação de grilagem do lote 55". (UOL)

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