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segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Brasil construirá submarino nuclear com ajuda francesa

Os acordos que serão assinados amanhã pelos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e o francês Nicolas Sarkozy permitirão ao Brasil construir cinco submarinos, entre eles um de propulsão nuclear, e 50 helicópteros, confirmou hoje o ministro da Defesa, Nelson Jobim.

Os acordos de transferência de tecnologia serão assinados no Rio de Janeiro após um encontro entre os dois governantes.

Jobim disse hoje que o acordo para a fabricação dos helicópteros que a subsidiária da construtora francesa Eurocopter mantém no Brasil (Helibras) prevê investimento de US$ 2,648 bilhões.Além da transferência de tecnologia francesa para a produção dos helicópteros, o acordo também prevê que as partes das aeronaves sejam oferecidas por empresas brasileiras.

O ministro esclareceu que o acordo para a construção dos submarinos também foi definido, embora ainda sejam negociados alguns detalhes, principalmente com relação a valores.Segundo Jobim, a França financiará a instalação de uma fábrica do estaleiro privado DCNS em um porto do estado do Rio de Janeiro para construir as embarcações.

Grande parte da tecnologia da propulsão nuclear do quinto submarino ficará sob responsabilidade da Marinha de Guerra do Brasil.A empresa que construirá os submarinos terá concessão de 20 anos para fabricar as cinco embarcações e depois transferirá a fábrica ao Estado brasileiro, acrescentou o ministro.

Jobim esclareceu que os acordos foram assinados com a França por este ter sido o único país a se comprometer a transferir tecnologia ao Brasil e a produzir os aparelhos no país.

"Uma coisa é o Brasil comprar um submarino já construído, e outra nós o construirmos. Preferimos construí-lo. Isso cria grande tecnologia e gera emprego", declarou o ministro depois do encerramento da 2ª Cúpula Brasil-União Européia (UE).

Segundo Jobim, a vantagem dos submarinos de propulsão nuclear é que são mais velozes e têm maior autonomia, o que os torna ideais para que o Brasil patrulhe o Atlântico em locais estratégicos. (EFE)

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