A internet era a chance do mercado de música se reinventar e reencontrar um caminho --abrindo-se ao vasto mercado para venda e compra onde faixas de música obscuras capitaneiam o comércio.Entretanto, um estudo mostrou que em buscas para compra de música, dez de 13 milhões de faixas não foram encontradas no último ano.
A pesquisa, feita pelo chefe de economia Will Page, da Associação Mundial de Músicos e Compositores (MCPS-PRS Alliance), sugere que o sucesso das vendas on-line depende, diretamente, dos grandes hits musicais.
Segundo o jornal "The Daily Mail", a afirmação entra em conflito direto com a tese da "cauda longa" - de autoria do físico norte-americano Chris Anderson (atual editor da revista "Wired"), cujo nome remete ao desenho linear formado pelo gráfico matemático.
O gráfico, por sua vez, aponta que a cultura e a economia estão mudando rapidamente do enfoque de poucos produtos que vendem muito no grande mercado, até muitos produtos divididos em segmentos específicos. Ou seja, os mercados de nicho são as chaves do futuro para vendas na internet.
"Acho que as pessoas acreditaram na teoria da cauda longa porque elas queriam que isso fosse verdade", disse o co-pesquisador, Andrew Bud.
Ele diz que a tese é refutada a partir dos números. Para o mercado de vendas on-line, a ausência de royalties e fins lucrativos no mercado de singles mostra que 80% da receita foram provenientes de 52 mil faixas vendidas por unidade. Para álbuns, a perspectiva é mais desanimadora, segundo o pesquisador: de 1,23 milhão disponíveis, foram apenas 173 mil - o que significa 85% de material, contado a partir de cópias únicas, não vendeu um único exemplar em todo o ano.
"As teorias estatísticas foram usadas para justificar aquela teoria como inteligente e plausível. Mas ela está errada. Os dados dizem que a história tem um fim diferente. Em primeira análise, sabemos o que a demanda real de música digital significa", diz Bud. (Bol)
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