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domingo, 28 de novembro de 2010

BOMBA! Maior vazamento de dados da história expõe segredos diplomáticos dos Estados Unidos

Jornais de todo mundo divulgam neste domingo (28) mais de 250 mil documentos secretos dos Estados Unidos, que revelam segredos da política externa norte-americana. É o maior acesso a informações do governo norte-americano de toda a história. A divulgação foi promovida pelo site WikiLeaks, uma organização dedicada a expor os segredos oficiais, conduzida supostamente por um desencantado analista de inteligência, que explorou uma brecha de segurança.

Jornais como os espanhóis El País e El Mundo, o inglês The Guardian, o norte-americano New York Times, o francês Le Monde e o alemão Der Spiegel expõem em suas manchetes dados sobre as relações dos Estados Unidos com outros países.

De acordo com o El País, os documentos mostram dados inéditos sobre os episódios de maior conflito do mundo, mostrando os mecanismos e as fontes da política externa norte-americana, "deixando em evidência suas fraquezas e obsessões".

Os textos contém comentários e informes elaborados por funcionários estadunidenses, com linguagem franca e até dura em relação a outras nações. O jornal espanhol diz ainda que os documentos revelam entrevistas, atividades de espionagem e expõem com detalhes opiniões e dados levantados por fontes em conversas com embaixadores norte-americanos ou funcionários da diplomacia.

Boa parte dos documentos datam dos últimos anos, mas compreendem o período de 1966 a 2010. O New York Times informa que, no arquivo, há comunicações entre o governo federal e mais de 270 representações diplomáticas pelo mundo.

De acordo com a imprensa internacional, na última semana o governo de Barack Obama manteve contato com líderes de países aliados, para tentar amortizar o impacto do vazamento de informações em suas relações diplomáticas. A secretária de Estado Hillary Clinton ligou na sexta-feira (26) para dirigentes franceses, afegãos, britânicos e chineses para falar sobre as informações adquiridas pelo WikiLeaks.

O Guardian informa que um dos documentos fala sobre uma campanha de inteligência secreta dirigia aos membros da ONU (Organização das Nações Unidas), incluindo o secretário-geral, Ban Ki-moon, e representantes do Conselho de Segurança.

O El País diz que documentos tratam Vladmir Putin, ex-presidente russo, como alguém que ainda está no controle da política daquele país. Ele é descrito como alguém de estilo autoritário e machista, o aliado perfeito do chefe de Estado italiano Silvio Berlusconi. Sobre o primeiro-ministro italiano, são detalhadas suas "festas selvagens". Os documentos também mostram pouco apreço pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy, personalidade acompanhada de perto pelas autoridades norte-americanas.
Julian Assange, criador do WikiLeaks, disse mais cedo neste domingo (28), em uma videoconferência com jornalistas da Jordânia, que os novos documentos secretos em sua página envolve "todos os grandes temas".

Ele explicou que a escolha do país para conversar com a imprensa foi tomada porque "a Jordânia não é o melhor lugar para ter a CIA [agência de inteligência] no seu calcanhar". A localização de Assange é desconhecida. Fonte: R7

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