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quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Com dores no joelho, Maurren se poupa para o mundial

A torcida brasileira verá pouco de Maurren Maggi no primeiro semestre. Com dores no joelho direito, e poupando-se para o campeonato mundial de atletismo (em Berlim, em agosto), a campeã olímpica do salto em distância fará apenas uma prova no circuito internacional indoor de inverno na Europa. Maurren e outros dez atletas brasileiros, todos treinados pelos técnicos Nélio e Tânia Moura, embarcam no próximo dia 2 para três semanas europeias.

Maurren disputará apenas o Meeting SEAT de atletismo, no ginásio poliesportivo de Bercy, em Paris, no dia 13. "Fazem bastante questão de me ver lá", explica Maurren. Os pupilos de Nélio Moura ficarão baseados em Madri, na Espanha, durante duas semanas, e na Alemanha na última semana de excursão. Nesse período farão viagens de ida e volta para competir na Rússia, na Espanha, na Bélgica, na Grécia e na França. Apenas Maurren aproveitará esse período na Europa para dedicar-se aos treinos.

As dores de Maurren são no tendão patelar e, segundo ela, são antigas. Devem-se a uma pequena saliência óssea na articulação do joelho. O problema não a impede de treinar. Maurren treina com uma joelheira específica, que dá apoio ao joelho, e parte do treino sem ela. "Dá para administrar, meu médico (o ortopedista Moisés Cohen) é muito bom." Por ora, a atleta não corre risco de cirurgia: a fisioterapia é suficiente.

Maurren tem usado a medalha de ouro – que diz ainda não ter pendurado na parede do apartamento novo onde mora com a filha, Sofia, perto da pista de treino do Ibirapuera – para incentivar a formação de novos talentos. A empresa que patrocina Maurren e os demais atletas de Nélio – o Grupo Rede, fornecedora de energia elétrica em 35% do território nacional – convocou jovens entre 14 e 17 anos para uma série de peneiras de atletismo em várias cidades brasileiras. Dez mil adolescentes responderam à convocação, feita por meio das contas de luz. Maurren compareceu a várias dessas seletivas – em lugares tão distantes quanto Belém, Campo Grande, Cuiabá e Presidente Prudente. "Fiz questão de estar em todos esses lugares, e gostei do que vi. Tem muita gente que vai ser aproveitada. A gente nunca teve isso na história do Brasil em se tratando de atletismo." (Época)

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